terça-feira, 18 de dezembro de 2007
A polícia espanhola efectuou ontem, em Barcelona, sete novas detenções em clínicas de aborto do médico ginecologista Carlos Morín, actualmente na prisão, após uma operação policial realizada no mês passado.
Os detidos são três ginecologistas, dois anestesistas e dois psiquiatras. Estes últimos terão falsificado relatórios médicos para justificar abortos, alegando riscos para a saúde mental das mães.
Um dos psiquiatras detidos, Can Brians, que trabalhava em part-time numa prisão, terá mesmo redigido relatórios aconselhando o aborto a mulheres que nem sequer havia observado. Não se descartava que fossem feitas mais detenções.
As detenções ontem efectuadas ocorreram na sequência de uma investigação ordenada por um tribunal.
Estão presos, desde 30 de Novembro, três dos seis suspeitos inicialmente detidos na sequência de buscas às clínicas. Morín, responsável máximo das referidas clínicas de aborto, e a mulher, María Luisa D.S., são dois dos implicados que estão na cadeia no âmbito deste caso. Três outros suspeitos, os médicos Dimas A.C., Pedro Juan L.A. e Marcial R., evitaram a prisão após terem pago fianças entre os dois mil e os quatro mil euros. Entretanto, o primeiro-ministro espanhol, Rodríguez Zapatero, instou ontem o PSOE a reflectir sobre a lei do aborto para uma possível alteração.
PERFIL
Já apelidado de ‘rei do aborto’, o médico ginecologista Carlos Morín, de nacionalidade peruana, chegou a admitir realizar abortos até às 30 semanas de gravidez.
Responsável da maior rede de clínicas de aborto de Barcelona e uma das maiores da Europa, Morín foi denunciado por uma gravação, com câmara oculta, efectuada por jornalistas da televisão pública dinamarquesa.
Notícia daqui.
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