Banco do Tempo, uma outra forma de voluntariado
«É um Banco mas tem uma característica única: não movimenta dinheiro». O Banco do Tempo é uma forma específica de voluntariado, combate a solidão e convida à inclusão social, somente com tempo. É uma infra-estrutura de apoio social, promovendo a procura e oferta de tempo para realizar certas tarefas.
É um Banco igual a todos os outros, com agências, horários, cheques, depósitos e a particularidade de utilizar o tempo como moeda de troca para «pagar» e «receber» serviços entre os membros associados.
A primeira Agência Nacional do Banco do Tempo em Portugal foi fundada em Janeiro de 2002, registando-se actualmente, a existência de 16 agências. O PortugalDiário foi tentar perceber como funciona.
Visitámos a agência Foz do Douro, no Porto, que conta já com cerca de 100 utilizadores, desde a data da sua fundação (Setembro de 2005), com a particularidade de ser a única agência do Porto. «A base do Banco do Tempo é a troca de serviços, com a obrigatoriedade de dar e receber», adianta a coordenadora Adelaide Lopes.
O banco não está direccionado para uma idade especifica, «muito pelo contrário, é um projecto para todas as pessoas, até mesmo para aquelas que não têm tempo, permitindo ajustar o tempo conforme as necessidades e o próprio tempo disponível».
«Não interessa a qualidade do serviço, o que interessa é o tempo que se gasta a fazê-lo. Todos os utilizadores do banco colocam os próprios gostos e sabedoria a favor dos outros, não importa se é, ou não licenciado, o que interessa é o que têm para dar», conta Adelaide Lopes.
Para além das actividades desenvolvidas, os membros do Banco do Tempo organizam actividades, uma forma a criarem laços de confiança: passeios culturais e recreativos, visitas e viagens.
Novos projectos
Também em parceria com o Banco do Tempo, surgiu o projecto «Timor», onde os membros da Associação se disponibilizam a fazer roupa para as crianças de Timor-leste, utilizando materiais reciclados, de diversos tipos.
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