segunda-feira, 11 de maio de 2009
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas divulga hoje o estudo “Número de Filhos” elaborado com a coordenação científica do Professor Doutor Eduardo Brito Henriques, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
O objectivo é identificar qual o número de filhos que as mulheres portuguesas gostariam de ter e quais os obstáculos sentidos para que tal não aconteça.
Numa sondagem elaborada pela Netsonda, na qual participaram 829 mulheres em idade fértil, as conclusões revelam, entre outros factos, que o número desejado de filhos é francamente superior a 2.1 em todas as faixas etárias.
As questões elaboradas centraram-se na diferença entre o número de filhos que se tem ou se projecta ter e aqueles que se desejaria ter e nas razões justificativas desta diferença.
“As conclusões apresentadas mostram que a imprescindível substituição de gerações é possível, desde que sejam criadas, em Portugal, as condições que vão ao encontro deste desejo, à semelhança do que tem vindo a ser feito na maioria dos países europeus.” afirma Fernando Ribeiro e Castro, Presidente da APFN.
“É fundamental que o governo e a classe política em geral tomem medidas concretas rumo a uma política de família essencial para assegurar a sustentabilidade da nossa economia e tecido social, medidas essas que devem ir ao encontro do que as pessoas desejam. Infelizmente, têm vindo a ser implementadas medidas desadequadas, resultando em inútil consumo de recursos.” conclui.
Algumas das conclusões deste estudo referem que:
- O número desejado de filhos é francamente superior a 2.1 em todas as faixas etárias;
- Mais de 50% das jovens entre os 18 e os 24 anos gostaria de ter 3 ou mais filhos;
- Um quarto das mulheres até aos 30 anos gostaria de ter 4 ou mais filhos;
- Em termos de conjugalidade, as pessoas que estão em união de facto parecem desejar ter menos filhos do que as casadas;
- As maiores diferenças entre o n.º desejado de filhos e os que pensam vir a ter estão nas mulheres entre os 25 anos e 34 anos;
- Muito vincada a percepção de que os filhos são caros e que as pessoas não têm condições para suportar alimentação, vestuário e despesas escolares;
- A seguir às questões financeiras, a possibilidade de ter um trabalho que permita continuar a acompanhar os filhos é a questão mais significativa, seguida das questões ligadas á Habitação;
- As questões relacionadas com mais licenças de trabalho são percepcionadas pelas mulheres como de última ordem;
- Nas várias áreas os apoios financeiros pela via das deduções em imposto são os preferidos – Dedução das despesas essenciais dos filhos e dedução nos impostos à habitação;
- Em termos de apoios escolares foi em média considerado mais importante o pagamento aos pais para colocação dos filhos na escola/creche à sua escolha;
- Em termos gerais, é significativo que todas as medidas tenham colhido bons resultados, parecendo mostrar a diversidade de necessidades e de opções da população.
Esta diversidade é transversal a todas as idades, escolhas partidárias e escalão de rendimento.
O estudo pode ser consultado em http://www.apfn.com.pt/Relatorio_APFN_Numero_de_filhos.pdf
Resumo da Ficha Técnica
O universo alvo é composto por mulheres com mais de 18 anos e menos de 49, residentes em Portugal, que falam Português e com telefone fixo. A recolha de informação iniciou-se a 19 de Fevereiro, tendo sido concluída no dia 03 de Março. O horário de recolha foi das 18h às 22h durante os dias úteis, e das 10h às 15h de Sábado. Método de observação: A informação foi obtida por entrevista directa através de CATI (Computer Assisted Telephone Interview).
Amostragem:
A amostragem foi aleatória simples sem reposição. A selecção dos lares a serem contactados foi efectuada aleatoriamente, a partir da base de telefones residenciais disponíveis em Portugal. Numa amostragem aleatória, com 829 inquéritos válidos, a margem de erro máxima é de 3,5 pontos percentuais, com um grau de confiança de 95%. Com base nos mesmos pressupostos, com uma amostra de 531, a margem de erro máxima é de 4,3 pontos percentuais.
Sobre a APFN – Associação Portuguesa de Famílias Numerosas
Formada em 1999, a APFN é constituída por famílias com três ou mais filhos. Acredita nos valores da família, defende o direito à vida desde a sua concepção e sente a necessidade de apoiar as famílias numerosas, contando actualmente com mais de 8.000 sócios. A APFN pretende, com a sua actividade, mudar as mentalidades e as políticas relativamente à família e transformar o actual cenário que se não for alterado conduz à insustentabilidade económica e social. A APFN acredita na família como a solução do futuro e enquanto resposta histórica em todos os momentos de crise. O lema da APFN é “apostar na família é construir o Futuro” Sobre a NetsondaCom quase 10 anos de actividade, a Netsonda foi a primeira empresa em Portugal a operar na área de estudos de mercado através de plataformas tecnológicas como a Internet, oferecendo rapidez, segurança e rentabilidade. Conta com mais de 60 clientes fruto da constante inovação e serviço desenvolvido através da sua equipa de profissionais credenciados e formados nas áreas das ciências sociais, estatística e das tecnologias da informação. A Netsonda pertence à APODEMO – Associação Portuguesa de Empresas de Estudo de Mercado e de Opinião e à ESOMAR – World Association of Research Professionals, cumprindo com os códigos CODEMO e ICC/ESOMAR, e está credenciada na ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social para a realização e divulgação de sondagens. A base de dados do Painel Netsonda encontra-se registados na Comissão Nacional para Protecção de Dados.
Fonte: APFN
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