quinta-feira, 7 de junho de 2007

Aborto para caber no vestido de noiva


Durante a campanha do referendo para a liberalização do aborto, os adeptos do "sim" ficaram muito ofendidos por dizerem que nós os do "não" estávamos a passar um atestado de estupidez e burrice às mulheres portuguesas que, sendo pessoas responsáveis e conscientes, nunca iriam abortar por "dá cá aquela palha".
Agora, surge a notícia no Público, de 7 de Junho passado, na qual se diz que no Hospital de Santo António logo após a aprovação da lei do aborto apareceu uma rapariga que queria interromper a gravidez porque "ia casar, estava a engordar e temia não caber no vestido".
De facto, nós os dos "não" andámos mesmo a inventar coisas...

1 comentário:

João Lima disse...

O exemplo apresentado na notícia do Público é bem revelador de como os adeptos do 'sim' estão desligados da realidade.
A mesma notícia mostra, para os hospitais referidos, que a grande maioria dos médicos são objectores de consciência. Na verdade acredito que a percentagem de médicos que se vão recusar a fazer abortos ainda seja superior às percentagens referidas na notícia. Vejamos porquê:
Todos sabemos que o aborto é um mal. Mata um ser humano inocente e fere a mãe! Qualquer médico pode (e deve) recusar-se a aplicar um tratamento que entenda ser prejudicial para o paciente. Então, é de esperar que os médicos se recusem a praticar o aborto independentemente de se terem ou não inscrito como objectores de consciência.

João Lima