Textos da Rádio Costa D'Oiro da 1ª quinzena de Janeiro
DIA 3 de Janeiro de 2012 – Terça-feira
A 28 de outubro de 2011, foi inaugurado na Eslováquia, o monumento ao menino não nascido, obra de um jovem escultor daquele país.
O monumento expressa não só o pesar e arrependimento das mães que abortaram, mas também o perdão e o amor do menino por nascer para com a sua mãe.
A cerimónia de inauguração contou com a presença do ministro da Saúde do País.
A ideia de construir um monumento aos bebés por nascer veio de grupo de mulheres jovens mães muito conscientes do valor de toda a vida humana e do mal que se inflige também à saúde da mulher.
Não se deve combater um mal, motivado pela inoportunidade de uma gravidez indesejada, com um mal ainda maior que resulte em aborto.
Na criança não nascida pode estar o futuro da humanidade.
Que o diga Steve Jobs, criador da Apple e do Ifone, fruto de uma gravidez indesejada e de uma mãe que optou por o dar para a adopção em vez de o abortar.
DIA 4 de Janeiro de 2012 – Quarta-feira
A comunicação no matrimônio é manter uma disposição pessoal de ajuda ao outro, de confiança em suas possibilidades, de interesse por sua melhora.
Se a comunicação conjugal é satisfatória toda a relação é vista com otimismo, visando o bem e o equilíbrio. Uma comunicação familiar plena é a base da felicidade familiar.
A harmonia conjugal permite uma adequada educação dos filhos na medida em que estes se vêem livres dos problemas e dificuldades dos pais, e se sentem guiados e amados por pais que caminham juntos.
A comunicação entre marido mulher necessita de naturalidade para dizer-se as coisas como são, com sinceridade. Requer espontaneidade, para fazê-lo com graça, sem carga dramática e deve ser simples, para evitar duplas interpretações.
Dia 5 de Janeiro de 2012 – Quinta-feira
Dentro desse grande universo que compõe a comunicação conjugal, podem distinguir-se sete pilares fundamentais que são os seguintes.
1- Os valores: compartilha-se o íntimo e pessoal, as convicções profundas.
2- Os sentimentos e os afetos que compõem todas essas “pequenas grandes coisas” que se fazem aos que se amam
3- Os filhos e o lar: os filhos e o próprio lar, são temas obrigatórios de conversação entre os esposos
4- O trabalho profissional em que cada um deve manifestar interesse pela atividade do outro
5- A sexualidade que caminhará bem sempre que a vida de comunicação e relação estiver a funcionar
6- O pertencer à mesma família política de forma a garantira uma boa diplomacia e comunicação, evitando-se atritos desnecessários entre os esposos
7- O dinheiro e a economia doméstica onde se deve compartilhar tanto a escassez como a abundância.
A crise no matrimônio pode originar-se às vezes por uma comunicação defeituosa.
A própria crise em si supõe uma ruptura da comunicação. Esta ruptura se manifesta de forma aberta quando o trato e o diálogo deixam de existir. Ou pode aparecer de forma velada quando se continua a relação a base de monossílabos.
Em todo caso o que se pretende é que estes momentos de desacordo conjugal sejam transitórios e leves.
Dia 6 de Janeiro de 2012 – Sexta-feira
Na actividade profissional, mas sobretudo em família, por vezes, é bastante habitual que surjam litígios e conflitos entre o homem e a mulher.
Esses conflitos, sobretudo no caso do casamento, podem ter efeitos nefastos e acabar inclusive em divórcio.
Para prevenir esses conflitos, há que ter presente a forma de pensar e reagir do outro sexo.
Os homens serão mais básicos e actuam de forma mais condicionada enquanto as mulheres são mais sensíveis e susceptíveis.
Há atitudes que passam completamente ao lado dos homens e que, nas mulheres, são causa de transtorno e aborrecimento.
Por sua vez, as mulheres, muitas vezes, actuam na expectativa de uma reacção contrária àquela que elas próprias parecem consentir.
Por exemplo, uma mulher que diz que não é preciso que um familiar lhe dê boleia, na realidade, está na expectativa de receber essa boleia e se o familiar não lha der irá ficar ressentida e magoada.
Outra caracteristica complicada das mulheres é a sua imprevisibilidade. Actuam, por vezes, da forma que menos se esperava.
Em particular, os homens, e por maioria de razão, os maridos, devem estar particularmente atentos a estes sinais contraditórios na forma como se devem antecipar a certas situações, tomando a iniciativa de as executar, antes que a mulher os julgue e condene a posteriori pelas suas omissões.
A chave está no encontrar uma correcta complementaridade com vista a uma maior felicidade.
Dia 9 de Janeiro de 2012 – Segunda-feira
Durante os primeiros anos de vida, a relação com os filhos costuma ser tranqüila.
Os filhos ficam encantados por com seus pais, admiram-nos e contam-lhes tudo.
Por isso é a época ideal para concretizar uma sólida e aberta comunicação entre pais e filhos.
Para isso é conveniente fazer perguntas, dar-lhes a possibilidade de encontrarem soluções por si próprios, deixar-lhes falar tudo o que for necessário.
Com isso estamos a dar-lhes a oportunidade para que aprendam a expressar corretamente o que pensam e sentem e o aprendam a transmitir.
Devemos eliminar frases de carga negativa, pois isso destrói a possibilidade de uma comunicação positiva.
A serenidade e o afeto levam a criança a uma resposta apropriada, dando-lhes a oportunidade de serem verdadeiros e sinceros.
Por sua vez, os pais devem estar de acordo e ter o mesmo critério. Caso contrário os filhos desorientam-se ou interpretam mal o que lhes foi falado e o resultado é a falta de obediência.
Dia 10 de Janeiro de 2012 – Terça-feira
Para que a comunicação com os filhos não produza falhas na relação, os pais devem tentar ser justos num um tema tão complicado como o dos castigos.
Para que os castigos sejam eficazes educativamente e não deteriorem a comunicação são necessárias algumas condições:
Devem ser poucos: quando se castiga continuamente, perde-se a eficácia.
Curtos: é importante que a criança saiba o porquê de sua má atuação.
Proporcionados: o castigo deve ser imposto em função da falta cometida.
Educativos: pelo castigo a criança deve aprender a modificar sua conduta inadequada. Os melhores castigos são os que favorecem o hábito contrário.
Compreendidos: a criança precisa compreender o porquê do castigo.
Imediatos: o castigo deve ser aplicado logo após sua ação. Ele torna-se pouco eficaz quando deixado para o dia seguinte.
Avisados com antecedência: é mais eficaz que se explique, da primeira vez, por que é que a sua actuação está errada e se advirta que da próxima vez haverá um castigo.
Se o castigo cumpre as condições que repassamos, aplique-o.
Se suspendermos os castigos ante as súplicas dos filhos, eles acostumam-se mal e nunca aprendem a corrigir seus erros.
Dia 11 de Janeiro de 2012 – Quarta-feira
Para o casal, a chegada de um filho é sempre um misto de grande entusiasmo e ansiedade.
Porém, no caso de ser o 1º filho, há certos cuidados que devem ser adoptados sob pena do entusiasmo poder, mais tarde, vir a degenerar em angustia.
O choro do bébé, as noites mal dormidas, a dificuldade na alimentação, entre outras constituem uma série de situações novas que podem ser causa de grande stress e até nervosismo, podendo inclusive produzir mau estar no próprio relacionamento entre o casal.
Uma boa forma de prevenir estas situações de stress passa pela frequência de um curso de preparação para o parto.
Estes cursos podem ser frequentados quer em clínicas privadas, quer no próprio centro de saúde.
Não basta ter o enxoval do bébé. É necessário saber como actuar
Dia 12 de Janeiro de 2012 - Quinta-feira
Com a chegada da adolescência os filhos tendem a mostrar um sentido crítico em relação aos seus pais e, por isso, produzem-se alguns sinais de alarme que podem ser motivo de preocupação.
Ainda que possa parecer que os adolescentes são pouco receptivos, eles necessitam dos seus pais e de serem ouvidos para que possam encontrar a solução de problemas que os inquietam.
Se percebem que os seus pais têm interesse nos seus probelemas, animam-se em contar as suas confidências.
Pelo contrário, se os pais são como muros no qual rebatem as suas melhores tacadas, os adolescentes acabarão por procurar outro “local” para jogar.
Se o adolescente não conta as suas coisas, os pais devem perguntar-lhe e eles percebem se existe um interesse real ou se perguntamos apenas por mera rotina.
Para uma relação de amizade é necessário muito diálogo. Falar é coisa de dois. Quase sempre a conversação surgirá de forma espontânea e as reuniões de família são um bom momento para se criar um clima de maior crescimento, estabilidade e segurança para os filhos.
Dia 13 de Janeiro de 2012 – Sexta-feira
Se quisermos dar um valor verdadeiro aos esforços realizados em família devemos ter presentes os amigos dos nossos filhos.
O que os nossos filhos aprenderem de bom em nossa casa levarão para fora, “contagiarão” seus amigos e amigas e dar-se-á um efeito multiplicador na sociedade.
Pelo contrário, qualquer circunstância ou fato negativo que possa ser produzido por parte de um amigo deve ser, de imediato, esclarecido de forma a cortar pela raiz o que poderia chegar a ser um mal grave (por exemplo: roubos, beber escondido, fumar...).
Outro alternativa pode passar por convidar os amigos e os seus pais e aos filhos para que venham a nossa casa de forma a que conheçam e saibam como pensamos.
Conhecer os amigos dos nossos filhos é meio caminho andado para que possamos acompanhar melhor os nossos próprios filhos.
Dia 16 de Janeiro de 2013- Segunda Feira
O Núcleo regional de Faro da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral APPC tem uma valência denominada Centro de Apoio à Vida vocacionada para o apoio e acompanhamento de mulheres grávidas que se encontrem em situação de risco emocional ou social, residentes nos concelhos de Faro e Olhão, suas famílias e filhos recém-nascidos até um ano de vida.
Como principais actividades desta valência contam-se
•O Atendimento e acompanhamento individualizado;
• A Articulação com as redes de suporte social formal dos serviços locais;
•A Preparação para o parto;
◦A Sensibilização sobre planeamento familiar e doenças sexualmente transmissíveis;
◦A Gestão doméstica.
•O Apoio na inserção escolar/profissional da grávida e da família;
•O Apoio na inserção da criança em equipamento sócio-educativo;
•E a ReConstrução do Projecto de Vida da grávida .
Para mais informações consulte o seu site em www.app-faro.org.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário