terça-feira, 5 de outubro de 2010

Textos desta semana na nossa rubrica da Rádio Costa D'Oiro

Textos “Algarve pela Vida”

Dia 5/10 – A Plataforma Algarve pela Vida existe para ajudar e apoiar também os que mais precisam e por isso vamos dedicar algum deste tempo a dar informações sobre o Abono de Família Pré-natal.
Podem requerer este abono as grávidas que:
- Já atingiram a 13.ª semana de gravidez;
- São residente em Portugal ou equiparadas a residentes;
- Têm um rendimento de referência abaixo do valor limite (actualizado todos os anos).
O Abono de Família Pré-Natal pode ser pedido durante a gravidez (a partir da 13ª semana) ou após o nascimento da criança (durante 6 meses, contados a partir do mês seguinte ao do nascimento). Se não for pedido dentro deste prazo de 6 meses, perde o direito ao abono de família pré-natal.
Os impressos necessários para a apresentação deste abono, isto é, o impresso do pedido a ser preenchido pela requerente e o impresso a ser preenchido pelo seu médico, podem ser descarregados na página da Internet da Segurança Social, no menú “Formulários”, opção “Abono de família”.
A esses 2 documentos devem ser juntas cópias do documento de identificação válido, do cartão de contribuinte e documento comprovativo do NIB, caso pretendam receber o abono através de transferência bancária.


Dia 6/10 - Quem pode pedir o Abono de Família Pré-Natal?
- A grávida (ou mãe, se pedir o abono pré-natal depois do nascimento da criança).
O pedido do Abono de Família Pré-natal é feito:
- Através da Segurança Social Directa - preenche o formulário on-line e entrega a documentação digitalizada.
- Serviços de Atendimento da Segurança Social - apresenta os formulários em papel e os documentos nele indicados As cidadãs estrangeiras também podem beneficiar do abono pré-natal Para isso, além dos restantes documentos, necessitam entregar também
- Documento que comprove que residem legalmente em Portugal.
As estrangeiras de países com os quais Portugal tem acordos nesta área não precisam de apresentar estes documentos (mas têm de estar cá a trabalhar ou ser pensionistas da Segurança Social portuguesa). Estes países são: os países da União Europeia, Austrália, Brasil, Cabo Verde e Marrocos.


Dia 7/10 - O subsídio de gravidez de risco é concedido durante o tempo considerado necessário pelo médico, nas situações de risco para a saúde da mãe ou da criança.
Estes dias de licença por risco clínico não são descontados na licença parental inicial a que ainda tem direito.
Para ter acesso a este subsídio é necessário entregar:
- Declaração médica que certifique a gravidez de risco, com indicação do período de tempo considerado necessário para prevenir o risco.
- Se for trabalhadora independente, ter os pagamentos para a Segurança Social em dia até ao fim do terceiro mês imediatamente anterior ao mês em que deixa de trabalhar por risco clínico.
- Ter os pagamentos para a Segurança Social em dia até ao fim do mês anterior ao mês em que deixa de trabalhar por risco clínico, se estiver abrangida pelo Seguro Social Voluntário, sendo indeferido o subsídio se a situação contributiva irregular não estiver regularizada.
- Pedir o subsídio dentro do prazo, ou seja, nos 6 meses a contar do primeiro dia em que não trabalhou.
Cumprir o prazo de garantia, isto é, tem de ter trabalhado e descontado durante seis meses (seguidos ou não) para a Segurança Social ou outro sistema de protecção social que assegura um subsídio nestes casos. No caso de não trabalhar nem descontar para a Segurança Social ou se trabalha e desconta mas não reúne as condições para ter direito ao subsídio por risco clínico durante a gravidez, poderá também ter direito ao subsídio social por risco clínico durante a gravidez. Todas estas informações e formulários estão disponíveis no site da Segurança Social

Dia 8/10 – A Associação Oncológica do Algarve (AOA) pretende juntar dez mil pessoas na Zona Ribeirinha de Portimão a 10 de Outubro, para participarem na 10ª edição da Mamamaratona, que se poderá transformar no maior evento de solidariedade alguma vez realizado na região algarvia. A iniciativa visa sensibilizar os participantes para a problemática da luta contra o cancro, angariando ao mesmo tempo fundos para a construção da Casa Flor das Dunas, residência temporária destinada aos doentes em tratamento na Unidade de Radioterapia de Faro, estimada em um milhão de euros. A prova terá o ponto de partida e de chegada no Parque de Feiras e Exposições de Portimão e decorrerá ao longo do rio Arade, em plena Zona Ribeirinha de Portimão, num percurso que varia entre os 8Km, no caso da corrida, e os 5km se a opção for a marcha, esperando a organização uma participação de cerca de dez mil pessoas de todas as idades. Os interessados em participar poderão fazer a sua inscrição por correio até 8 de Outubro, dirigindo a respectiva ficha de inscrição (disponível em www.cm-portimao.pt, www.oaa.pt ou www.mamamaratona.com) para: Associação Oncológica do Algarve, Largo das Mouras Velhas, nº 18, 8000-139 Faro; ou para a delegação de Portimão da AOA – Urb. Do Pimentão, Bloco 2, cave, Três Bicos – 8500 Portimão. Haverá ainda a possibilidade de as inscrições serem feitas na véspera - no Parque de Feiras e Exposições - das 14h30 às 18h00, ou no próprio dia da prova, entre as 08h00 e as 09h30. Os participantes têm direito a t-shirt, boné e dorsal, sendo que o valor por adulto é de 7,5 euros, enquanto crianças até aos 12 anos pagam 3 euros.


Dia 11/10 - Tavira e Vila Real de Santo António foram distinguidas, a nível nacional, com o título “Autarquia + Familiarmente Responsável 2010”, juntamente com mais dezasseis Municípios dos 66 que aderiram ao inquérito do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis.
A cada Município vencedor foi entregue a bandeira verde, numa cerimónia que teve lugar, no passado dia 22 de Setembro, em Coimbra.
Este reconhecimento deriva das políticas de família adoptadas pelas autarquias em nove áreas de actuação, nomeadamente, apoio à maternidade e paternidade, apoio às famílias com necessidades especiais, serviços básicos, educação e formação, habitação e urbanismo, transportes, cultura, desporto, lazer e tempo livre, cooperação, relações institucionais e participação social. Foram ainda consideradas as boas práticas da Câmara Municipais para com os seus funcionários em matéria de conciliação entre trabalho e família.
Os dados recolhidos através dos inquéritos ficarão disponíveis no site do Observatório em http://www.observatorioafr.org/, permitindo a todos os interessados ficar a conhecer o trabalho desenvolvido pelos municípios vencedores, bem como pelos restantes participantes.
Com este projecto o Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis procura desempenhar um importante papel no contexto da economia familiar, mas também no combate ao envelhecimento e à desertificação, através da criação de emprego e do aumento do espírito de iniciativa, dinamismo e estabilidade social.



Dia 12/10 - Num blogue sobre vida, é também natural que falemos sobre a morte porque pensar a morte ajuda-nos também a reflectir sobre a vida. O panorama cinematográfico dos últimos anos nada mais tem sido do que um enorme bocejo, com argumentos paupérrimos e cheios de lugares comuns. O último filme de Clint Eastwood "Hereafter" é um desses filmes que nos surpreende pela originalidade do argumento e pelas interrogações que deixa em aberto. Num mundo onde as pessoas se agarram com unhas e dentes ao materialismo e ao prazer do imediato, este filme interpela-nos para o que virá depois da morte. Por mais que a morte seja um tabu, nesta sociedade cínica em que vivemos, mais cedo ou mais tarde cada um de nós vai esbarrar, de forma mais ou menos inesperada ou violenta, nela.Por isso, é que, mesmo que não queiramos falar ou reflectir sobre a morte, voluntária ou involuntariamente, mais cedo ou mais tarde, teremos que fazê-lo. E este filme, sendo um pouco cruel, como toda a morte o é, parece que nos deixa alguma esperança, sobretudo para os que se sentem mais órfãos, os que já perderam os mais queridos, pais, irmãos, amigos, mulher, marido, filhos. Quem acredita no valor da vida humana, acredita também na presença dos que já partiram.

Dia 13/10 – É inadmissível que, em Portugal, a lei impeça os médicos pró-vida de contactar com as mulheres que pretendem abortar com "receio" que eles as desincentivem a abortar. Mas, a lei já permite que os médicos pró-aborto tenham acesso livre a grávidas indecisas e que, na prática, promovam, até, formas de pressão psicológica indecorosas. A lei, além de abjecta, é desigual e claramente parcial e tendenciosa a favor da morte do feto. A informação das alternativas, essas, ficam só no papel. Em Portugal, há mulheres que andam a realizar abortos já depois das 10 semanas. São situações raras mas estão a acontecer. Por outro lado, há abortos que estão a ser realizados sem que o período de reflexão de 3 dias esteja ser cumprido. Num recente, estudo da DECO, concluiu mesmo que "o período de reflexão de três dias, obrigatório por lei, não foi imposto a uma em cada dez inquiridas". Resta-nos reflectir sobre isto e esperar que a A Inspecção Geral de Saúde, se importe muito mais com estas ocorrências.

Dia 14/10 – Perante dificuldades de relacionamento, o primeiro passo é procurar perceber o que se passa. Todas as pessoas, mesmo as crianças, têm temperamentos diferentes e podem reagir de formas muito diferentes perante as mesmas situações. Devemos procurar entender não só a forma como ele está a agir, mas também a motivação que o está a levar a isso; qual é a causa para essa atitude. Para isso, é muito importante desenvolver algumas capacidades de comunicação. É preciso ajudá-lo a expressar-se, colocando-o à vontade, facilitando a comunicação. Os pais precisam de aprender a gerir as suas reacções e emoções. Uma reacção demasiado rápida de desacordo ou de choque, só irá fazer com que esse filho fique à defesa e a comunicação seja interrompida. É tão importante que a vossa criança e ainda mais o vosso adolescente fale convosco! Se eles o fizerem, pensem que isso é algo a preservar. É crucial manterem uma “porta aberta” na comunicação com os vossos filhos. Só assim poderão entender o comportamento e as palavras deles. Só assim poderão ter acesso a eles e ajudá-los. É claro que eles precisam de mudar muitas coisas, mas… nós também.
Por vezes a dificuldade tem a ver simplesmente com um problema de comunicação. Nós transmitimos aos nossos filhos alvos que lhes parecem estar a anos-luz de distância. Se apontamos para um alvo perfeito, longínquo, isso vai parecer inalcançável e é extremamente desencorajador. A atitude mais lógica, da parte deles, é nem sequer tentar. Afinal, não vale muito a pena ele estar a esforçar-se por algo que nunca irá conseguir mudar!

Dia 15/10 – Seja qual for a situação em que uma família está, os pais podem sempre investir em melhorar o relacionamento. É preciso criar o hábito de dialogar - isto inclui também a capacidade de ouvir. Precisamos de ter muito cuidado para não minimizarmos ou ridicularizarmos coisas que são importantes para os filhos. Um filho é uma pessoa; não é “algo” que nos pertence. Eles são diferentes de nós; pensam e sentem de forma diferente de nós. Isto também nos deve ajudar a perceber que, aquilo que é óbvio para nós, não o é necessariamente para eles. Por isso, é bom criar o hábito de lhes dizer que os ama, de lhes dizer - a eles próprios e não apenas aos seus colegas de trabalho - aquilo que admira neles. Muitas das queixas dos adolescentes é que os pais não os ouvem, não os conhecem, não estão interessados nos assuntos deles. Se você acha que está interessado no que se passa com o seu filho, no que ele pensa e sente, diga-lhe isso. Perdemos muitas oportunidades simplesmente por causa do nosso hábito de “assumirmos que…” Não assuma! Diga-lhe as coisas que são importantes, mesmo que elas lhe pareçam óbvias. E tente ser concreto e específico naquilo que diz. Pode parecer difícil, mas com o “treino” vai-se tornando muito mais natural. Por vezes, é bom gastar primeiro um pouco de tempo consigo mesmo, a sós, a arrumar os seus pensamentos e acalmar as suas emoções, e planear o que precisa de ser dito ou feito, antes de falar com eles.

Dia 18/10 - No meio das relações familiares, sejam elas mais pacíficas ou não,, precisamos de lembrar que um jovem tem a capacidade de fazer opções. Ou seja, uma educação cuidadosa e um bom ambiente na família, não implica necessariamente que os filhos venham a tornar-se jovens e adultos equilibrados. Eles podem escolher um caminho diferente. Eles têm a liberdade de fazer o que é certo ou o que é errado; de se tornarem “ajudadores” ou agressores. Para muitos pais isto pode parecer assustador. Mas eu penso que, pelo contrário, isto é um motivo de esperança. Por vezes dizem-me: “Ele é mesmo assim! Sempre foi. Não consegue controlar-se.” Mas ninguém é “mesmo assim”. A pessoa está simplesmente a optar por agir dessa maneira, porque não quer ou não sabe lidar com as situações de outra forma. Embora esta opção seja normalmente inconsciente, não deixa de ser uma escolha. Ninguém nasce “destinado” a fazer o que é errado. Assim, é possível a pessoa - qualquer pessoa - aprender a reagir de outra maneira. Na verdade, nós somos seres de hábitos; mas também temos a capacidade de mudar os hábitos que temos e começar um novo rumo.

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