domingo, 18 de outubro de 2009
o PPV tem informações de mulheres que abortaram e contam ter sido “tratadas como gado”, dizem as próprias.
De acordo com tais relatos, o PPV tem “indícios” do incumprimento da lei: “Os tempos de reflexão não são respeitados, não há informação e os mecanismos de acompanhamento não funcionam”.
Nos hospitais, acrescenta, há “um estranho zelo em maximizar o número de clientes”, falando às mulheres da possibilidade de aborto apenas porque elas não têm meios de subsistência. E terá havido mesmo médicos a propor a laqueação de trompas após um parto difícil. “Era bom que a Direcção-Geral de Saúde garantisse que em Portugal não há esterilização de mulheres”, defende.
Está em causa, afirma, o inverno demográfico. “As políticas antinatalistas têm sucesso em todo o mundo. Não há gente, todos somos sugados ao limite nas empresas, não há procura económica, a própria economia arrefece”, afirma Botelho, sobre o que considera as consequências do aborto. E também da educação sexual obrigatória nas escolas, que pretende incutir nos mais novos a ideia de não querer ter filhos.
O apelo de Botelho aos valores religiosos, no entanto, não colheu junto de todos. Paula Pimentel, mãe de seis filhos, casada com um espanhol, pensa que “a defesa da vida não tem necessariamente a ver com religião”. Vários dos seus amigos não são crentes, diz, e não se juntam à causa por acharem que “isso é coisa de católicos”. “Eu não vim cá para rezar, vim para defender a vida”, acrescenta.
Fonte: Público
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