quinta-feira, 15 de outubro de 2009

“O aborto não é um direito, é um negócio”

“Estamos contra el aborto porque somos de izquierda”


Cristãos de esquerda reafirmam sua postura contra o aborto

Na Casa de Cultura e Solidariedade de Madri, aconteceu em 8 de outubro passado um ato contra o aborto sob o título “O aborto não é um direito, é um negócio”. No mesmo, se recordou que os cristãos de esquerda lutam contra o aborto desde a transição espanhola.

No ato – informa a ZENIT o Movimento Cultural Cristão – se analisaram diversas manifestações da “cultura de morte”, como as guerras, o desemprego, o consumismo ou a fome, que impulsionam hoje milhões de mulheres ao aborto, do qual são vítimas assim como seus filhos não-nascidos.

A livraria DERSA do Movimento Cultural Cristão –afirmam os organizadores– “é pioneira na Espanha organizando encontros antiabortistas”. Já em 1982, antes que ganhasse pela primeira vez a eleição o PSOE, “promoveu desde então o manifesto ‘Estamos contra o aborto porque somos de esquerda’”.

Tanto com governos do PSOE como do PP, inclusive antes, durante o período constituinte da transição –sublinham– “os militantes do Movimento Cultural Cristão lutaram na sociedade espanhola por estender a ‘cultura da vida’ e a solidariedade com as vítimas de toda forma de violência política, o próprio desemprego e a fome, a escravidão infantil ou do aborto”.

Recordam que também o partido Solidariedade e Autogestão Internacionalista (SAIN) defendeu esta postura desde sua fundação em 2003, opondo-se com clareza não só à reforma da lei do aborto promovida pelo atual governo “mas também à legislação vigente”.

Informa que, em 26 de outubro de 1982, o jornal YA publicou o manifesto de um grande número de militantes de diversas organizações e sindicais da esquerda espanhola, sob o título “Estamos contra o aborto porque somos de esquerda”, enquanto que o jornal El País o censurava exigindo quase meio milhão de pesetas por sua publicação em páginas publicitárias.

Este manifesto se antecipava à introdução da lei do aborto e denunciava a traição do governo socialista “à cultura da esquerda; pois nem os votantes nem a tradição moral de defesa dos fracos, principal característica da esquerda, avalizam o apoio a uma política contra a vida”.

O manifesto, que desde então está presente ininterruptamente na sociedade espanhola e nas mobilizações contra o aborto, afirma que “a legislação abortista foi introduzida por Hitler para as raças que considerava inferiores”, e que a solidariedade característica da militância operária de esquerda pede lutar para evitar que o seio de uma mãe não seja para seu filho “o lugar mais perigoso da terra”.


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