A felicidade vem da monotonia
(...)
Parece, a princípio, que as cousas novas é que devem dar prazer ao espírito; mas as cousas novas são poucas e cada uma delas é nova só uma vez. Depois a sensibilidade é limitada, e não vibra indefinidamente. Um excesso de cousas novas acabará por cansar, porque não há sensibilidade para acompanhar os estímulos dela.
Conformar-se com a monotonia é achar tudo novo sempre.
A vida burguesa da vida é a visão cinetífica; porque, com efeito, tudo é sempre novo, e antes de "este hoje" nunca houve "este hoje""
Fernando Pessoa
In Reflexões Pessoais
Sem comentários:
Enviar um comentário