terça-feira, 2 de setembro de 2008
Apesar das promessas efectuadas pelo Ministério da Educação, quase tudo continua na mesma no que diz respeito aos manuais escolares, fazendo com que os pais continuem a ser explorados pela "indústria educativa".
Com efeito, o Governo é o primeiro a não cumprir a lei que, com toda a propaganda a que nos tem habituado, anunciava há quase dois anos que os manuais escolares teriam que ser todos qualificados pelo Ministério da Educação e reutilizáveis!
Ora, até as crianças do 1º ano são "educadas" a inutilizar os manuais, não só escrevendo neles como até a rasgar folhas (subtilmente designadas como "fichas")! A anunciada distribuição "gratuita" aos alunos mais necessitados acaba por ser um total desperdício de dinheiros públicos, dinheiro de todos nós, para cobrir a incapacidade do Governo de pôr em prática uma medida da maior importância para os pais e que é há imensos anos seguida nos chamados "países ricos", que assim o são por não pactuarem com o desperdício!
Deste modo, os pais "não carenciados" acabam por ser expoliados em duplicado, pagando os livros dos seus filhos e, através dos impostos, os manuais "gratuitos" (em parceria com os contribuintes sem filhos).
A APFN apela ao Parlamento, o órgão de soberania responsável pela fiscalização do Governo, para que o leve a pôr em prática aquilo que há anos reclamamos por a isso termos direito: deixarmos de ser objecto de exploração por parte da indústria educativa com a cumplicidade do Governo!
É assim tão difícil fazer com que o material escolar (TODO!) possa passar de alunos para alunos de um ano para outro, sem truques nem demagogias? Deixem de falar na criação de bancos de livros! Limitem-se a fazer com que sejam, de facto, reutilizáveis! A sociedade civil logo arranjará soluções para a sua redistribuição, como tem procurado fazer, desde que sejam "redistribuíveis"! E, já agora, acabem de vez com a publicação de leis que nem sequer sejam para ser cumpridas pelo próprio Governo.
Fonte: APFN (Comunicado)
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2 comentários:
Mais um excelente exemplo de como os nossos governos preferem sucessivamente ceder à pressão de interesses económicos, neste caso das editoras...
E para os pais que têm que abrir os cordões à bolsa depois de um mês de despesas em férias não é nada agradável...
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