Adopção de emergência
A propósito da denúncia feita pelo Rádio Clube Português a que me reportei no meu post anterior, a mesma rádio organizou ontem um debate sobre esta problemática que contou com a presença do Dr. Luis Villas Boas, director do Refúgio Aboím Ascensão e o Juíz Armando Leandro, Presidente da Comissão de Protecção de Menores.
De acordo com o Dr. Villas Boas, uma criança que é abandonada ou rejeitada pela mãe nunca deverá estar no hospital mais do que os 3 dias habituais.
A mãe que não pretende ter o filho deveria logo nessa altura assinar o respectivo documento que autoriza o início do processo de adopção e, enquanto o processo não se desenvolve em tribunal, a criança deveria ser logo acolhida numa instituição preparada para o efeito.
Entretanto, os candidatos a pais adoptivos deveriam estar já plenamente identificados e avaliados de forma a proceder à entrega da criança a quem lhe possa dar uma casa com carinho, alimentação e roupa.
Não se percebe como é que existem tantos casais a querer adoptar crianças recém-nascidas e tantas crianças recém-nascidas deixadas em hospitais à espera de serem entregues ????
Por outro lado,
de acordo com o Juíz Armando Leandro, há que fomentar na sociedade e, em particular, nas escolas e nas famílias a educação e preparação das crianças e adolescentes para uma futura parentalidade e maternidade positivas.
Não posso estar mais de acordo (digo eu):
Há que fomentar, de forma positiva, na sociedade e nos media (veja-se o que se passa na alemanha) o gosto pela parentalidade e pela maternidade e manifestar que, não obstante todos os inconvenientes de perda de tempo e dinheiro que ter um filho implica, o que se ganha é muito mais e melhor.
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