segunda-feira, 19 de maio de 2008
«A falta de humildade perante a natureza que presencio aqui (no «Parque Jurássico»), deixa-me deveras estupefacto. Não vês o perigo inerente àquilo que criaste? Usas o poder da genética como uma criança usaria a pistola do seu pai. Vou dizer-te qual é o problema de utilizar todo esse poder científico: não foi necessário qualquer tipo de disciplina para obtê-lo. Leram o que outros tinham escrito e deram o passo seguinte. O conhecimento não lhes custou nada, por isso não se consideram responsáveis. Treparam para os ombros de génios, para depois conseguir qualquer coisa. Antes de saberem o que tinham obtido, tiraram-lhe a patente, embalaram-no, fabricaram 'souvenirs', e agora andam a vendê-lo... A sua preocupação era se poderiam obtê-lo, e não se deviam obtê-lo.»
A partir do momento em que li e escutei estas palavras no filme «Jurassic Park» (S. Spielberg, EUA, 1993), fiquei assombrado pela forma precisa com que exprimem a situação que se verifica atualmente em numerosos laboratórios e clínicas de todo o mundo, no que se refere à vida humana por nascer.
In "Para uma Ética da Vida por Nascer - Ética e Manipulação da Vida Humana por Nascer no Começo do Século XXI", de Alejandro D. Bolzan
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