quarta-feira, 6 de junho de 2012

Reportagem RTP sobre aborto em Portugal



Esta reportagem recente da RTP sobre a prática do aborto em Portugal merece-me os seguintes comentários:

1) Praticamente todas as mulheres sentem-se mal pelo que fizeram e quase todas auto-culpabilizam-se. Por isso, a ideia veículada por muitos pro-choice de que uma mulher deve sentir orgulho pelo aborto que faz porque está apenas a dispôr do seu corpo é um verdadeiro engano. Como refere médicas e enfermeiras, a maior parte das mulheres que tomam o comprimido que irá iniciar o fim da vida do filho que trazem no ventre CHORAM e afirmam que sabem que estão a agir mal.

2) Muito chocante o depoimento do pai da criança que acompanha a mãe à clínica abortista de Lisboa que diz não estar disposto a renunciar a certos hábitos que tem só por causa do nascimento do filho- Sem palavras !

3) O Dr Luis Graça, responsável pelo departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um dos grandes arautos do sim e da liberalização do aborto confessa o seu engano e a sua "perda de inocência" em relação à suposta auto-responsabilização das mulheres que iriam alegadamente recorrer de forma parcimoniosa e prudente ao aborto legal. E, mais, classifica a Clínica dos Arcos não como clínicas médicas mas sim como clínicas de comércio puras.
Não deixa de ser elucidativo que ele próprio

4) Impressionante a frieza como uma médica da Maternidade Alfredor da Costa, uma das líderes do "sim" de 2007 faz abortos, sugando com uma máquina o corpo indefeso do feto, actuando com a maior das naturalidades e risse quando a jornalista a confronta com os casos de grávidas que repetem abortos atrás de abortos, sem manifestar o mínimo de apreensão ou sequer hesitação perante tal monstruosidade em contraste com o depoimento do Dr Carlos Sousa, o único médico do hospital de Faro, responsável pelo extermínio de cerca de 600 vidas humanas que, por várias vezes, engole em seco e mostra algum mal estar pelo que faz, defendendo, ainda embora com alguma timidez, a penalização da mulher que repete abortos, através do recurso às taxas moderadoras.

5) Na reportagem fala-se de, pelo menos, 8 casos de mulheres que já repetiram mais de 10 abortos.

Um pavor não só pela situação em si, mas pelo sofrimento manifestado pela maior parte das mulheres que sofrem e sabem que estão a fazer algo errado, algo do qual se irão arrepender para o resto da vida mas para o qual estão a ser empurradas e coagidas pelo parceiro, pela sociedade, pela família.

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