Uma profissional britânica na área da saúde mental, que foi despedida por "má conduta profissional" após discutir com colegas acerca dos problemas mentais enfrentados por mulheres que abortaram, apresentou uma acção judicial em tribunal, em defesa dos direitos humanos, contra a sua entidade empregadora.
Margaret Forrester alega que o Central & North West London Mental Health Trust violou o seus direitos de liberdade de expressão e religião.
Forrester, uma católica-romana, era uma profissional na área do bem estar psicológico do Sistema Nacional de Saúde. Foi suspensa em Novembro de 2010 depois de ter dito a colegas, numa conversa privada, que estava preocupada com o facto de as mulheres não serem devidamente informadas sobre os perigos do aborto em termos de consequências na saúde mental a longo termo.
Ela mostrou às colegas uma publicação sobre síndroma pós-aborto com o título "Forsaken – Women From Taunton Talk About Abortion” que apresentava testemunhos pessoais de mulheres que sofreram efeitos negativos na sequência do aborto.
Veio a ser convocada para uma reunião com um superior e foi questionada sobre as suas opiniões. Primeiro foi suspensa do seu emprego e depois foi colocada numa secretária sem lhe distribuirem trabalho.A seguir, foi colocada num outro posto de trabalho, sem qualquer relação com o seu perfil profissional, e com responsabilidades abaixo das suas capacidades e competências, que acabou por abandonar devido a stress.
Numa audição disciplinar em Dezembro de 2010 foi avisada de que só poderia continuar a trabalhar se nunca mais falasse sobre as suas convicções sobre aborto e não desse aos colegas materiais com essas linhas sobre o tema.
Claire Murdoch, responsável do Central and North West London NHS Foundation Trust, disse que a publicação que Forrester apresentou mostra uma perspectiva sobre o aborto desequilibrada e ofensiva para o pessoal do NHS. E considerou ainda que aquela publicação inferia que o aborto pode levar ao abuso de alcóol e drogas, pensamentos suicidas e risco acrescido de cancro, o que poderia ser fonte de preocupação e de ofensa para as mulheres que necessitem de abortar e que querem aconselhamento equilibrado e sensível.
Forrester comentou que o facto de não poder ter uma discussão informal com colegas no interesse das pacientes é simplesmente inacreditável e que é incrível ter sido despedida só por ter expressado uma opinião pessoal em privado.
Andrea Minichiello Williams, do Christian Legal Centre, considera que é inaceitável que Forrester tenha sido perseguida por se interessar em auxiliar as pacientes. E acrescenta: "O nível de intolerância na esfera pública, particularmente no sector do emprego público, é profundamente preocupante e sugere que estamos a viver numa sociedade cada vez menos livre". E manifestou a necesidade de lutar contra esta intolerância.
Um porta-voz de Thomas Moore Legal Center disse ao The Telegraph, que a atitude do NHS em relação a Margaret Forrester não é prejudicial só para os seus trabalhadores, mas, ao limitar a liberdade de discussão sobre estas matérias, é também prejudicial para as pacientes, concluindo que se o NHS não permite a discussão sobre os efeitos do aborto entre os seus funcionários, levanta-se a questão: qual é o receio do NHS?
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In LifeSiteNews.com
by Thaddeus Baklinski
Traduzido e resumido por Luís Lopes
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