sábado, 12 de março de 2011

Textos Rádio Costa D'Oiro de 1 a 14 de Março


Dia 1/03 – A Casa da Criança do Rogil tem dinamizado um conjunto de ações de formação para a inclusão, em várias localidades do concelho Aljezur, desde junho de 2010. Cada curso tem uma duração de 60 horas, ao longo de um mês. Durante cada ação de formação, é entregue uma bolsa aos formandos que consiste em 210 euros, mais subsídio de alimentação (4,27 euros/dia), e caso necessitem de deslocação recebem subsídio de transporte.
«Envelhecimento Bem Sucedido» é o curso que atualmente está a decorrer nas instalações da Junta de freguesia da Bordeira.
Já foram realizados as formações de «Desenvolvimento Pessoal, Social e Profissional», «Economia Escolar»e «Educação Parental», com cerca de dezasseis formandos cada.
A Casa da Criança do Rogil é a Entidade Promotora e a Megaexpansão a Entidade Formadora destas ações de formação, apoiadas pela Câmara e pela Junta de Freguesia de Aljezur.
A Junta de Freguesia da Bordeira também se tem envolvido com esta iniciativa, cedendo instalações e transportes, para que estes cursos cheguem a grande parte da população.

Dia 2/03 - A Assembleia da República aprovou o que designa por casamento homossexual. Fê-lo com base nos programas eleitorais de três partidos de esquerda, durante uma crise económica que ameaça a solvência do Estado e uma crise institucional e de valores muito grave. A decisão foi tomada à margem de qualquer debate social alargado sobre as suas implicações para a sociedade portuguesa nas próximas décadas.
O casamemto é uma instituição milenar, pré-política e pré-jurídica, que o direito se limitou a reconhecer e regular. Embora seja desde sempre um pilar matricial da civilização judaico-cristã, trata-se de uma realidade universal fortemente enraizada em diferentes civilizações, culturas e religiões. Como elementos essenciais, o casamento sempre teve o encontro entre os géneros, numa perspectiva de igualdade e complementaridade, e a criação de uma estrutura estável e saudável para o desenvolvimento físico, emocional e espiritual das crianças. O mesmo tem sido, ao longo da história, e ainda é hoje, o contexto óptimo desse desenvolvimento.

Dia 3/03 - O suposto direito a casar, de que falam os homossexuais, pretende na verdade ser o direito de redefinir uma instituição milenar, desvalorizando os seus elementos essenciais. As preferências e as orientações sexuais pretendem agora definir o casamento. Mas, pergunta-se, por que é que os homossexuais têm o direito de redefinir uma instituição milenar de acordo com a sua orientação, e idêntica oportunidade é negada a outras orientações e preferências? Que hipotética fobia ou discriminação é que permite justificar tal diferenciação? O fundamento biológico, histórico, social e cultural do casamento entre um homem e uma mulher mais do que justifica a especialidade e singularidade do seu tratamento jurídico.

Dia 4/03 - A união entre um homem, uma mulher e os seus filhos é a base de uma sociedade equilibrada. Nela a sexualidade é saudável e a intimidade é profunda, porque baseada na diferença e na complementaridade. Quando essa união falha – e infelizmente falha muitas vezes – toda a sociedade paga um elevado preço, em depressões, violência doméstica, suicídios, pobreza, delinquência juvenil, insucesso e abandono escolar, abuso sexual de menores, criminalidade, etc. Esse preço pode ser maior se essa união for política, jurídica e socialmente desvalorizada, nos seus elementos essenciais, em vez de protegida e promovida.

Dia 7/03 - Pretende-se afirmar equivalência moral entre o estilo de vida homossexual e o heterossexual monogâmico. Esta mensagem, de fundamento biológico, moral e social mais que duvidoso, é perigosa para um Estado activamente envolvido na educação de crianças e jovens. Ela dá a entender que nada existe de moralmente intocável e indisponível, que tudo é mera construção social e resultado de preferências individuais e colectivas. Ora, um pilar fundamental da teoria moral, política, e jurídica Ocidental é a existência de valores e princípios nucleares, que os Estados, as sociedades e os indivíduos não podem criar nem devem tentar destruir, sob pena de pagarem um elevado preço no processo. Portugal, enquanto comunidade moral, deve enviar às famílias e aos jovens um sinal claro e inequívoco de apoio ao casamento heterossexual monogâmico e adoptar valores e incentivos que afirmem o seu estatuto social nuclear. (Jónatas E. M. Machado – Professor da Univ. de Coimbra).

Dia 8/03 – A Walt Disney lançou “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, uma versão para cinema da segunda das Crónicas de Nárnia, de C. S. Lewis. As Crónicas de Nárnia são uma série de sete histórias, escritas por C. S. Lewis, entre 1950 e 1956. Embora o autor não pretendesse fazer das histórias de Nárnia uma alegoria, é óbvio o paralelismo entre as suas personagens e o impacto da obra de Cristo na restauração da vida do homem.

Dia 9/03 –A história do filme “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, começa com quatro crianças: Peter, Susan, Edmund e Lucy. Levados para a casa de um velho professor, no campo, para se protegerem dos bombardeamentos de Londres, durante a II Guerra Mundial, eles acabam por descobrir, no guarda-fatos da mansão, uma porta de passagem para um outro mundo, Nárnia, uma terra mística onde é sempre Inverno, a Feiticeira Branca reina... e o Grande Leão Aslan é a única esperança. C. S. Lewis Lewis, o seu autor, contrasta o ambiente de Inverno e os efeitos de morte da Feiticeira Branca com a Primavera e a vida do bafejar do Leão Aslan. O estado dos seres vivos que a Feiticeira transformou em estátuas contrasta com a sua vida depois do sopro do Leão. A crueldade está frente a frente com a bondade. O Leão, redentor, que dá a sua vida para salvar o “filho de Adão”, ressuscita vencendo as forças da Feiticeira.

Dia 10/03 – Nas palavras de Robert Velarde, as Crónicas de Nárnia não são “apenas uma história divertida, mas proporcionam aos pais uma oportunidade para partilhar verdades eternas. Ao longo das histórias, os miúdos descobrem que Nárnia está cheia, não só de exemplos de como não devemos viver, mas exemplos de como podemos viver. Cada um dos livros na série apresenta oportunidades para ensinar as crianças sobre coragem e cobardia, justiça e injustiça, honestidade e desonestidade, misericórdia e crueldade, humildade e orgulho, entre outros.”

Dia 11/03 – Segundo a sequência da sua publicação, são estas as sete Crónicas de Nárnia: “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, “O Príncipe Caspian”, “A Viagem do Caminheiro da Alvorada”, “O Trono de Prata”, “O Rapaz e o Cavalo”, “O Sobrinho do Mágico” e “A Última Batalha”. Depois de terem sido publicadas em Portugal pela Guimarães Editores (1961) e pela Gradiva (1994), as Crónicas de Nárnia estão agora editadas pela Editorial Presença (2003).
Os livros e os filmes são um bom recurso para pais e professores utilizarem no processo de educação de crianças e adolescentes.

Dia 14/03 – Nas palavras dos Deolinda
Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na tv.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
Para esta geração fica o apelo: Não vale a pena estar a espera que alguém se levante e aja. Cada um tem de fazer a sua parte e não desistir.

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