Quem quiser muda de sexo! - ou a agenda política da esquerda
Desta vez, e revelando a maior das ignorâncias, querem legislar permitindo que qualquer pessoa “diagnosticada com transsexualismo” possa efectuar a mudança de sexo administrativamente, sem intervenção dos tribunais, como até agora acontece, transformando o acto num processo administrativo do registo civil.
Mas o que é o transsexualismo? Pode-se descrever como um conflito entre a alma e o corpo, onde o indivíduo possui um forte desejo, desde a infância, de ter nascido e de querer ter o sexo oposto.
Cientificamente define-se como uma forte “convicção de pertença a um sexo biológico em indivíduos que nascem com características sexuais normais do outro sexo biológico e que podem procurar mudar o seu corpo em conformidade com essa convicção”.
É preciso esclarecer que o transsexualismo NADA tem a ver com a homossexualidade, bissexualidade ou travestismo. Ou seja, não é um problema da orientação sexual (ex. homossexualismo) mas sim um transtorno da identidade de género.
Posto isto, é até completamente descabido que as associações de promoção da homossexualidade (ex. ILGA) chamem a si os transsexuais e os envolvam na sua organização, dado que uma coisa nada tem a ver com a outra. Só se entende isto como uma forma de aproveitamento que em nada beneficia quem sofre de transsexualismo.
Os transsexuais são acompanhados em Portugal por equipas de saúde multidiscilinares (compostas por médicos, psicólogos, sexólogos, endocrinologistas e cirurgiões, enfermeiros e assistentes sociais), que há décadas os avaliam e tratam até à mudança definitiva de sexo.
Não é novidade, e, sim é uma doença que precisa de tratamento! Podemos ilustrar a doença como uma alma de um homem num corpo de mulher ou o contrário. Logo, ao fim do tempo de avaliação e tratamento, para se ter a certeza de que é um verdadeiro transsexualismo e não outra coisa, surge como passo final a cirurgia de reatribuição de sexo (procedimento irreversível, se efectuado num falso transsexual traz consequências devastadoras para o doente).
Isto depois de a pessoa ser avaliada por dois especialistas sem contacto durante pelo menos dois anos, viver de acordo com o sexo que deseja e fazer terapêutica hormonal.
No fim de todo este processo, supervisionado pela Ordem dos Médicos, e de a pessoa ter sido submetida a todas estas fases de intervenção médica e psicológica, já com a correcção cirúrgica efectuada, dirige-se ao tribunal e entrega o processo para ser avaliado, sendo despachada a decisão de mudança de nome e sexo que produz efeito no registo civil. E o procedimento correcto é este!
Agora, o que estes pseudo-intelectuais propõem na prática é que qualquer individuo que tenha o diagnóstico de transsexualismo (muitas vezes o diagnóstico inicial de transsexualismo não se confirma com o tempo) e só isto, sem ter chegado ao fim do processo, possa mudar de sexo e nome, sem passar pelo tribunal, bastando dirigir-se ao registo civil.
Se esta barbaridade jurídica se concretizar, teremos todo o tipo de gente (ex. travestis, doentes mentais) a querer mudar de sexo, podendo em tese mudar de sexo quando quiserem, sendo de um sexo no Verão e de outro no Inverno. Já para não falar nas questões de segurança, custos com a saúde e vida em sociedade que tudo isto acarreta.
Depois do aborto livre e do casamento gay, chegou a mudança de sexo a pedido! O que virá a seguir?
Vivemos de facto num verdadeiro transsexualismo político. Ao que chegou este País!
Abel Matos Santos
Especialista em Saúde Mental e Sexologista
Publicado no jornal "O Diabo" de 14/09/2010
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