O século XXI começou com muitas controvérsias e debates. Dois dos principais alvos foram a Família e o Sexo.O lema da actualidade é a ausência total de barreiras. Tudo é relativo, tudo é permitido…
As consequências, o futuro as dirá! E já as diz o presente, por exemplo, no sentido de culpa de muitos contemporâneos, na gravidez de adolescentes, etc. …
Neste momento, discute-se a implementação da educação sexual nas escolas, com carácter obrigatório! Sou advogada, já dei aulas e tenho quatro lindos filhos! Esta tirania estatal não a posso aceitar. A maioria dos pais não a aceita de facto. Porque querem então impor-nos à força mais esta prepotência? Pelo que se percebe, não se está perante uma disciplina científica, neutra, que não venha a induzir futuros comportamentos, bem nefastos!Pelo contrário, o programa previsto, faz uma abordagem primária e “desavergonhada” quer à criança quer ao jovem adolescente.
Os órgãos sexuais serão abruptamente exibidos às crianças, explicitando detalhes inapropriados das relações sexuais. Todas as orientações sexuais serão tratadas como equivalentes e igualmente boas. Quanto ao preservativo, passa a ter o monopólio do sexo seguro e livre, como se isso fosse quase um dogma (que nos perdoem os poucos e verdadeiros dogmas…).Desta forma distorcida, promove-se e estimula-se o prazer sexual como norma de conduta. O individualismo é levado ao extremo nietzschiano, em que o outro passa a ser um mero objecto de prazer, que se rasga e deita fora, consoante o prazo individual de validade.Ainda estamos próximos do Dia Mundial da Criança, 1 de Junho. Este dia foi criado após a Segunda Guerra Mundial, em 1950.
A Assembleia Geral da ONU reconheceu e teve em particular consideração a necessidade de uma maior protecção e dos cuidados especiais que as crianças necessitam, devido à sua natural e inerente falta de maturidade física e intelectual.Este reconhecimento está em total contradição com a programação desta disciplina.Trata-se de uma abusiva interferência do Estado, em assuntos que a Constituição da República e a Lei atribuem aos privados.
Será uma tentativa de “estatização” da família? De alienação dos bens familiares, sempre ligados a alguma privacidade?
Seria grave ver a nossa tão proclamada Democracia, enveredar por caminhos que se assemelham aos trilhados pelos países Totalitários.
Afinal as famílias parece que só servem para dar o voto, mas não podem ter voto na matéria!
Fátima Vaz
Fonte: Jornal das Caldas
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