quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Islândia pondera proibir pornografia na internet

 
 
Em nome da defesa contra os efeitos perversos da pornografia sobre as crianças e mulheres vulneráveis, o ministro do Interior, Ogmundur Jonasson, está a preparar legislação para bloquear esse tipo de conteúdos a quem aceder à Internet na Islândia.
"Temos de ser capazes de discutir o banir a pornografia violenta, algo que todos concordamos ter efeitos danosos nos mais novos e pode ter uma clara ligação a incidentes de crimes violentos", afirmou o ministro islandês.
Além do bloqueio de endereços com conteúdos pornográficos, a nova legislação, que poderá ser aprovada este ano, inclui também impedir pagamentos por cartão de crédito para visionar esse tipo de conteúdos pela Internet.
A impressão e distribuição de pornografia já é actualmente proibida na Islândia, mas a legislação não abrange a Internet.
Até aqui esse tipo de controlo sobre a Internet foi apenas tentado em países como a China e é inédito em democracias ocidentais.
"Existe um forte consenso na Islândia. Temos tantos especialistas neste projecto, desde pedagogos a elementos da polícia que trabalham com crianças, que se tornou algo muito mais abrangente do que os partidos políticos", afirmou Halla Gunnarsdottir, assessora do ministro do Interior.
Os defensores da censura da Internet na Islândia argumentam que com o propagar das novas tecnologias que permitem o acesso móvel à Internet, como os smartphones e tablets, tornou-se cada vez mais difícil aos país e educadores impedirem o acesso das crianças à pornografia.
"Neste momento, estamos a ponderar tecnicamente qual a melhor método de o fazer. Mas seguramente, se conseguimos enviar um homem à Lua, devemos ser capazes de lidar com a pornografia na Internet", acrescentou a assessora, em declarações citadas pelo britânico "Daily Mail".
"A Islândia está a avançar com uma abordagem progressiva que nenhum outro país democrático experimentou", afirmou Gail Dines, académico e ativista anti-pornografia, durante uma recente conferência na Universidade de Reykjavik.
"Está a olhar para a pornografia numa nova perspectiva - da perspectiva das mulheres que nela surgem e como uma violação dos seus direitos cívicos", acrescentou

Fonte: Expresso

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