Hoje fala-se muito em
empreendedorismo, apontado como uma qualidade essencial para o sucesso
profissional. Ocorre que o bom empreendedor é também aquele que sabe
transformar a si próprio, forjando uma gama de virtudes – em especial a
fortaleza – capaz de superar os obstáculos que se antepõem ao objetivo de vida
buscado.
Há também aqueles que, por não
gostar do trabalho que desempenham, vivem reclamando e se limitam a suportar as
horas que passam no escritório, na fábrica ou numa repartição, sempre a espera
de uns poucos momentos para “verdadeiramente viver”. Nesse caso, será legítimo
buscar outro trabalho que esteja mais de acordo com as aptidões pessoais.
Enquanto não o encontram, porém, o grande desafio será desempenhá-lo com
alegria e bom humor, talvez pensando no bem que pode proporcionar aos demais.
Lembro-me de um lixeiro que
conheci alguns anos atrás. Toda noite o caminhão passava barulhento próximo à
janela do nosso apartamento. Ele e seus colegas corriam a toda pressa para dar
conta de recolher as toneladas de lixo. Mas o fazia com imensa e inexplicável
alegria. Tanto que chamaram a atenção dos meus filhos, que o aguardavam na
janela. Apesar do trabalho intenso, após recolher os sacos e antes de correr atrás
do caminhão que partia afoito, abanava a mão para os garotos dizendo: “tchau
Nenê!”. E trabalhava tão feliz que meu filho dizia que, quando crescesse, seria
lixeiro.
Estou certo de que esse trabalho
não era naturalmente agradável para aquele rapaz.
(...)
Sabemos nos esforçar para fazer
bem também as atividades que menos gostamos, pensando no bem que isso pode
proporcionar aos demais? E ao fazê-lo, não nos esqueçamos de que isso é fonte
de imensa alegria, bem diferente da cara feia e lamurienta do preguiçoso e do
egoísta.
Fábio Henrique Prado de Toledo
é Juiz de Direito em Campinas e Especialista em Matrimônio e Educação Familiar
pela Universitat Internacional de Catalunya – UIC
Fonte:
Portal da Família
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