Em benefício do otimismo
São boas as notícias que chegam do mundo da neurociência. Demonstrado cientificamente o velho ditado de que “a esperança é a última a morrer”, uma investigadora britânica e reconhecida mundialmente pelos estudos que tem feito sobre o optimismo e as redes neuronais que o alimentam, lançou agora um livro denominado “The Optimism Bias: a Tour of the Irrationally Positive Brain”.
Todos nós nos consideramos como criaturas racionais. Vigiamos as nossas costas, pesamos prós e contras e colocamos um guarda-chuva na mala se o tempo está nublado. Mas tanto as neurociências como as ciências sociais sugerem que somos muito mais optimistas que realistas. Tali Sharot, uma investigadora no Wellcome Trust Centre for Neuroimaging, na Universiy College London, há vários anos que tem vindo a investigar os processos neuronais que, como defende, “ligam o cérebro a atitudes optimistas”. Mas, mais do que isso, Sharot sugere que esta tendência humana para o optimismo constitui um provável mecanismo de sobrevivência, presente nos milhares de anos da evolução da espécie humana. Ou seja, o princípio defendido pela investigadora é que o cérebro “empurra” deliberadamente os pensamentos negativos a favor dos que são positivos como uma forma de sobrevivência, dado que as expectativas positivas aumentam as possibilidades de continuarmos a lutar.
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