terça-feira, 31 de agosto de 2010

Grávida Algarve Aborto Apoio à Vida


Estás Grávida... Isso Assusta-te?
Esta gravidez não veio no momento em que esperavas...

Encontras-te física ou psicologicamente incapaz de lidar com esta gravidez...

Não tens o apoio da tua família...Os teus pais expulsaram-te de casa...

O teu namorado/marido pressiona-te a abortar...

Não queres este bebé...

O pai do teu bebé desapareceu quando lhe contaste que estavas grávida...

Tens medo de que te despeçam...

Não tens condições para sozinha criares o teu filho...

Não tens casa para onde ir...

Estás ilegal...

Não sabes se tens direito a subsídios da segurança social...

Achas que não és capaz de cuidar do teu filho...

Estás desesperada sem saber o que fazer...

Não sabes a quem recorrer para te apoiar...
Queremos ajudar-te!


Queremos ouvir-te!

Podemos dar-te apoio social...

Podemos dar-te apoio psicológico...

Podemos acolher-te...

Ajudamos-te a preparar a tua gravidez e acompanhamos-te ao longo da mesma...

Ajudamos-te a desenvolver competências maternas, sociais e pessoais...

Podemos ajudar-te a encontrar um emprego...

Podemos ajudar-te na relação com a tua família...

Ensinamos-te a cuidar do teu bebé...
Lembra-te que não estás só.

Nós estamos contigo!Queremos Ajudar-te!

Liga-nos: 800 20 80 90 (Ponto de Apoio à Vida)


No Algarve, através de uma rede de contactos, também podemos ajudar a mulher grávida que precisa de apoio

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Perda Gestacional: o apoio necessário à mãe

Dois testemunhos aqui.
Família em Foco, 25-08-2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Leis como o gato: com rabo de fora.

A família tradicional é um alvo a abater. Se há dúvidas nisto, basta ver como as mulheres estão fragilizadas nos seus postos de trabalho, na dificuldade em se manter um trabalho que dê segurança, na extrema dificuldade em comprar e manter habitação, na quase impossibilidade de, no início da carreira profissional, trabalhar sem ser em tempo parcial ou a recibos verdes, e na miragem de ter filhos. Em suma, para os jovens não há estabilidade e segurança, muito menos projectos. E que não restem também dúvidas nas mal concebidas medidas que dizem respeito ao planeamento familiar, à educação sexual, à educação... A bem falar, não há políticas de família, há dispersas leis de educação, de trabalho, de saúde e de justiça que espartilham a célula básica da sociedade. Se nalguns casos há um trabalho, a priori, de intervenção e prevenção, na grande maioria, isso não se regista. É tudo «um mar de sargaço».

Fazendo uma retrospectiva das últimas leis que têm atingido negativamente a família: uniões de facto, “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, divórcio, aborto… leva-me a desconfiar daquelas que revestem, à partida, bom senso e verdadeira preocupação pelas crianças e pelas famílias.

Na quinta-feira, foi aprovada a lei do apadrinhamento civil. Parece, à partida, uma lei que pretende dar um lar e uma “família”, enfim, estabilidade a tantas crianças que, não podendo ser adoptadas, estão mais protegidas e têm mais garantias de crescer equilibradamente. Ao que parece, o apadrinhamento destina-se, sobretudo, às crianças mais velhas.

Neste processo, porém, deixam-me confusa algumas dúvidas, entre elas a seguinte: por que razão avança a lei do apadrinhamento civil um ano depois? Lembro que a lei que "aprova o regime jurídico do apadrinhamento civil" é a Lei n.º 103/2009 de 11 de Setembro. Por que só foi aprovada a sua regulamentação pelo Governo depois de imposta a lei que permite o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo?
Fazendo uma pesquisa rápida pela internet, encontramos, no DN de Janeiro, o seguinte: A lei n.º 103/2009, de 11 de Setembro, já define quem pode ser padrinho e em que condições podem apadrinhar por via jurídica. E, ao contrário do que acontece com a adopção, não limita a possibilidade de apadrinhamento a casais ou a pessoas isoladas; a heterossexuais ou homossexuais. "Não fazia sentido a lei estar a adiantar-se quando o assunto dos casais homossexuais está em discussão, deixámos essa questão em aberto", justifica Guilherme Oliveira. (Sublinhado nosso.)

O apadrinhamento civil não é exclusivo de famílias ditas tradicionais, onde haverá um pai e uma mãe, como facilmente estaríamos à espera. Este modelo não se assemelha à adopção. Ele é efectivamente diferente. Perante o que foi dito, há, pois, uma dúvida, uma grande dúvida que pode alterar tudo: é o apadrinhamento civil uma forma de entrar suavemente, sorrateiramente pela adopção de “casais gays”?

Pois é: estará tudo pensado? Estará tudo premeditado e engendrado?

Enfim, já como alguém dizia, estas leis são como o gato com rabo de fora.

Os ataques à Família


Não é certamente possível ter escolas e creches abertas e maternidades a funcionarem, se nascem cada vez menos crianças e Portugal tem uma das mais baixas taxas de natalidade da Europa.
Nos últimos anos, todas as políticas dominantes foram no sentido de atacar a família, de a desestruturar e de dificultar que os casais tenham filhos. Na mesma semana da notícia do fecho das escolas, foi promulgada a lei das uniões de facto. Esta lei vem no seguimento de toda uma legislação concebida para considerar a instituição familiar - ou, como escreveram Marx e Engels, a «família patriarcal-burguesa» - algo de obsoleto.
Senão, vejamos. O aborto passou a ser considerado um direito, o que teve como consequência imediata transformar-se num banal método anticoncepcional. Da legislação que existia em Portugal e que apenas pretendia evitar a prisão das mulheres que, perante um drama que por vezes acontece nas curvas da vida, partiu-se para esse caminho e os resultados estão à vista. Hoje, há jovens mulheres que banalizaram o aborto na sua vida e já realizaram dois ou três abortos legais, desde que a lei foi aprovada, em hospitais públicos, ou em clínicas espanholas. Alguns dos inspiradores da lei já vieram, alarmados, penalizar-se pelos resultados da lei que fizeram e reconhecer que nem conseguem que essas jovens passem, depois de abortar, por uma consulta de planeamento familiar. Voltam apenas, pouco tempo depois, para um novo aborto. Um direito nunca pressupõe culpa e a lei aprovada banalizou o aborto a pedido, sem drama , sem culpa, como se não existisse uma vida interrompida.
Em simultâneo, facilitou-se de tal forma o divórcio sem qualquer salvaguarda da parte mais frágil do casal: os filhos e (quase sempre) a mulher, surgindo dramas terríveis de casamentos desfeitos com um «passa bem». Os filhos vêem-se de repente transformados num fardo que circula de casa em casa, sem quarto, porque o que dá mais jeito é que uma semana «chateiem» um, outra outro e, muitas vezes, ainda rodem pelos vários avós. As crianças deixaram de ser, tantas vezes, o centro do vida familiar para se transformarem em novos nómadas e as mulheres em novos pobres, «despedidas» mais facilmente que qualquer empregado sindicalizado.
Do ponto de vista fiscal, o casamento e os filhos penalizam quem tem a ideia antiquada de casar e imagine-se… ter filhos e ter uma família. As uniões de facto estão de tal forma equiparadas ao casamento que o melhor para quem não deseja nenhum compromisso é mesmo garantir, publicamente, em notário que, apesar de solteiro, viúvo ou divorciado, vive só, assegurando que ninguém entra lá em casa. Homem ou mulher.
O casamento civil foi, assim, equiparado à união de facto, transformado num contrato a (curto) prazo, quando já tinha sido recentemente equiparado o casamento de homossexuais com o de heterossexuais. Com filhos ou sem filhos, o importante é, na ideologia dominante, acabar com a opressão da família burguesa.
Nas modernas as teorias que originaram estas leis mas, felizmente, também não corremos ainda os riscos das teses extremistas do fim da família, teorizado por Marx e Engels como um objectivo de luta. Marx escreveu que «a primeira divisão do trabalho é a de homem e mulher para a procriação de filhos». Engels cita-o e acrescenta que «a primeira oposição de classes que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo de homem e mulher no casamento singular e que a primeira opressão de classe coincide com a do sexo feminino pelo masculino» (in A Origem da Família, da Propriedade e do Estado, F. Engels.).
No seguimento desta teoria, nasceram as feministas radicais com a Kolontai e o ataque à família levado a cabo nos países comunistas que foi um dos maiores atentados aos direitos humanos nesses países. Na URSS, os pais não faziam férias com os filhos. Os filhos passavam férias nos Pioneiros, enquanto os pais seguiam para as férias nos sindicatos. Na China de Mao Tse-Tung, além de ser proibido pelo Estado ter mais que um filho e o aborto ser obrigatório, chegou-se ao ponto de proibir as cozinhas nas casas das famílias e de se ter de comer e cozinhar nos refeitórios comunitários. Refeitórios masculinos e femininos.
Com leis que dificultam cada vez mais ter filhos, com modelos dominantes desestruturantes da família, ainda há quem proteste por se fecharem escolas, creches, ATL, maternidades, jardins-escolas? Espantoso é que ainda haja quem seja feliz e acredite no futuro, olhando e vivendo filhos e netos.

Fonte: Jornal de Notícias.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

“Casamento” homossexual: uma lei que favorece minorias?

Após a recente aprovação da lei do "casamento"entre homossexuais na Argentina, muitos são os valores e elementos culturais que entram em jogo: o conceito de família, os direitos das crianças e o eufemismo ao que recorrem constantemente os que aceitam este tipo de uniões: favorecer as minorias. Sobre este tema, ZENIT entrevistou o advogado argentino Guillermo Cartasso, diretor geral da Fundação Latina de Cultura, presidente do movimento eclesial Fundar, professor e diretor do Departamento de Extensão da Faculdade de Direito da UCA, membro do Departamento de Pastoral Universitária da Conferência Episcopal Argentina. Cartasso foi um dos principais líderes da campanha a favor da família que se realizou na Argentina durante as últimas semanas, na qual foram recolhidas 524 mil assinaturas que solicitavam ao Congresso Argentino a não-aprovação do "casamento" entre homossexuais. Igualmente, cerca de 200 mil cidadãos marcharam na Argentina no último dia 13 de julho, com a mesma petição.

ZENIT: A presidente Cristina Fernandez de Kirchner diz que, "agora somos uma nação mais igualitária que na semana passada". Isso é real ou se trata de um eufemismo falar do casamento como um direito do qual deveriam usufruir as "minorias sexuais"ou LGBT?

Dr. Guillermo Cartasso: A atitude da LGBT não foi a exigência de um direito, mas uma pretensão legislativa. Não há direito se não se compadece com as leis da natureza que são pré-existentes à vontade do ser humano. Aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo é desfigurar a realidade e abalar os filhos.

ZENIT: Por que "abalar os filhos"?

Dr. Guillermo Cartasso: Porque os filhos têm o direito de ser criados na diversidade natural do masculino e do feminino. Em casamentos entre pessoas do mesmo sexo, isso é impossível. Além disso, a lei aprovada obriga a registrar a criança como filhos dos "cônjuges" e isso priva do conhecimento da identidade biológica que toda criança possui. Ignoraram tratados internacionais de Direitos Humanos.

ZENIT: Como se pode prejudicar a sociedade em seu conjunto com a alteração do conceio de família?

Dr. Guillermo Cartasso: O que está em debate são dois paradigmas claros: um diz basicamente que o homem é autossuficiente e que tudo é uma construção cultural. Nós afirmamos, por outro lado, que a vida é um encontro de natureza e cultura. Não se pode desconhecer o "dado" ao homem que é pré-existente à sua vontade. Duas pessoas do mesmo sexo unidas em casamento não são uma família à luz da lei natural e isso afeta toda a sociedade porque vai impondo uma visão construtivista da vida, o que não é real.

ZENIT: Você acha que legalizar esse tipo de uniões é verdadeiramente um símbolo de vanguarda e modernismo?
Dr. Guillermo Cartasso: Estamos em uma época de crise cultural, na qual se perdem as referências objetivas. O progrelaicismo pretende impor um modelo de discurso único, culturalmente totalitário, no qual não se admite a tradição como se ela fosse um mal, quando na verdade é o antecedente que sufoca o orgulho de crer-se o "início" de tudo.
ZENIT: Vários meios de comunicação falaram da Igreja como a principal opositora desse tipo de uniões. O que está em jogo é somente uma questão religiosa?
Dr. Guillermo Cartasso: É uma questão civil, leiga. Obviamente, cada ser humano parte de uma cosmovisão. Mas a catolicidade foi, ao longo da história do nosso continente, construtora de institucionalidade e de civilização. Então, falar contra a Igreja é uma moda imperante, mas passageira, que não derrubará 2 mil anos de bem.
ZENIT: Qual foi o papel dos leigos na Argentina, nesta oposição?
Dr. Guillermo Cartasso: Este foi um trabalho dos cidadãos católicos. É verdade que os bispos opinaram, com legítimo interesse. Mas foram os leigos que levaram adiante este triunfo.
ZENIT: Por que isso é considerado um triunfo?
Dr. Guillermo Cartasso: Porque sem pressão do poder político, e grande e estudado, esta lei não teria saído. Essa é a maioria real no povo e no Congresso.
ZENIT: Que repercussões você acha que esta lei pode trazer para a América Latina?
Dr. Guillermo Cartasso: Nesta época de crise, desaparece o absoluto e impera o relativismo. Quanto mais relativista for a legislação que avança, mais será o desenfoque da nossa sociedade globalizada. O progrelaicismo relativista tentará, por meio de falácias, avançar com políticas desse tipo, que nõ reconhecem as tradições que levantaram nosso continente. Além disso, buscarão fundos do governo democrata dos Estados Unidos e tudo isso constitui uma forma de dependência.

Falta de vagas para cuidados paliativos

É triste quando ainda há quem não tenha vaga na unidade de cuidados paliativos mais próxima.

Em termos de políticas de saúde pública, o alargamento do número de vagas destas unidades deveria ser uma prioridade nacional.

Para matar e praticar abortos, há verbas à vontade.
Para aliviar o sofrimento físico e moral de um doente terminal, já não há verbas que cheguem.
Veja-se esta notícia do Correio da Manhã de ontem:

São 63 os doentes em fase terminal que esperam por internamento em unidades de cuidados paliativos. Só na Região de Lisboa e Vale do Tejo são 28. Outros 16 são do Norte, 15 do Centro, três do Algarve e um do Alentejo. Segundo Inês Guerreiro, coordenadora da Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados, "muitas vezes os doentes esperam mais tempo por terem preferência por unidades próximas dos seus familiares, o que se compreende e respeita". Entretanto, são acompanhados pelos centros de saúde.

Investigação em células estaminais em embriões humanos proíbidas nos EUA




Ainda há uns tempos atrás em conversa com um dos maiores especialistas portugueses nesta área, professor universitário, me foi dito que o grau de sucesso da investigação nas células estaminais adultas é muito maior do que nas células embrionárias e que, em geral, a comunidade científica é unânime sobre esta matéria.


Só mesmo o fanatismo ideológico é que faz com que se insista numa opção que cientificamente já deu mostras de pior eficácia em face das células estaminais adultas.


Como é possível que a administração Obama se torne refém de opções e lobbies que promovem fins sinistros (para mais informações ver aqui e aqui)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Léxico da Família

A publicação desta obra – que a Princípia acolhe agora em língua portuguesa numa edição revista, atualizada e aumentada com o contributo de diversos especialistas portugueses – pretende responder à necessidade de esclarecimento relativamente às grandes questões que se colocam na nossa sociedade no domínio da família.

Os mais de cem temas tratados por diversos autores, sempre especialistas de renome nas matérias em questão, inserem-se em domínios tão diversificados como a vida conjugal e a sexualidade, o aborto, a contraceção e a procriação assistida, a maternidade e o feminismo, o casamento, o divórcio e as uniões de facto, a dignidade e os direitos das crianças, ou ainda o consentimento informado e a eutanásia, entre muitíssimos outros da maior atualidade explicitados nesta obra, que qualquer leitor que se queira esclarecido não poderá deixar de ler.


Segue-se o prefácio da obra, assinado pelo presidente e secretário do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal Ennio Antonelli e D. Jean Laffitte, e a apresentação da edição portuguesa, feita pelo bispo do Porto, D. Manuel Clemente.

Prefácio
Sete anos após a publicação da primeira edição do Lexicon, temos agora a felicidade de poder apresentar uma edição em língua portuguesa. Na verdade, tivemos já oportunidade de publicar uma edição no Brasil, que obteve um enorme sucesso.


Temos agora o prazer de oferecer aos leitores de língua portuguesa uma edição atualizada. Desde 2003, muitas das problemáticas tratadas no primeiro volume vieram confirmar até que ponto a defesa da instituição familiar é um contributo importante que a Igreja pode dar à sociedade. Nos últimos anos, muitas legislações enfraqueceram o casamento, por exemplo equiparando-o a diversos tipos de uniões.


Deste modo, tem-se desvanecido a convicção de que o matrimónio constitui um recurso fundamental para a sociedade, da qual é a célula-base, bem como uma escola de socialização das pessoas.


No campo da transmissão da vida, multiplicaram-se novas tecnologias que colocaram novos problemas éticos. A recente instrução da Congregação para a Doutrina da Fé, “Dignitas Personae”, identificou alguns deles, procedendo assim a uma atualização da “Donum Vitae”, documento que já tinha chamado a atenção para o risco de dissociar a dimensão unitiva da dimensão procriativa dos atos conjugais através dos processos de fecundação artificial.


Os recentes debates tidos no seio da sociedade portuguesa sobre outras questões (como, por exemplo, o reconhecimento jurídico das uniões entre pessoas do mesmo sexo) ilustram bem a utilidade do contributo deste projeto editorial.


Este Dicastério optou por manter a maior parte dos artigos que não perderam a sua atualidade, atualizando apenas os dados técnicos, jurídicos e biomédicos deles constantes. Para além disso, foram introduzidos na obra alguns contributos de especialistas portugueses, versando sobre temas que interessam particularmente à sociedade portuguesa.

Apresentação
Quando as Santas Casas da Misericórdia se fundaram em Portugal, escolheram como objetivo a prática das obras, tanto corporais como espirituais, ou seja, atinentes à totalidade humana, que lhes deram o nome. Ao promoverem esta edição do “Léxico da Família”, a Misericórdia do Porto e quantas se lhe associaram continuam a realização do mesmo propósito, no sentido mais generoso e oportuno.


É na verdade a família – cada família – a base indispensável do futuro que criaremos. A atual crise económica e social não será verdadeiramente superada sem o reforço do primeiro e indispensável núcleo da sociabilidade humana, que é a comunidade familiar.


Quando as Misericórdias nasceram, as famílias e as pessoas sofriam da grande precariedade das condições materiais e culturais, com grandes níveis de mortalidade, e estavam muito dependentes da caridade alheia. Encontravam-se, porém, fixas e aglomeradas, na solidariedade natural das gerações e das vizinhanças.


Hoje, felizmente, a sobrevivência pessoal é muito mais dilatada e socialmente assegurada, bem como o acesso ao ensino e à cultura. Mas as famílias sofrem outros embates, que não deixam de as pôr em causa: por um lado, o individualismo pouco ou nada personalista; por outro, a escassa fixação do seu lugar.


Individualismo que leva ao olhar de cada um sobre si mesmo, sem contar com tudo o que o refere aos outros e o definiria plenamente como «pessoa», ser em relação. Individualismo que, potenciado por maiores possibilidades de auto-realização, muito maiores do que alguma vez sucedeu, leva a percursos vividos quase exclusivamente por cada um, sucessivos até. Individualismo que não é suficientemente contrariado pelos próprios sistemas de trabalho e emprego, que pouco têm em conta a dimensão familiar de quem acolhem ou contratam.


Também o lugar e a vizinhança de cada família se alteram com grande frequência. Em geral, as habitações podem ser feitas para morar (poucos), mas não para demorar (muito). Nada ajuda à normalidade do convívio, nem à coexistência das várias gerações, dos avós aos netos. Ora, a família tem como valor próprio essa tradição viva e englobante em que cada membro aprende naturalmente a ser um com os outros, a partir também dos outros e muito para os outros.


De tudo isto precisa a sociedade; nada disto terá sem apoiar a vida familiar. Andam muito bem as Misericórdias no apoio às famílias, cumprindo da melhor maneira o seu programa identificador. Juntando ao apoio material o contributo cultural e espiritual concretizado nesta publicação, ficam devedoras dos nossos melhores louvores e agradecimentos.

In Léxico da Família, ed. Princípia, 12.07.10
Daqui e daqui.

Amor e Sexualidade, para rapazes e raparigas




JOYEUX, Henri – Amor e Sexualidade, para rapazes e raparigas dos 10 aos 13 anos, Editorial Verbo, Lisboa, 2003

JOYEUX, Henri – Amor e Sexualidade, para rapazes e raparigas dos 13 aos 15 anos, Editorial Verbo, Lisboa, 2003

Dois livros muito interessantes, adequados tanto para pais como para professores; o autor dá resposta às questões mais habituais dos jovens sobre a sexualidade naquelas duas faixas etárias.

Também eu nasci assim


GARLATTI, Maria Teresa – Também eu nasci assim. Educação para a Sexualidade, Gráfica de Coimbra, Coimbra, 2001
Um livro mais adequado a professores que a pais; ajuda a descobrir modos claros e originais de abordar os temas relacionados com os aparelhos reprodutores e com a sexualidade nas aulas, concretamente nas disciplinas de Ciências da Natureza e de Biologia.

Educação da Sexualidade na Escola: um Treino de Competências, edições “Casa do Professor”


RIBEIRO, Teresa Tomé – Educação da Sexualidade na Escola: um Treino de Competências, edições “Casa do Professor”, Braga, Novembro de 2006

Educação da Sexualidade no dia-a-dia da prática educativa


A presente publicação resulta de um trabalho no qual convergem as experiências pessoais dos autores, enquanto profissionais e Formadores no campo da Educação. Procurando dar uma resposta ao problema da Educação da Sexualidade, este livro pretende sensibilizar os docentes e os pais, propondo-lhes um modelo educativo concreto e integrador.

Autores: Alda Dias, Carlos Ramalheira, Luís Marques, Mª Emília Seabra, Mª Leonor Cabral

Textos Rádio Costa D'Oiro dias 16 a 31 de Agosto


Dia 17 de Agosto, 3ª feira
Campeonato do mundo

No passado mês de Junho, pudemos assistir ao campeonato do mundo de futebol da África do Sul. Se olharmos para o comportamento das várias selecções, poderemos identificar 5 tipos diferentes de equipas.
As equipas que foram participar no torneio, mas que acabaram por assumir um comportamento suicida e indisciplinado, como é o caso da selecção da França.
As equipas que pretendiam ir o mais longe possível, mas cujas prestações em campo acabaram por não corresponder a esse seu desejo, acabaram por ser eliminadas nas fases anteriores.
Depois, existiam as equipas que queriam ir o mais longe possível e que, de facto, apesar de algumas limitações em relação a outras mais fortes, com mais ou menos sorte, acabaram por fazê-lo. É caso do Uruguai ou da Holanda.
Depois havia a Alemanha, que actuou de forma fria e compacta durante todo o campeonato, levando à prática, de forma demolidora, mecânica, e quase cínica, os seus objectivos
E, por fim, a equipa vencedora do torneio, a Espanha, que começou com uma derrota que, em vez de a desanimar, a incentivou para uma campanha vitoriosa. E os seus jogadores, além da arte e do engenho, entravam em campo dominados pela famosa “fúria espanhola” que é mais do que uma simples motivação. É uma fúria que tem “ganas” de dar o tudo por tudo, se necessário até, deixar a pele e o corpo em campo até à vitória final.
Na forma como encaramos a nossa vida, também nos pode acontecer, a de quase suicídio, como a França; a do que quer, mas não pode; a do que pode, mas não quis de forma suficiente e a do que podia e quis de forma furiosa vencer. Uma coisa é certa, agora, depois do campeonato do mundo, só conta mesmo o vencedor, dos outros pouco ou nada se falará.

Dia 18 de Agosto, 4ª feira
Argumentos sobre o aborto

Nas últimas semanas, a propósito do balanço dos 3 últimos anos de liberalização do aborto, duas conhecidas jornalistas defensoras do "sim" no último referendo manifestaram o seu regozijo pelo aumento do número de abortos invocando vários argumentos.
Desde logo, o argumento de que os outros países são tão maus ou piores do que o nosso em matéria de aborto não nos deve servir de consolo sobretudo se levarmos em consideração que estamos a falar da eliminação de vidas humanas viáveis e úteis. Por outro lado, se levarmos em consideração os cerca de 20.000 abortos em face do n.º de nascimentos por ano, veremos que esse rácio é dos piores (e não dos melhores) da Europa.
Também não podemos aceitar a desculpa de que os abortos clandestinos teriam diminuído. Mesmo que tivesse havido alguma redução dos abortos clandestinos, o total do número de abortos, que disparou de maneira impressionante mais do que compensaria essa alegada redução.
A ideia de que os abortos clandestinos se efectuam geralmente nos «vãos de escada», muito repetida na campanha do Referendo, também há décadas que não corresponde à realidade portuguesa. Clandestino não significa improvisado ou inseguro e a própria A.P.F. admite-o.
Por outro lado, é compreensível que o aborto clandestino não diminua, porque muitas pessoas preferem pagar o aborto do seu bolso e fazê-lo em privado, de forma a evitarem a vergonha de dizer, cara a cara, aos médicos e ao pessoal administrativo, que querem matar um bebé. É por este motivo que a legalização do aborto nunca acabará com o aborto clandestino.
Por fim, não deixa de ser impressionante que, na estatística oficial acerca das causas que levam ao aborto, a esmagadora maioria das respostas invoca motivações fúteis. Em 97% dos casos, não há uma razão especial para acabar com a vida do bebé. Entretanto, o Estado paga o aborto e ainda concede um subsídio a quem aborta.
Em tempo de crise e em face dos apelos dos especialistas torna-se, pois, urgente alterar o regime desta lei iníqua.

Dia 19 de Agosto, 5ª feira
A família é como uma casa

Os pais que se sabem “meter” na vida dos filhos conseguem fazer deles homens e mulheres de bem. Lembro-me de uma ocasião em que escutei um jovem dizendo ao seu pai:
– “Não se meta na minha vida!”
Esta frase ficou em mim, tanto que frequentemente a recordo em relação a pais e filhos, imaginando ser eu aquele pai, e o que responderia ao meu filho.
– Filho, eu não me meto na sua vida, você é que se meteu na minha!
Esta frase significa que cada pai pode acrescentar as suas importantes opiniões, pode corrigir, aumentar e até modificar o sentido, mas não quero imaginar sequer o que aconteceria se cada pai tivesse decidido por não se “meter” na vida dos seus filhos. O que teria sido das suas vidas?
Com toda a certeza que alguns dos filhos não estariam aqui hoje. Se cada pessoa tivesse se intrometido, a princípio, e logo depois, desistido desse dever de alimentar, de educar, de cuidar, muitos deles não teriam conseguido alcançar nenhuma meta, apesar do esforço inicial dos pais.
Se os pais não se preocupassem com o que os filhos fazem, aonde vão, e com quem saem, talvez muitos deles não estivessem hoje entre nós, ou, quem sabe, estariam num hospital ou presos.
Estou certo, porém, de que diante destas palavras: "Não se meta na minha vida..." podemos responder juntos: “Filho, eu não me meto na sua vida, você é que se meteu na minha e da sua mãe, e posso-lhe assegurar que, desde o primeiro dia até hoje, eu e ela nos sentimos as pessoas mais felizes do mundo.

Dia 20- 6ª feira
Eutanásia

Todos os homens e mulheres que sabem que vão morrer têm também, ao mesmo tempo, dentro de si, um desejo ardente de felicidade duradoura e de vida infinita.Vivemos como se fôssemos eternos... Por isso, aceitamos com grande dificuldade o facto de a existência ter um fim, sobretudo quando percebemos que este termo será acompanhado por angústia, dor e decadência.
Esse declínio pode, aliás, parecer tão desumano que alguns consideram um dever pôr um fim ao desastre, cortando o fio da própria vida. Mas muitos médicos, enfermeiros e psicólogos advertem que não se deve dar um extremo valor à palavra dos doentes. A maioria deles conhece, de facto, no curso da sua doença, uma fase depressiva. Nessa fase, chegam até a clamar pela morte com desejo. Muitas vezes, este macabro convite deve ser interpretado como um protesto contra a dor, a angústia, a solidão, ou, ainda, como um protesto contra a qualidade de vida no hospital ou contra o sentimento de rejeição da sua família e amigos.
O pedido de eutanásia é, pois, quase sempre incentivado pelo ambiente. Muitas vezes, o doente terminal não volta a repetir a sua petição de morte quando lhe é proporcionada a indispensável assistência médica, social e espiritual.
Há que não esquecer que ninguém pediu para nascer. Por isso, a vida é uma oferta, um dom e uma dádiva que os nossos pais nos deram ao conceber-nos. E essa dádiva preciosa deve-se manter desde o primeiro despertar, no seio materno, até o último suspiro.

Dia 23 2ª feira
Educar para a frustração

O sucesso consiste em aprender a prosseguir, de fracasso em fracasso, sem desesperar, dizia Winston Churchill.
Na verdade, os que fracassam na vida são aqueles que, em vez de adquirirem experiência com cada pequeno fracasso, se vão afundando um pouco mais até chegarem aos extremo de deixarem de fazer as coisas por medo de fracassar.
O sucesso na vida consiste em saber enfrentar os inevitáveis fracassos do viver diário. Deste curioso paradoxo depende, em muito, acertar em viver.
Cada frustração, cada contratempo, cada contrariedade, cada desilusão carrega consigo o germe de uma infinidade de capacidades humanas desconhecidas, sobre as quais os espíritos pacientes e decididos vão aprendendo a construir o melhor das suas vidas.
Seria uma completa ingenuidade deixar que a vida se consumisse numa desesperada procura de algo tão utópico como o desejo de permanecer num permanente estado de euforia, prazer físico ou de constantes sentimentos agradáveis. Quem assim pensasse, estaria quase sempre triste e sentir-se-ia infeliz, acabando também por fazer infelizes as pessoas à sua volta.
Como dizia um autor, "há um tipo de sorte dita claro, e outro escuro, mas o homem incapaz de saborear o escuro, tampouco é capaz de saborear o claro".
Por isso, quando se trata de educar o carácter dos filhos, é muito importante não se deixar cair em nenhuma espécie de neurose perfeccionista. Se o fizermos, estaremos a enganá-los quanto ao seu futuro. Há, pois, por um lado, que frustar os seus comportamentos desordenados e, por outro, ajudá-los a lidar com a frustração que vem de fora. Só assim seremos e serão mais felizes.

Dia 24 3ª feira
Os pais do aborto

Apresentado como o grande bem da história da Humanidade, o aborto foi, pela primeira vez, legalizado graças a "duas grandes figuras modernas", verdadeiros símbolos do "progresso e da justiça": Hitler e Lenine.O primeiro estado do mundo a liberalizar o aborto foi a União Soviética de Vladimir Lenine, em 1920.
Nos países modernos, porém, a legislação abortista apresenta verdadeiros híbridos jurídicos nesta matéria: a criança concebida e não nascida é, por um lado, sujeito legal (pode, por exemplo, herdar, ou tem direito a indemnização, caso lhe seja provocada deficiência durante a vida embrionária), mas, por outro lado, é permitido tirar-lhe a vida, subtraindo-a para isso à proteção da lei.
Os responsáveis pelos textos destas leis não põem em questão, portanto, que a criança concebida seja um ser humano. Não se discute se, no ventre da mãe, há ou não um ser humano, mas sim se tem – e em que casos – direito a viver...
Por vezes, o direito de viver é, na prática, complicado, para a mulher que não tem emprego ou tem apenas um trabalho precário, que estuda, que não tem casa ou tem um companheiro violento ou uma família hostil. Deve, por isso, caber ao Estado, à sociedade e, se possível, à família suprir estas dificuldades fazendo com que o direito à vida seja, não só um direito no papel, mas também e sobretudo um direito em acção.

Dia 25 4ª feira
A função dos pais

O papel básico dos pais é administrar e suprir as necessidades primárias da família, tais como a alimentação, a habitação, os estudos e a segurança.
Mas ser pai não se esgota só no sustento financeiro e material dos filhos. Se assim fosse, poderíamos delegar o serviço dos pais por meio de um bom internato.
Todo o filho precisa do calor do centro de intimidade que é a família. Poderíamos retratar este centro como uma casa, cujo chão são as necessidades básicas providas pelos pais; onde as paredes são a escola de virtudes e de valores, aquecida pelo amor personalizado; cujo telhado é a seta que sai do Centro de Abertura que lança seres humanos de personalidade bem formados para compor e transformar para melhor a Sociedade. Faz sentido, pois nada faz tanta falta às pessoas quanto um lar bem estruturado. Por sua vez, essa casa está construída e apoiada sobre o matrimónio. Se as fundações se abalam, as paredes racham, o frio entra pelas frestas e o calor esvai-se.
Por isso, é de capital importância que todos nós, casados, saibamos presentear ao cônjuge o melhor de nosso tempo e disposições, para manter sólido o nosso casamento e juntos dedicarmo-nos ao maior investimento das nossas vidas, a nossa família.

Dia 26 5ª feira
As mulheres e o aborto

Para quem trabalha com mulheres grávidas, é claro que a ideia de que as mulheres não são também vítimas da lei do aborto é falsa. Pelo contrário, agora que o aborto é legal muitas mulheres são pressionadas pelos seus pais, companheiros e patrões a abortar.
Há uns tempos, recebi um «mail» a contar mais uma história ocorrida no Algarve e que dizia assim: «Na escola onde a minha mulher dá aulas, houve 1 caso de uma aluna que contou a toda a gente que ia ter um bebé e que estava muito contente. Passados uns dias, após ter faltado uns dias à escola, voltou triste porque os pais a tinham obrigado a fazer um aborto». Noutro caso recente, cuja notícia também foi divulgada, foi o patrão que pressionou a funcionária a praticar o aborto.
Não adianta fechar os olhos!
Também no Algarve, um grupo de voluntários pro-vida teve de ir recolher uma jovem grávida que deambulava pelas ruas, sozinha, porque tinha sido despedida pelo patrão, abandonada pelo companheiro e expulsa de casa pelos próprios pais.
Nestas histórias, onde fica a tão apregoada liberdade de escolha? Onde fica o direito à assistência à maternidade consagrado na constituição? De que liberdade falamos?

Dia 27 6ª feira
O casamento no Japão

O caráter sagrado do matrimónio é reverenciado em diversas culturas, por diversos modos, ao longo dos tempos. Um desses exemplos são as chamadas pedras-casadas, existentes no Japão.
As meotoiwa são duas rochas no mar, uma ao lado da outra, localizadas na baía de Ise, na cidade litoral de Futamigaura, no Japão, que simbolizam a santidade do matrimônio. “Futami” significa “observar mais uma vez”, em virtude da beleza dessa praia.
A pedra-marido, simbolizando o homem, um tipo forte e silencioso, tem 9 metros de altura, e a pedra-esposa, simbolizando a mulher, tem 4 metros de altura.
Consta que as pedras foram "casadas" por sacerdotes xintoístas há mais de 1.300 anos, usando a shimenawa (“corda sagrada”), uma espessa corda feita de palha de arroz trançada, com 35 metros de comprimento, que é trocada quatro vezes ao ano, quando a maré está baixa, numa cerimónia na praia onde os participantes passam a corda (que pesa mais de uma tonelada) de pessoa a pessoa.
Os turistas preferem visitar o local principalmente no Verão, pois, nessa época, dizem que o sol parece nascer entre as duas rochas.
Por todo o Japão, existem várias Pedras Casadas espalhadas pelo país, onde, normalmente, a maior rocha representa o homem, e a menor a mulher, unidas por uma corda feita da palha de arroz que simboliza a união matrimonial.

Dia 30, 2ª feira
Os homens e as tarefas domésticas

Segundo um recente estudo da London School of Economics, os casais onde o homem se envolve mais nas tarefas domésticas têm menos probabilidades de se divorciarem. Isto significa que compartilhar as tarefas em casa fortalece o casamento.
Porém, o estudo indica que isso não significa que a maioria das mulheres queira necessariamente um modelo "igualitário" (50-50) na repartição das tarefas entre o homem e a mulher. O estudo demonstrou que os casos em que a mulher é doméstica e o marido trabalha, mas não ajuda em casa ou nos casos em que a mãe trabalha e o marido não ajuda em casa são os que implicam um maior risco de divórcio, sendo os que implicam menor risco de divórcio aqueles em que a mãe é doméstica e o marido, embora trabalhe, ajuda em casa.
O estudo refere ainda que, em casais jovens com filhos pequenos, quando o pai não ajuda em casa e o casamento se desfaz, o divórcio provoca graves consequências sobretudo do ponto de vista económico, agravando ainda mais as dificuldades próprias das jovens mães que ficam sem parceiro e com menor suporte financeiro para fazer face às despesas.
E conclui que, nos vários estudos e análises sobre divórcio, se tem dado um relevo excessivo às consequências negativas decorrentes da introdução da mulher no mercado de trabalho remunerado e, ao invés, tem-se esquecido praticamente em absoluto as consequências positivas que decorreria da participação do homem nas tarefas não remuneradas de natureza doméstica e educativa no seu próprio lar.

Dia 31, 3ª feira
Engravidar depois de aborto espontâneo

Segundo uma notícia do diário digital e da agência lusa, as mulheres que sofreram um aborto espontâneo não têm, necessariamente, de esperar um prazo de tempo para tentarem voltar a engravidar, revela um estudo britânico publicado, que contradiz as recomendações médicas.
O estudo, realizado por investigadores da universidade escocesa de Aberdeen e publicado na revista médica British Medical Journal, demonstra que as mulheres que ficam grávidas seis meses depois de terem abortado espontaneamente têm mais probabilidades de ter uma gravidez normal e sem complicações do que as que adiam o momento.
A Organização Mundial de Saúde aconselha as mulheres que sofreram abortos naturais a esperarem seis meses para engravidarem de novo, enquanto o serviço britânico de saúde recomenda uma pausa de três meses.
Para o casal, após a experiência sempre traumática de um aborto espontâneo e natural, nada melhor do que tentar novamente, com o apoio e preparação do médico assistente, dar uma nova vida ao mundo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Voluntariado em Cuidados Paliativos


As pessoas não nascem sozinhas. As pessoas não deviam morrer sozinhas.


Uma reportagem para ver aqui.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Circo da Borboleta


O testemunho de vida de Nick já nos tinha surpreendido. Continua, agora, a surpreender numa curta metragem:







Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas



domingo, 15 de agosto de 2010

Mensagem da Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos

Caros amigos,


Já aqui referimos reiteradas vezes, e nunca será demais fazê-lo, que continuamos a defender como elementos centrais para os Cuidados Paliativos os da qualificação adequada dos recursos humanos e da sua credibilização, forma essencial de salvaguardar os interesses dos doentes com situações graves e incuráveis e das suas famílias, razão primeira e última da nossa actividade nos Cuidados Paliativos.

Lamentavelmente, cumpre-me hoje, voltar a referir que, a cobro de um interesse pouco claro no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos, no nosso país, continuam a acontecer factos que muito nos entristecem e preocupam: anunciam-se “camas” de cuidados paliativos onde trabalham profissionais sem a devida formação, de onde se encaminham doentes para os serviços de urgência por incapacidade de resolução de problemas específicos de cuidados paliativos, continuam a registar-se atrasos inadmissíveis no acesso aos recursos adequados por via de um sistema burocratizado, que não garante a obrigatória continuidade de cuidados e que não se compadece com as necessidades dos doentes a quem deve servir… Criam-se pressões e dificuldades de trabalho aos profissionais, como tem acontecido no caso das equipas de Évora (que entretanto já encerrou as suas actividades) e do Fundão. Infelizmente, esta é a parte da realidade de que pouco ouvimos falar.

Depois de uma espera prolongada, anunciou-se em Março, de forma muito discreta, no Portal da Saúde, o Programa Nacional de Cuidados Paliativos - o documento divulgado on-line, e que mais parece um draft, não está identificado com qualquer chancela do Ministério da Saúde, deixando, no mínimo, dúvidas quanto ao compromisso da sua concretização por parte da Sra. Ministra. Embora contenha, do ponto de vista conceptual, claros avanços face ao anterior, que aqui saudamos, mantém, no entanto, lacunas importantes, nomeadamente a nível da operacionalização do plano de desenvolvimento (que acções estratégicas a adoptar? Que metas concretas para avaliar e monitorizar?), das exigências para a formação específica dos profissionais e também da concretização do apoio domiciliário, para só falar de alguns. E que garantias teremos de que vão ser dados meios efectivos para concretizar o que neste documento se promete?

O que se anuncia, desde 2006, por parte do Ministério da Saúde é que a área dos Cuidados Paliativos é prioritária. O certo é que se o Ministério e a Unidade de Missão tratam uma área dita prioritária desta forma, se este é o empenho de que se dá mostra aos doentes mais vulneráveis entre os vulneráveis, então o que queremos aqui deixar claro é que esse empenho é altamente demagógico e falso, e que estes doentes estão a ser tratados pelo sistema como “doentes de segunda”. Estamos, pois, no “reino dos cuidados paliativos do faz de conta”, numa fraca miragem daquilo que são verdadeiros cuidados de saúde de qualidade.

Quisemos sempre fazer parte da solução e não do problema, estivemos sempre disponíveis para colaborar, não abdicando de critérios de Qualidade e Credibilidade, consensuais nos Cuidados Paliativos e preconizados pelas respectivas Sociedades Científicas a nível mundial, que protegem os doentes e as suas famílias, centro de toda a nossa actividade. Percebemos que somos incómodos porque falamos da realidade e não servimos uma certa forma menor e abastardada de mascarar a mesma e de praticar cuidados de saúde que se querem específicos e não são coisa menor, reduzidos a “mimos e carinhos”. Continuaremos a pugnar pela Excelência nos Cuidados Paliativos, e nessa matéria não cremos que sejam aceitáveis contemporizações.

Preparamos o já próximo 12.º Congresso Europeu de Cuidados Paliativos, que vai ter lugar em Maio de 2011, em Lisboa. Para este importante evento convidamos todos os que se interessam pelos Cuidados Paliativos a estarem presentes e a apresentarem os seus trabalhos. Preparamos também o programa com as principais actividades para o próximo Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, 9 de Outubro 2010, e desde já aqui anunciamos que a 18 de Setembro próximo promoveremos em Lisboa uma nova reunião das Unidades/Equipas de Cuidados Paliativos a funcionar no nosso país, para rever os problemas inerentes ao seu trabalho. Desde já convidamos aqueles que integram equipas devidamente credenciadas a reservar a data e a estar presentes. Muito em breve daremos aqui mais detalhes sobre essa reunião.

Esta Causa diz respeito a Todos e é de Todos que continuamos a precisar para levar por diante o muito trabalho que temos em curso. Não desistiremos!

Isabel Galriça Neto, Presidente da APCP
Daqui.

Os pais reduzidos à função de hotel com caixa multibanco


Há uns dias atrás, recebi um e-mail de uma conhecida minha inglesa que tem duas filhas no pico da idade da adolescência.


Eis como descreve esta fase da vida:


the kids get older and then you never see them, you just become a cash withdrawal machine and your house becomes a hotel for them!

sábado, 14 de agosto de 2010

Amor Magister Est Optimus – A importância da família no acompanhamento educativo


«A verdadeira esperança neste mundo está nas crianças. Se nós soubermos e formos capazes faremos delas o que elas são, amantes de si próprias e dos outros, amantes do mundo, que querem melhorar em todos os sentidos da palavra. Mas, se ninguém nos ensinou, temos de aprender a fazê-lo: ser pai e mãe é a maior das missões. Por isso me alegro com a publicação deste livro de Guilherme Abreu, O amor é o melhor dos mestres, que tanto pode ajudar os pais.»


Maria Angélica Castro Henriques, Psicoterapeuta

Entrevista com o autor aqui.

PE aprova licença de maternidade para as trabalhadoras independentes

Ou muito me engano ou, em Portugal, da forma que as coisas estão, isto não tem qualquer validade... Quando estiver no papel, só vai mesmo estar no papel.

Cursos Básicos de Cuidados Paliativos

No seguimento dos cursos efectuados em 2007, 2008 e 2009, a APCP no ano de 2010 irá organizar dois cursos para Voluntários em Cuidados Paliativos. Prevê-se a realização nos seguintes locais: *Lisboa (18 e 25 de Setembro; Casa de Saúde da Idanha) *Porto (18 e 25 de Setembro) *Santiago do Cacém (4 e 5 de Novembro) Os locais estão afixados na respectiva secção do curso em "AGENDA"
Ver mais aqui.

12.º Congresso da Associação Europeia de Cuidados Paliativos




O 12.º Congresso da Associação Europeia de Cuidados Paliativos vai ser em Lisboa.

Ver mais aqui e aqui.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Blogue da ADAV-Leiria

Para visitar aqui.

O homem e as lides domésticas



Há uns tempos atrás vi um documentário sobre a crise da natalidade e da família e, a dada altura, uma professora norte-americana dizia que uma das causas radicava na maior e inata imaturidade dos homens. Confesso que, ao princípio, fiquei um pouco surpreendido, mas depois a professora explicou que os homens apresentam uma menor capacidade para resolver a ajudar nos problemas domésticos e educativos da casa de família e que, por isso, a mulher sentia-se mais desamparada e optava ou por não ter filhos ou por optar pelo divórcio.
Segundo um recente estudo da London School of Economics, do Reino Unido, os casais onde o homem se envolve mais nas tarefas domésticas têm menos probabilidades de se divorciar.
O estudo demonstrou que os casos em que a mãe é doméstica e o marido trabalha, mas não ajuda em casa ou nos casos em que a mãe trabalha e o marido não ajuda em casa são os que implicam um maior risco de divórcio, sendo os que implicam menor risco de divórcio aqueles em que a mãe é doméstica e o marido, embora trabalhe, ajuda em casa.
Isto significa que compartilhar as tarefas em casa fortalece o casamento. Porém, os seus resultados não permite afirmar que a maioria das mulheres queiram necessariamente um modelo "igualitário" (50-50) na repartição das tarefas domésticas entre o homem e a mulher.
O estudo refere ainda que, em casais jovens com filhos pequenos, quando o pai não ajuda em casa e o casamento se desfaz, o divórcio provoca graves consequências sobretudo do ponto de vista económico, agravando ainda mais as dificuldades próprias das jovens mães que ficam sem parceiro e com menor suporte financeiro para fazer face às despesas.
E concluí que, nos vários estudos e análises sobre divórcio, tem-se dado um relevo excessivo às consequências negativas decorrentes da introdução da mulher no mercado de trabalho remunerado e, ao invés, tem-se esquecido praticamente em absoluto as consequências positivas que decorreria da maior participação do homem nas tarefas não remuneradas de natureza doméstica e educativa no seu próprio lar.
Este panorama atávico de menor presença do pai/marido/companheiro nas lides domésticas e no cuidar e educar dos filhos- ao qual se poderá acrescentar as inúmeras situações de violência doméstica - demonstram que muito há ainda a fazer na revolução destas mentalidades anacrónicas, mais próprias da idade média.
Muitos homens, diga-se, não têm qualquer experiência de apoio nas lides domésticas ou educativas porque as suas próprias mães nunca lhes transmitiram esses hábitos. Por outro lado, muitas mulheres assistiram, em suas casas, à total submissão das suas mães que, em muitos casos, estavam reduzidas pelos maridos a meras criadas de mesa e, por isso, acham normal que, consigo, aconteça o mesmo.
A participação dos homens nas lides domésticas e na educação dos filhos, a meu ver, não decorre somente da necessidade de apoiar a mulher, sobretudo se é trabalhadora. Sem dúvida que isso é importante. Mas, no caso do cuidar dos filhos (dar banhos, deitar, ajudar a comer, a ir à casa de banho, etc...), essa participação só traz vantagens para o próprio homem na medida em que o torna mais próximo dos filhos e contribuí para o reforço de uma relação de intimidade e cumplicidade que habitualmente quase sempre só ocorre com as mães, ou seja, o próprio homem-pai fica a ganhar com essa maior presença no lar.

sábado, 7 de agosto de 2010

Mulheres podem engravidar quanto antes após aborto espontâneo

As mulheres que sofreram um aborto espontâneo não têm, necessariamente, de esperar um prazo de tempo para tentarem voltar a engravidar, revela um estudo britânico hoje publicado, que contradiz as recomendações médicas.
O estudo, realizado por investigadores da universidade escocesa de Aberdeen e publicado na revista médica British Medical Journal, demonstra que as mulheres que ficam grávidas seis meses depois de terem abortado espontaneamente têm mais probabilidades de ter uma gravidez normal e sem complicações do que as que adiam o momento.


A Organização Mundial de Saúde aconselha as mulheres que sofreram abortos naturais a esperarem seis meses para engravidarem de novo, enquanto o serviço britânico de saúde recomenda uma pausa de três meses.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

MP abre mais de 25 processos de violência doméstica por dia


Os elevados casos de violência doméstica, na sua esmagadora maioria de homens contra mulheres, é um sinal preocupante indicativo de que ainda estamos na idade da pedra.


A ideia de supremacia abrutalhada do homem sobre a mulher, de subordinação parola desta perante aquele são ideias repugnantes que ainda sobrevivem nas mentes de um número significativo de energúmenos.


Em vez de andar a perder tempo a promover a homossexualidade, os órgãos estatais competentes, as escolas e a sociedade civil em geral deviam promover, desde logo, a reconversão da mentalidade primária que está subjacente a estes números agora revelados.


Ideias base como:


- A divergência de relacionamentos não resolve com formas de coação física ou psicológica, mas sim através do diálogo.


- Os homens não são seres superiores só porque fisicamente são mais fortes do que as mulheres.


- Os homens, para seu próprio bem, para a sua própria felicidade e realização como maridos e sobretudo como pais, devem participar de forma activa nas lides domésticas e de cuidado e educação dos filhos.


Estes objectivos poderiam ser alcançados, por exemplo, entre outras, através da implementação de educação para a culinária, nas escolas básicas, demonstrando aos futuros maridos e esposas que as lides da casa são para todos.


P.S.- Uma boa parte da culpa deste machismo neolítico radica nas mãezinhas de muitos destes "homens" que os ensinaram a manter-se passivos em casa, por isso ser assunto de "mulheres"..

Petição contra obrigatoriedade de educação sexual nas escolas

Petição contra obrigatoriedade de educação sexual nas escolas, disponível aqui

Acerca do que é óbvio


Sobre o que parece ser óbvio mas, afinal, não é assim tão óbvio porque se fosse mesmo óbvio não seria necessário chamar à atenção para o que, na realidade, é, de facto, óbvio:


"As relações sexuais, mesmo que seja a primeira vez ou só uma vez, podem ter como consequência a gravidez. O único método cem por cento eficaz para evitar a gravidez é a abstinência, isto é, não ter relações sexuais"


Acerca do bom senso e da generosidade

Gosto quando o jornal "Público" me dá boas notícias:


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Porque há pessoas raras

Chama-se Casa dos Marcos e a primeira pedra foi lançada a 1 de Julho. Crianças com patologias raras e deficiência inerente terão um porto de abrigo numa estrutura que se destaca pelo modelo assistencial.
Ver mais aqui.

Projecto sobre educação sexual apresentado à Ministra da Educação


A Associação Família e Sociedade propôs esta segunda-feira ao Governo a implementação do projecto de educação sexual «Protege o teu coração» em 20 agrupamentos de escolas, um programa baseado na formação do carácter e que envolve também os pais.

Em declarações à agência Lusa antes de reunir com a ministra da Educação, a presidente da associação explicou que o projecto é dirigido a adolescentes, pais, e professores, contemplando as dimensões física, emocional, racional e social.

«Muito mais do que a educação da sexualidade, este projecto assenta na formação do carácter. Não se pode restringir a educação sexual à parte física. O projecto abrange todas as áreas de ser pessoa», adiantou Alexandra Chumbo.

A associação propôs ao Ministério da Educação três a quatro sessões de 90 a 120 minutos, por ano e por turma, em que em cada uma é ministrado um tema do programa. O ideal é fazer a formação de forma intensiva, durante cerca de quatro semanas consecutivas.

Da metodologia a utilizar consta material audiovisual, como filmes e videoclips, discussões em grupo, exercícios escritos, fichas de trabalho e até audições, como testemunhos.

Os temas são trabalhados de acordo com a idade ou ano de frequência da turma, sendo ministrados por monitores credenciados pela associação.

«Disponibilizamos formadores que se deslocam às escolas e que trabalham com as turmas. Alguns professores podem sentir-se vocacionados para trabalhar estas temáticas e outros não. Dar educação sexual é diferente de dar Geografia ou História», sublinhou a presidente da Associação Família e Sociedade.

Para permitir um acompanhamento dos assuntos com os filhos, o programa prevê a realização de acções com os encarregados de educação. «Todos os pais devem estar bem a par do que se passa e devem dar a sua autorização aos conteúdos que vão ser trabalhados. É importante que os pais conheçam os valores transmitidos aos filhos», defendeu.

O projecto «Protege o teu coração» já foi implementado em cerca de dez escolas com sucesso, segundo Alexandra Chumbo. «Achamos que a ministra vai acolher muito bem este projecto. Ela é uma defensora da diversidade», estimou.

Notícia daqui.
Ver mais aqui 1, aqui 2, aqui 3, aqui 4 e aqui 5.

Conhecer melhor o projecto "Protege o teu Coração", aqui.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Um bom livro sobre o princípio da vida


FLANAGAN, Geraldine Lux (1996), O Princípio da Vida, Barcelos, Dorling Kindersley, Editora Civilização.

Educação Sexual sem pais

Um sistema de educação sexual na escola que não tenha os pais como fundação é igual a um balde com um buraco no fundo.
Jesse Jackson

VIDA NORTE com novo visual


domingo, 1 de agosto de 2010