quarta-feira, 10 de junho de 2009

A (in)eficácia das campanhas de saúde sexual


"(...) a publicidade mediática em torno da pílula do dia seguinte, dando a entender que sua singela ingestão “resolve o problema” de uma gravidez indesejada, fomenta o acréscimo do número de relações sexuais de risco, de sorte que o efeito final alcançado é inverso daquele previsto nas planilhas e relatórios dos burocratas de plantão.
Aliás, são os mesmos que, com o fito de dar um ar eufemistíco à linguagem adotada e oferecer uma embalagem atraente aos olhos do inocente útil, submeteram toda a estrovenga ao vocabulário politicamente correto. Assim, aborto se chama “interrupção gravidez”, máquina de preservativo mudou para “máquina dispensadora de camisa-de-vênus”, gravidez precoce, agora, atende pelo nome de “gravidez não-planejada” e o vulgar pênis de borracha foi substituído por “prótese peniana”.
Não se vislumbra cenário optimista neste tema, a prevalecer a actual política de redução de danos, fulcrada na idéia de “sexo seguro”.
Mas o cerne desta estratégia é muito claro: é do padrão que, ao perceber que determinado expediente dá um resultado contrário ao pretendido, decide radicalizar o erro para ver se, com ele, produz um acerto.
A contradição desta política de saúde é fétida e não há Chanel nº5 capaz de transformar um gambá num gato de estimação."

André Gonçalves Fernandes
In Portal da Família

2 comentários:

BLUESMILE disse...

A ignorãncia de quem assim escreve é aflitiva

MRC disse...

Já vi por um rápido olhar ao seu blog que o insulto e a ofensa fazem parte da forma como entende a liberdade de expressão e o debate de ideias....