A APFN
congratula-se com a reforma do IRS, que pela primeira vez tem em consideração
não só o rendimento dos sujeitos passivos, mas também o número de pessoas que
vivem desse rendimento. É uma reforma que consideramos dar sinais positivos às
famílias, por refletir a sua realidade, embora ainda longe do que consideramos
justo e desejável.
A introdução
do quociente familiar de 0,3 é uma medida positiva porque se têm em conta os
dependentes na consideração da taxa de imposto, sobretudo se se vier a cumprir a
intensão expressa de alargar este número para 0,4 por dependente em 2016, e 0,5
em 2017, bem como os limites a aplicar.
A situação que
as famílias vivem nos nossos dias parece estar, ao menos em parte, refletida
fiscalmente, pela consideração dos idosos a cargo e dos filhos até aos 25 anos.
O mesmo diga em relação aos vales sociais, ao aumento das deduções na saúde, e à
consagração, pela primeira vez, de deduções para “despesas familiares”.
Para além de
vir introduzir mais justiça no sistema fiscal, a APFN considera esta reforma
pode ser um primeiro passo para a inversão da tendência demográfica suicida que
se verifica em Portugal, onde regista a menor taxa de natalidade da Europa (1.18
filhos por mulher, em 2013).
De facto, num
inquérito recente desenvolvido pelo INE e pela Fundação Francisco Manuel dos
Santos, a maioria das inquiridas afirmaram que teriam mais filhos se houvesse um
“aumento real dos rendimentos das famílias com filhos”, o que se consegue
através de um sistema fiscal mais favorável (vide).
Acreditamos
que, se sinais idênticos forem dados de forma transversal noutras áreas (saúde,
educação, transportes, habitação, etc.), a inversão dessa tendência poderá ser
uma realidade.
APFN, 18 de
Outubro de 2014
Sobre a APFN – Associação Portuguesa de
Famílias Numerosas
A APFN foi formalmente constituída em 1999
e integra famílias com três ou mais filhos. Acredita e defende os valores da
família, contando atualmente com mais de 10.000 associados. A APFN pretende, com
a sua actividade, mudar as mentalidades e as políticas relativamente à família
e transformar o actual cenário de inverno demográfico que, se não for alterado,
continuará a conduzir à insustentabilidade económica e social do país. A APFN
acredita na família como a solução do futuro e enquanto resposta histórica em
todos os momentos de crise. Está convicta que o país precisa de mais crianças e
jovens mas também precisa que essas crianças e jovens possuam as competências
suficientes para enfrentar os desafios do Futuro. O lema da APFN é “Apostar na
Família é construir o Futuro”.
GABINETE DE APOIO À IMPRENSA:
Ana
Mira, Assessoria de Comunicação APFN
Contactos: 217552603 | 916079548
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