segunda-feira, 30 de julho de 2012

S.O.S. Fraldas Vida Norte


Cáritas apoia vítimas de incêndio no Algarve



A Cáritas Portuguesa está a apoiar as vítimas dos incêndios que estão a atingir a Madeira, o Algarve e o restante território nacional, através da disponibilização de dezenas de voluntários que estão a atuar diretamente no terreno, e com a abertura de uma conta solidária com um donativo de emergência imediato no valor de 20 mil euros.
O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, tem estado em contacto permanente com os responsáveis das várias Cáritas Diocesanas que estão no terreno a apoiar a população e que fazem o relato dramático daquilo que se vive no local.
Para atender às principais necessidades das vítimas, a Cáritas Portuguesa abriu a conta solidária: “Cáritas ajuda vítimas de incêndios” com o NIB: 0007 0000 00107639446 23, do Banco Espírito Santo, na qual poderão ser efetuados os donativos

domingo, 29 de julho de 2012

Fundamentos do divórcio



A Lei nº 61/2008 de 31 de Outubro veio, como se sabe, liberalizar o acesso ao divórcio conferindo uma nova redacção à alínea d) dos artigo 1781º e 1785º, nº1 do Código Civil.


O acórdão de 9 de Fevereiro de 2012 do Supremo Tribunal de Justiça, na sequência dessa alteração, veio a adoptar uma visão individualista e quase egoísta do casamento, segundo a qual este passou a ser apenas uma mera ocasião de auto-satisfação que, esgotada a sua finalidade de obtenção de felicidade pessoal, deixa também ele de ter razão de ser.





Esta última, opta antes pela perspectiva de que o divórcio apenas sucederá, antes e tão somente como uma   ruptura que "surge como desfecho limite para uma situação sentida como intolerável"
Entretanto, apesar de ter baixado no último ano, o divórcio continua a apresentar-se como um país que tem praticamente trêz vezes mais divórcios do que a Itália e quase quatros mais do que a Irlanda.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O que fazer do tempo ?


Numa primeira evocação, tempo de graça significa tempo não pago, gratuito portanto. Trata-se de uma aceção que embora mais primária, valerá a pena explorar, até porque, cada vez mais, só em parte é verdadeira.

De facto, já lá vai o tempo em que o lazer era predominantemente gratuito em termos económicos ou, talvez melhor dito, já lá vai o tempo em que não se tomava consciência dos encargos que o lazer acarreta. De qualquer forma, o desenvolvimento das indústrias da cultura e a cada vez mais intensa estruturação empresarial e económica, até do próprio desporto e de tantas outras atividades associadas aos tempos livres, fazem com que mesmo a pessoa mais distraída quanto às suas contas, tome consciência dos por vezes tremendos encargos do tempo livre. Não será portanto por esta razão que valerá a pena chamar ao tempo livre, tempo de graça



Será tempo de graça porque dele não esperamos contrapartida? Valerá a pena conotá-lo com a gratuidade, não tanto por não ter contrapartida, mas por não ser avaliado na nossa quotidianidade com ratios económicos, por não ser remunerado e por dele não esperarmos vantagens padronizáveis em termos materiais. Mesmo numa sociedade tão monetarizada como a nossa, parece que afinal nem todo "o tempo é dinheiro", pelo menos para quem o sabe fruir. É que, para que todo o tempo renda, é fundamental que nem todo o tempo tenha de ser dinheiro.

(…)

 Hoje, talvez como quase sempre, embora com critérios e escalas de medida com natureza diferente, estas são duas faces da vivência do tempo.

Uma é a face fortemente condicionada de modo explícito, que dá os frutos mais imediatos, imprescindíveis para a sobrevivência, tempo das atividades mais terra a terra, por mais complexas que sejam. Nesta face esperamos contrapartidas claras e explícitas.

A outra face é a do tempo que não se mede, a do tempo que se gasta (até porque no outro tempo se entesourou), cujos frutos hão de chegar sem se saber exatamente nem quais, nem onde, nem quando; tempo gratuito em que nos damos sem cálculo, tempo de certo modo mais exigente porque sem limites de espaço e de tempo. Mas é, porventura mais ainda, tempo com sentido.

Este tempo gratuito é por excelência o tempo da relação, daquela que nos liga profundamente com as pessoas, com a realidade no tempo e para além do tempo, que nos liga no espaço e para além do espaço, aqui e agora e libertos de cada momento e lugar.

(…)

Conversar e ser conversado, ter interesses, saber que é bom ser capaz de se deslumbrar, de se dedicar, de conquistar a persistência, de cultivar a disponibilidade, de ganhar confiança em si "próprio e manter a confiança nos outros apesar das desilusões, que é bom saber esperar sem desanimar, saber como é bom ousar comparar-se com os outros sem desesperar, são outros tantos pressupostos da gratuidade que se aprendem à própria custa, mas que dificilmente se aprendem sozinho ou só com gente da mesma idade, sem adultos disponíveis capazes de acolher, aguentar, incitar e também de saber estar.

(…)

Bernard Valade, num artigo sobre cultura do Tratado de Sociologia de Boudon relembra como para os gregos apaideia, através da qual se preparavam as crianças para se tornarem homens capazes de ser alguém, pressupunha a disciplina. Di-lo quase nos mesmos termos em que os mais idosos suíços a reclamavam, na palavra de D'Epinay.

Tempo livre, tempo de graça, deve ser um tempo autodisciplinado que mantenha viva a capacidade de projeto ao longo de toda a vida.

Não é que não se possam fruir, também na idade adulta, dias sem horas para nada, vivendo ao sabor da fantasia. Estes tempos podem constituir o contraponto necessário à asfixia do dia a dia, mas não devem constituir a única alternativa em qualquer género de vida.

(…)



Para além dos interesses esporádicos, os adultos interessam-se em construir a sua casa e em obter um conjunto de bens tidos como preciosos, tais como carro, mobílias e outros sinais de posição social que lhes dão segurança e os fecham num pequeno mundo de privacidade. Viajam também, para obterem recordações que decorem o seu mundo privado.

Este leque muito fechado de interesses dá uma segurança que com o andar dos anos se torna precocemente asfixiante. Não deixa de ser muito revelador verificar o elevado número sobretudo de homens que, após os quarenta anos, se enclausura neste seu mundo privado, e que antes de qualquer reforma se defende no seu "território" de que é dono e senhor, vendo como particularmente hostil a vida ao seu redor.



Sem prejuízo dos espaços de privacidade, os adultos precisam assim de se tornarem mais capazes de disponibilidade para o serviço dos outros e para a permuta extraprofissional sem a reduzirem ao circuito das compras e dos espaços comerciais.

(…)



Viver o tempo, também em gratuidade, é fundamental para reconquistar a confiança na vida e nos outros, sem estar sempre a correr atrás das oportunidades, com tanto receio de perder a primeira oportunidade que se luta já pelas oportunidades precoces, antes de tempo, pois assim alguém se sente mais seguro.

(…)

É o próprio dia a dia que precisa de tornar-se histórico e eterno em simultâneo, ajuízável por nós de modo relativo, mas suscetível de ser visto por outros olhos, por critérios que nos escapam.

Fernando Jorge Micael Pereira
In Communio (1999/1)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vida Norte: Alternativas ao aborto


A gravidade da crise demográfica em Portugal



Aquilo que os nossos descendentes não conseguirão compreender é a nossa inacreditável ligeireza e inoperância perante factos devastadores, que subjazem a tudo o mais: "No primeiro semestre deste ano, nasceram menos quatro mil bebés do que no mesmo período de 2011. Se a tendência de decréscimo se mantiver, 2012 poderá ficar para a história como o ano em que os nascimentos não chegaram aos 90 mil, algo que nunca aconteceu desde que há registos" (DN, 5/Julho). Sem portugueses não há economia, consumo, emprego, ensino, justiça, país. Com a atenção centrada no défice, desemprego, ou pior, nas tricas do momento, Portugal resvala para a decadência perante a apatia generalizada.

Somos um dos países do mundo com menor taxa de fertilidade, muito inferior à dos nossos parceiros, aliás também entre os mais estéreis. Essas sociedades desenvolvidas há muito identificaram o problema e criaram políticas resolutas para o enfrentar, com sucessos muito díspares. Em Portugal a medida recente neste campo é o subsidiação do aborto, que aliás é a única área da Saúde onde os cortes financeiros não têm efeito.

Pior, neste tema, ao contrário dos casos históricos, estamos em violação aberta dos mais elementares princípios da civilização. Luís XVI ou Von Hindenburg podiam dizer que a sua boçalidade seguia os cânones recebidos. Nós, ao apregoarmos o aborto como direito, contrariamos séculos de civilização. Que a atrocidade de arrancar o embrião do seio da sua mãe, prática recusada por toda as sociedades cultas, seja por nós promovida pelo Estado será incompreensível aos nossos poucos descendentes.

Nos raros casos em que o tema surge nas conversas, atribui-se a redução da natalidade à crise e ao desemprego, sem notar a incongruência de serem os pobres os mais férteis. Insiste-se na muralha de falácias que tenta esconder a multidão de pequenos cadáveres.

Prof. João César das Neves

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Devemos preocupar-nos com a demografia ?

Três textos muito bons do Pedro Gonçalves Rodrigues sobre a problemática actual da crise demográfica em Portugal.

Aqui, aqui e aqui.

Comunicado da FPV sobre regulamentação do Testamento Vital


Comunicado
Federação Portuguesa pela Vida
Entrou dia 19 de Julho em vigor o Decreto n.º 52/XII que regula as Diretivas Antecipadas de Vontade, designadamente sob a forma de testamento vital, e a nomeação de Procurador de Cuidados de Saúde e cria o Registo Nacional do Testamento Vital (RENTEV).
A legislação aprovada cria um quadro legal para o princípio da Autonomia na relação entre Médico e Doentes no que se refere aos cuidados médicos prestados, nos casos particulares de perda da capacidade de expressão da vontade própria, por força das circunstâncias clínicas.
Depois de tantos diplomas que de forma tão vincada criaram divisões tão profundas na sociedade portuguesa, e originaram experimentação social por via legislativa, a FPV congratula a actual legislatura por ter encarado um problema real, que interpela muitos portugueses, e encontrado uma redação final aprovada por unanimidade por todos os grupos parlamentares.
Aproveitamos para desafiar esta legislatura a analisar os resultados de iniciativas legislativas recentes em questões fracturantes e a encontrar, como neste caso, soluções consensuais de acordo com hábitos e costumes portugueses, que permitam a construção de uma sociedade mais humana.
Com este mesmo intuito, a FPV gostaria de contribuir em alguns pontos, para uma regulamentação e aplicação desta lei que tornem operante o respeito pela vontade e autonomia nos casos extremos de perda de capacidade de decisão.
I – A FPV salienta que esta lei explicitamente afasta quaisquer directivas 'que possam provocar deliberadamente a morte não natural e evitável' e cria mecanismos de suporte à Autonomia do doente, no caso de perda de capacidades.
II – A criação de um Registo Nacional do Testamento Vital, necessita de regulamentação cuidada para não contrariar o próprio principio de Autonomia para o qual é criado. Se a motivação da Legislação é assegurar a Autonomia, pode a regulamentação desvirtuar esse princípio, visto que transfere os poderes e prerrogativas que são do doente para uma entidade Estatal.
III – A lei prevê a rejeição de alimentação e hidratação artificiais, quando sejam consideradas tratamento fútil, inútil ou desproporcionado, que visem apenas retardar o processo natural de morte. Por isso a FPV realça que esta legislação se aplica exclusivamente a doentes em estado terminal, não se aplicando em caso algum aos doentes em estado vegetativo persistente.
Os doentes em estado vegetativo persistente têm uma deficiência profunda que os impede de se alimentarem de forma autónoma, não estando numa situação terminal por que não se iniciou o processo natural de morte.
Neste sentido, a FPV sublinha a importância do artigo 5º alínea b), que exclui a possibilidade de incluir no documento de DAV práticas que violem os artigos 134º e 135º do Código Penal.
Lisboa, 25 de Julho de 2012
CONTACTOS PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL:
Luis Brás Rosário, Médico, 917163476
Inês Avelar Santos, Jurista, 918192968
Catarina Almeida, Jurista, 914861665

terça-feira, 24 de julho de 2012

Saber gerir a sua vida, o seu trabalho e a sua família


            Num dos seus artigos no semanário “Expresso”, um dos gestores mais brilhantes de Portugal, António Carrapatoso, defendia a introdução obrigatória de aulas de gestão no ensino. Dizia ele que, através do recurso ao método do “caso” e pela transmissão de alguns princípios elementares de gestão, os estudantes estariam a adquirir competências na área da gestão que lhes seriam muito úteis para o futuro.

            O problema desta sugestão é que ela  lançaria à escola e aos professores mais um desafio e mais um encargo a somar a todos os outros. Educar para os media, educar para o desporto, educação sexual, educar para a arte, educar para a defesa do ambiente, etc, etc. No entanto, a meu ver, uma boa integração e organização curricular permitiram perfeitamente ultrapassar este problema.

            Gerir a economia pessoal e doméstica, gerir a sua carreira, gerir o seu tempo, gerir a sua empresa, gerir as suas relações humanas, etc.etc. tudo isto implica saber gerir e saber gerir bem está inevitavelmente associado às virtudes da prudência e do elementar bom senso.

            Saber gerir o risco, não arriscando demasiado sem uma garantia de reserva, no caso da aposta sair gorada; saber gerir as poupanças; saber gerir os investimentos, apostando nos estudos e avaliação dos mercados potenciais; saber gerir os recursos humanos e materiais, aligeirando os custos para poder oferecer um produto mais atractivo e competitivo; não estar demasiado depentende de um determinado cliente ou de um determinado nicho de mercado; ter planos alternativos de redução de custos ou de apostas em outras áreas de investimento alternativas potencialmente mais promissoras; saber adaptar-se às constantes e permanentes alterações e necessidades do mercado, mas também saber escolher o local das férias, tendo em conta os encargos mensais de todo o ano, saber escolher a escola dos filhos e a forma destes ocuparem os tempos livres; saber gerir a relação com o parceiro, exigindo de umas vezes e cedendo em outras etc.etc.etc.

            Não deixa de ser interessante que o próprio Jesus Cristo em muitas das suas parábolas evangélicas se refira a actos e princípios de gestão micro-economicos: a forma como as virgens prudentes e imprudentes geriam o óleo das lamparinas do casamento, a forma como os trabalhadores geriam as moedas que o seu patrão lhes deu antes de partir de viagem: a forma como o pastor gere a perda de uma ovelha, a forma como o latifundiário gere a indisciplina dos seus trabalhadores agrícolas, etc.etc.

            Se olharmos para a génese de muitas falências verificamos que muitas são causadas por erros de gestão, por apostas mal medidas, por iniciativas pouco prudentes, precipitadas e adoptadas com excesso de confiança. Vemos também a menor sensibilidade que muitos gestores têm em relação ao cumprimento das suas obrigações fiscais e perante a segurança social, o que, mais tarde, lhes traz inúmeros dissabores em mais um sinal de imprudência.

            Há que começar a explicar às crianças e jovens o que é gerir e como gerir e gerir bem. Como se deve, com um capital inicial, apostar, desde logo, na contenção de despesas, pagando 1º o que é de lei pagar (IVAs e Segurança Social), depois agir de forma a salvaguardar os postos de trabalho e, em simultâneo, motivar a força laboral da empresa; pensar como melhorar cada vez mais a oferta, tornando-a mais atractiva, ensiná-los a poupar e a não desperdiçar recursos de forma inútil; ensiná-los a tentar acertar nas apostas que fazem e a saber levantar-se quando alguma coisa corre mal.

Talvez a reconstrução do país, comece mesmo por aí.

domingo, 22 de julho de 2012

Recordar Colombine e Rachel Scott


O massacre desta 6ª feira, em Aurora, Colorado faz-me relembrar o 1º massacre deste género ocorrido em Colombine também no Estado do Colorado.

Em 2006 enviei um e-mail à mãe de Rachel Joy Scott, a 1ª vitima de Colombine e ao mesmo tempo uma das melhores e mais brilhantes alunas de Colombine.

Os seus pais têm vindo a divulgar páginas do diário da filha que era também uma devota cristã evangélica. Nessas páginas podem-se ler sinais de esperança e grandes lições de vida e de bondade que brotavam do coração dessa jovem.

O site pode ser consultado aqui

Em resposta, a sua mãe Beth Nimmo, em Setembro de 2006, enviou-me uma resposta muito simpática que aqui reproduzo

Dear Miguel,
Thank you for writing and letting us know that Rachel’s story has blessed you.
God Bless You,
Beth Nimmo (mother)



Esta resposta deixou-me, por um lado, muito honrado, mas também muito mais próximo e conectado com o drama destas famílias vítimas de um país que teima em fazer prevalecer a liberdade no uso e aquisição de armas de fogo em detrimento da segurança dos seus cidadãos.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mulheres falam sobre família

Mais uma vez, de três em três meses, as Mulheres do Século XXI voltaram a reunir-se ao almoço. Esta sexta-feira, no Jardim Botânico da Ajuda, o sétimo almoço foi dedicado à família. Em altura de profunda crise, como pode a família ajudar?

Fátima Fonseca, professora e presidente da CENOFA (Centro de Orientação Familiar) foi a oradora convidada. A meio de um arroz de pato e já depois de um gaspacho à alentejana, a docente discursou sobre a família. Casada há 40 anos, mãe de sete filhos e avó de oito netos («por enquanto», como fez questão de lembrar), alertou para a importância da família em tempos de crise.

«A família é uma âncora, algo que nos faz crescer como pessoas. E preocupa-me observar que, desde 1995, as taxas de natalidade e o número de casamentos não param de descer, enquanto os divórcios sobem», ressalvou a docente, pós-graduada em Mediação Familiar.

Fátima Fonseca deixou uma mensagem a todas as presentes: utilizar as vogais para realçar a importância da família em tempos de crise: «A, E, I, O, U. Amor, empatia, iniciativa, otimismo e união.»

Perto de 240 mulheres assistiram com atenção à intervenção da pedagoga. Para a professora, a crise não é apenas financeira: a própria noção de família está transformada.

«A crise não é apenas um grupo de pessoas que vive debaixo do mesmo teto. As crises rompem o equilíbrio de uma pessoa. E as famílias ganham um papel cada vez mais importante», relçou Fátima Fonseca.

Movimento em crescimento
O Jardim Botânico da Ajuda recebeu o sétimo almoço das Mulheres do Século XXI. O que nasceu de uma brincadeira de três amigas, há dois anos, tornou-se num movimento com cada vez mais participantes. O primeiro almoço contou com 130 mulheres. O sétimo encontro registou o dobro.

Alexandra Chumbo, Sofia Guedes e Theresa Carvalho formaram o grupo Mulheres do Século XXI, um grupo de amigas preocupadas com a crise de valores e o papel das mulheres na sociedade portuguesa. Através das redes sociais, o grupo foi crescendo, crescendo, ao ponto das inscrições para o almoço desta sexta-feira terem limitadas a 240 prsenças. O próximo, daqui a três meses, ultrapassará as 300, estima a organização.

«O nosso grupo no Facebook já tem mais de 1300 fãs. Costumamos dizer que somos femininas e não feministas, ativas e não ativistas», explicou Alexandra Chumbo, a A BOLA.

Cada encontro tem um tema. E cada tema uma oradora. A plateia tem mulheres de todas as profissões. Os almoços já contaram com a presença de deputadas e apresentadoras de televisão. Margarida Prieto, mulher de Manuel Damásio, antigo presidente do Benfica, participou no encontro desta sexta-feira. Mas aqui não se liga às profissões, apenas ao género. E nenhuma oradora é uma figura pública, apenas uma mulher a partilhar experiências.

«Não há protagonistas no grupo. Não trazemos figuras públicas, apenas mulheres normais», resume Alexandra Chumbo.

FONTE: BOLA

The dark night rises

O último filme da saga Batman "THE DARK KNIGHT RISES" é claramente original em relação às versões que lhe antecederam.

Neste filme, Batman é aprisionado e a única forma que tem de escapar e salvar a sua cidade passa pela inspiração de outras personagens em favor do bem.

O filme, além de ser um agradável entretenimento, tem também uma clara mensagem redemptora.

Não se trata só de combater o mal, mas de sensibilizar o mal para que se transforme em bem.




P.S.-
Pouco tempo depois de ter escrito este post, fiquei a saber desta triste notícia
 O que caracteriza a série dos Batman, seja no cinema, seja na BD, é o facto das suas personagens serem pessoas traumatizadas e afectadas por experiências extremamente negativas e esse contexto acaba por condicionar os seus comportamentos ao ponto de se comportarem não como humanos, mas como sucedâneos de animais (morcegos, pinguins, gatos, etc.).
Este apelo ao lado negro e à degenerescência do ser... humano tem marcado esta série de filmes agravada ultimamente por dramáticos acontecimentos da vida real (suicídio de Heath Ledger e assassinato em massa num cinema de Denver).
Por curiosidade, este último filme que abre perspectivas novas de superação do mal ficará inevitavelmente marcado, para sempre, pela manifestação mais abjecta desse mesmo mal.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jovem de 18 anos morre após jogar ininterruptamente 40 horas de jogo de computador "Diablo III"

An 18-year-old was found dead in an internet cafe in Taiwan where he had been playing Diablo III for 40 hours straight!
Although the cause of death has not yet been determined, authorities are speculating that sitting in a sedentary position created cardiovascular problems. Furthermore, reports say the teenager hadn't even taken a break to eat for two days during his marathon.

Daqui

JOVEM COM SÍNDROME DE DOWN TIRA NOTA MÁXIMA


Enrico Cancelli foi mais forte que as dificuldades

ROMA, quarta-feira, 18 de julho de 2012 (ZENIT.org) - Enrico Cancelli, jovem de Trieste, no nordeste italiano, deu um pontapé nas limitações impostas pela síndrome de Down e tirou a nota máxima no esame di maturità, que serve para a admissão à universidade e equivale, de certa forma, ao vestibular brasileiro.
Diploma profissional
O momento da virada para o estudante veio em 2009, quando ele começou a usar uma técnica que permite superar as lacunas entre a capacidade cognitiva e expressiva.
Enquanto aperta nas mãos o seu certificado de aprovação, Enrico sorri, perplexo e travesso. É o mesmo sorriso que ele mostra minutos mais tarde, posando para as fotos com a professora e com o conselho. O exame é um desafio para todos e o primeiro grande encontro com a vida. Mas para Enrico Cancelli, os encontros com a vida começaram bem antes.
A síndrome de Down, combinada com uma severa dificuldade de comunicação, transformou numa cruel ladeira acima o que para outros é a estrada normal da vida. Mas a resiliência é uma virtude que não falta para Enrico. O sucesso na escola é apenas o seu teste mais recente.
Seguindo um percurso misto, reduzido em tempo, mas não em qualidade, Enrico trabalhou em uma empresa de Monrupino, acompanhado pelo tutor Haron Marucelli, que o preparou para a criação de ovinos. A criação de ovelhas, aliás, foi o tema do exameem que Enricoconquistou a nota máxima. E será também a área em que ele quer trabalhar no futuro.
Comunicação facilitada
Enrico Cancelli aprendeu a técnica da comunicação facilitada, implementada na Austrália nos anos 1970 graças ao trabalho de uma associação de apoio a portadores de necessidades especiais.
Nascido com a síndrome de Down, Enrico foi uma criança feliz nos primeiros anos de escola, propenso a cantar e a brincar. Na adolescência, porém, veio a consciência da diversidade e começaram os primeiros golpes morais. Ele se fechou, parou de falar, parou de cantar. Deixou de se comunicar. "A reviravolta no caminho da aprendizagem, e da vida, veio em 2009, quando nos aproximamos da técnica de comunicação facilitada, que foca nas pessoas pessoas deficientes que têm transtornos de linguagem", explica Bianca Mestroni, mãe de Enrico.
A comunicação facilitada serve de ponte entre as competências cognitivas e expressivas, usando teclados ou letras do alfabeto. “É necessária a presença de um facilitador: uma pessoa treinada que, sem intervir, sustenta a mão, o punho, o cotovelo ou o braço do paciente para que ele digite em um teclado de computador”, explica Michela Manca, professora de Enrico. O objetivo final é que o paciente conquiste a autonomia comunicativa que lhe falta.
"Eu sofria como um cachorro"
Assim que conseguiu se comunicar com os outros, Enrico contou um pouco do acúmulo de sofrimentos que suportou durante anos.
Desde 2009, ele renasceu. Apenas três meses após o início da experiência, Enrico escreveu: "Até agora, eu não sabia como responder, e sofria como um cachorro na minha deficiência". Duas pessoas o acompanharam na trajetória de maneira muito especial: a professora Michela, que está com ele desde 2009, e Gianna Stabile Bonifacio, sua guia espiritual que o ajudou na catequese e a editar o boletim da paróquia.
Sem a comunicação facilitada, Enrico era descrito como portador de "um grave retardo mental". Depois da experiência, Enrico escreveu na primeira página do seu exame: “Monrupino, oásis feliz onde encontrar a paz e os sonhos dourados de poéticas aspirações! Empregarei todos os meios para permanecer e trabalhar em terras assim tão férteis, correndo irresistivelmente rumo à minha vida resgatada!”.

 (Tradução:ZENIT) Daqui.
Ver mais aqui.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

E já agora....

Sra Melinda Gates

Se quer impedir que os pobres nasçam, não precisa de pedir dinheiro para comprar borrachas ou comprimidos...


Melinda Gates e os contraceptivos

A esposa de Bill Gates, Melinda Gates auto-intitulada de "católica" está empenhada em promover a contracepção em larga escala nos chamados países do terceiro mundo, da Ásia, África e America do Sul.
Há poucos dias atrás organizou uma conferência mundial para recolha de fundos a favor da contracepção nos países mais pobres.
A lógica é simples:
Se és pobre, não te reproduzas porque, desta forma, haverá menos pobreza no mundo.
Não se trata de dar condições aos pobres para que vivam.
Trata-se, antes, de dar condições aos pobres para que nem sequer venham a nascer.
Estudos demonstram que a melhor contracepção é o desenvolvimento de um país.
Os casais pobres olham para os filhos como mais um recurso que lhes pode ajudar a aumentar os rendimentos.
Sra Melinda, por favor, pare um pouco para pensar no que anda a fazer e sobretudo não se auto-intitule de "católica"


Cuidar o mais valioso

DESPEDIDA DO EX-PRESIDENTE DA COCA COLA (muito curto e excelente) discurso de Bryan Dyson


Ele disse ao deixar o cargo de Presidente da Coca Cola:

"Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar.
Estas são: seu Trabalho - sua Família - sua Saúde - seus Amigos e sua Vida Espiritual, e você terá de mantê-las todas no ar.
Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la ela rebate e volta.
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas,
vale dizer, nunca mais será a mesma.
Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso.
Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário.
Gaste o tempo requerido à sua família e aos seus amigos.
Faça exercício, coma e descanse adequadamente.
E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno"

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Estudo de sociólogo norte-americano demonstra que crianças desenvolvem-se melhor em familias biparentais heterossexuais


O sociólogo Mark Regnerus, do departamento de Sociologia e Centro de Investigação da População da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, desenvolveu um projecto denominado "New Family Structures Study" (NFSS).

O NFSS consiste numa projecto de recolha de dados, em larga escala, de uma amostra indiferenciada de 15.000 jovens adultos norte-americanos, com idades compreendidas entre os 18 e os 39 anos que foram educados e cresceram em tipos diferentes de famílias.

Um resumo do estudo, publicado no Social Science Research, pode ser consultado aqui

Este estudo revela claramente que as crianças demonstram uma maior aptidão para o sucesso enquanto adultos, em vários âmbitos e numa multíplicidade de domínios, quando passam a sua infância com os seus pai e mãe casados entre si e, em particular, quando estes se mantêm casados entre si.

P.S.- Este estudo está a gerar controvérsia e, ao que parece, já provocou perseguições do lobby gay ao seu autor, tal como se pode constatar aqui.

Não atrasar a maternidade


'Há sexo para fazer bebés e sexo para fazer amor'

Em mais de 20 anos de investigação, a psicóloga Jacky Boivin tem destruído mitos sobre a fertilidade. Mas a mensagem que insiste em deixar é: não atrase a maternidade

A especialista não se cansa de falar da necessidade urgente de reverter a tendência atual de adiar a maternidade. Esqueça-se a casa, o emprego estável ou o carro familiar. Há que procriar em tempo, já que o resto vem por acréscimo. Além de todos os dados científicos que tem recolhido em trabalhos de investigação, Jacky sofre, na pele, o peso do adiamento. 

Não há muito consenso quanto à altura certa para procurar um especialista em infertilidade. Qual é a sua opinião?

É verdade que as orientações variam bastante e dependem do facto de o médico ser um ginecologista, um clínico geral ou um especialista em infertilidade.
Mas os protocolos são claros: se, ao fim de 12 meses a tentar engravidar, não se consegue, então deve procurar-se aconselhamento. Não quer isto dizer que se vá iniciar logo um tratamento.
Nesta fase inicial, serão despistados eventuais problemas, como os níveis hormonais. Em pessoas mais velhas, com mais de 34 anos, é melhor procurar um especialista seis meses após ter-se começado a tentar.

Aos 34 anos é-se considerada "velha"?

A fertilidade decresce muito aos 36 anos e a descida é bastante abrupta após os trinta e oito. É preciso dar tempo para se fazer alguma coisa, se for preciso. Há umas décadas, as mulheres tinham os filhos todos, na casa dos 20 anos. Hoje, o primeiro filho nasce quando a mãe já completou 30 anos, quase trinta e um.
E isto tem um custo em termos de fertilidade, que desconhecíamos até há pouco tempo. É preciso assimilar e atualizar a informação.

Há fatores de risco e sintomas de infertilidade?

Sim. Sexo desprotegido, ausência de período ou dores severas durante a menstruação, mais que 30 quilos de excesso de peso, fumar mais de dez cigarros por dia... Tal como tentamos moderar o colesterol ou manter o peso adequado a bem da saúde cardiovascular, ou analisamos os nossos sinais por causa do cancro da pele, é importante conhecer os riscos e sintomas de infertilidade. 

Há efeitos do estado psicológico na capacidade de conceber?

É preciso perceber se estamos a falar do efeito do stresse na saúde física ou na qualidade de vida. Trata-se de uma área importante e muito controversa.
Há empresas interessadas em reforçar a ligação entre o stresse e a fertilidade, para depois poderem vender os seus produtos.

E qual é a verdade?

O que sabemos é que, quando estamos stressados, há efeitos na nossa biologia.
Por exemplo: o stresse pode provocar um atraso na ovulação, por um dia ou dois. E isso transporta-nos para a nossa história evolutiva: se tivéssemos um animal enorme atrás de nós, não seria boa altura para conceber. Há este tipo de interação entre a biologia do stresse e a da fertilidade. Mas a questão é: será que este tipo de interação afeta a fertilidade a longo prazo? Numa perspetiva evolutiva, o objetivo de estarmos aqui é reproduzirmo-nos. Nenhum animal beneficia de uma supressão indefinida da fertilidade. Ou seja, este efeito supressor é temporário. O tal animal continua lá, vai permanecer por muito tempo e, por isso, o melhor é mesmo tentar ter filhos agora. A grande prova de que o efeito é temporário está em África, onde há fome, guerra, falta de água, as piores condições de stresse que se possa imaginar. Mesmo assim, as taxas de fertilidade são das mais elevadas do mundo. O nosso organismo foi desenhado para resistir ao stresse. 

Quer dizer que não há qualquer relação?

O que acontece é que, quando estamos em stresse, comemos pior, ganhamos peso, dormimos mal, fumamos mais, não temos sexo com o nosso parceiro.
Surgem comportamentos que, de facto, influenciam a fertilidade. O tabaco, por exemplo, pode fazer decrescer a produção mensal de óvulos de nove para dois.
O excesso de peso também afeta, e muito negativamente, a taxa de fertilidade. 
E quanto à pressão para conceber? Quando os casais sabem que estão no "dia D" para "fazer um bebé"... 
Um estudo recente mostrou que não há qualquer diferença entre as taxas de fecundação nos casais que usam os aparelhos para prever o dia certo da ovulação e os outros. É o que digo aos casais: há sexo para fazer bebés e sexo para fazer amor. E, por vezes, é diferente.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/ha-sexo-para-fazer-bebes-e-sexo-para-fazer-amor=f671411#ixzz20lwKEwEX

domingo, 15 de julho de 2012

Um filho vale um filho



Como todos sabemos, Portugal está a envelhecer a um ritmo preocupante. Desde há 30 anos

que não conseguimos assegurar a renovação das gerações! Nascem cada vez menos crianças e

estamos a caminho de ser o 2º país mais envelhecido do mundo, superado apenas pela Bósnia!

Os estudos sobre pobreza em Portugal mostram que as famílias com filhos são as que têm

maiores índices de pobreza e as crianças são o grupo etário que sofre de maior privação.

O Estado considera as crianças como cidadãos mas, muitas vezes, ignora a sua existência ou

considera
as como uma percentagem variável. Vejamos o que se passa em vários domínios:

Taxa do IRS – cada filho vale zero;

Deduções personalizantes do IRS – cada filho vale cerca de 75%;

Deduções de educação, saúde,…(entre os 3º e 6º escalão do IRS) – cada filho vale 10%;

Abono de família – cada filho vale meia pessoa – 50%;

Taxas moderadoras – cada filho vale 0;

Passe Social Mais cada filho vale 25%.

Estas situações revestem
se de uma enorme injustiça e acarretam ao país graves

consequências, pois comprometem o crescimento económico e a coesão social,

nomeadamente, a sustentabilidade da segurança social e do sistema de saúde.

Quando se olha para o rendimento é justo não esquecer quantas pessoas esse rendimento

alimenta e veste. Será que esse rendimento sustenta 2 pessoas? Ou sustentará 3 (pai + mãe +

1 filho), ou 4 (pai+ mãe + 2 filhos), ou 5 (pai + mãe + 3 filhos) ou muitas mais? Justo seria que o

rendimento da família fosse avaliado em função do número de pessoas que sustenta. Ou seja,

que fosse dividido pelo número de elementos da família! Isso sim, seria justo.

É por essa razão que um grupo de cidadãos e organizações se juntou para lançar o Manifesto

“UM FILHO VALE UM” cujo texto se segue.

MANIFESTO “UM FILHO VALE UM”

Todos os dias a sociedade pede mais às famílias. Mais impostos. Mais tempo. Mais

responsabilidade e dedicação.

Afinal as famílias são aquela estrutura que está sempre lá. Conta
se com ela para o diaadia e

para os momentos extraordinários. É a solidez das famílias que confere resiliência às

sociedades. E o que distingue muitas vezes uma crise de uma catástrofe é apenas a existência

de redes familiares suficientemente fortes e funcionais para absorverem e reagirem aos
diversos problemas e desafios que marcam cada geração.
Mas para que as famílias possam cumprir a sua missão é preciso darmos
lhes condições para que possam resistir, crescer e ter os filhos que desejam. Se a decisão de ter filhos for feita com verdadeira liberdade e responsabilidade, teremos mais crescimento económico, mais capacidade de pagar melhores reformas, saúde e educação.
O nascimento de um filho representa um momento muito especial. Para os pais, um filho tem
um valor incomensurável, valerá sempre muito mais do que um. Verdadeiramente o seu valor
é tanto que não é possível contabilizá
lo. Sempre assim foi e assim continua a ser. O nosso
manifesto, porém, não exige tanto. Pede apenas que cada filho possa ser visto e considerado
como aquilo que é: um filho. Um filho tem de valer um!
O Estado reconhece as crianças como cidadãos mas, muitas vezes, ignora a sua existência ou
considera-as
como uma percentagem variável. Esse equívoco deve ser corrigido. Essa injustiça
tem de ser reparada. A capitação dos rendimentos familiares para efeitos fiscais e de acesso
aos serviços sociais deve ser a regra. Para os pais um filho vale tudo. Para o Estado um filho
deve valer um.

domingo, 8 de julho de 2012

O aborto nos hospitais- uma experiência




Video em que é mostrado como uma mulher perante a decisão de abortar ou não é tratada nos hospitais portugueses e mostrando o processo.
Baseado numa história veridica.

Realização/Imagem/Edição:Pedro Gaipo

Com: Silvia Tavares; Eduardo Rodrigues; Zita Estrela; José Gaipo e Sara Costa.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Falta de pluralismo dos Media na questão do aborto



É uma vergonha que, num Estado democrático e pluralista, esta situação ocorra de forma reiterada.

A Entidade Reguladora para a comunicação social deve-se pronunciar sobre estes abusos à liberdade de imprensa.
Para tal, basta preencher o formulário de queixa e remetê-la, através do seguinte site http://www.erc.pt/pt/balcao-virtual/formulario-de-participacoes

Lei do Aborto: 5.000 assinaturas recolhidas em petição

Pelo menos 5.000 assinaturas foram recolhidas numa petição que será entregue quarta-feira ao presidente da Assembleia da República com o objectivo de alterar a regulamentação da lei do aborto, em vigor há quatro anos. Iniciativa da Federação Portuguesa pela Vida (FPV), esta petição dá pelo nome de "Vemos, ouvimos e lemos - não podemos ignorar" e contesta a actual lei do aborto. "Volvidos quatro anos, assistimos a uma realidade dramática que deixa mulheres e homens cada vez mais sós e abandonados à sua sorte", lê-se no texto que convida à subscrição. 

O documento, que será entregue a Jaime Gama na próxima quarta feira, peticiona à Assembleia da República que "reconheça o flagelo do aborto que, de Norte a Sul, varre o País desde há quatro anos, destruindo crianças, mulheres, famílias, e a economia, gerando desemprego e depressão". 

Os autores do documento defendem ainda "medidas legislativas" no sentido de "rever, para já, a regulamentação da prática do aborto, por forma a saber se o consentimento foi realmente informado e a garantir planos de apoio alternativos ao aborto".

Notícia daqui.
Outros links:

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Céu pode esperar, vamos ali perguntar às estrelas...

Portugal começa a morrer

A taxa de natalidade nacional está em vias de chegar a mínimos históricos este ano. Os nascimentos podem nem sequer chegar aos 90 mil.

Dados do Centro de Genética Médica Doutor Jacinto Magalhães - citados pelo “Diário de Notícias” – mostram que no primeiro semestre deste ano nasceram menos quatro mil bebés, do que em igual período do ano passado.

Os números têm por base o chamado "teste do pezinho".

Se a tendência se mantiver haverá menos oito mil bebés no final do ano em relação a 2011, ou seja, os números devem ficar pelos 89 mil nascimentos.

Estes números podem ser explicados pela crise: “A precaridade, a imprevisibilidade, a incerteza, faz com que as famílias pelo menos tentem adiar os filhos que querem ter. Obviamente que num quadro de elevado desemprego e de grande incerteza face ao futuro do país e da situação económica e financeira, é natural que as famílias pensem assim, sobretudo nos casos em que têm idade para adiar a vinda dos filhos. Pode ser uma causa para estes últimos dois anos em que a fertilidade se deprime ainda mais”, explica Filomena Mendes, demógrafa da Universidade de Évora

Fonte: RR

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os efeitos negativos da crise demográfica



Nos países envelhecidos da Europa do Sul (globalmente, com mais de 15% de população com mais de 65 anos e número de jovens em declínio), os índices de dependência (relação entre população activa e passiva) vão aumentando por causa deste desequilíbrio nas suas estruturas demográficas.
Isto traz repercussões dramáticas, que vão desde as excessivas deduções para a segurança social, de forma a garantir as pensões e a disponibilidade de outros serviços sociais a toda a população, a sérios desequilíbrios nas estruturas de produção e consumo, assim como as ramificações nas áreas sociais e económicas que possuem uma estreita ligação com a idade, como são, por exemplo, o emprego, a educação, a habitação e os cuidados de saúde.
Neste sentido, a lista de efeitos negativos que derivam de uma situação de elevada dependência, como a que está a ocorrer em todo o mundo ocidental, especialmente na Europa (e muito especialmente nos países da Europa meridional, os países mais envelhecidos do mundo), é muito extensa: diminuição do número de pessoas que compõem a população activa; envelhecimento progressivo dessa mesma população activa; desequilíbrios que obrigam a alterações nas políticas de reforma; desequilíbrios no investimento e poupança a nível colectivo e familiar; diminuição do rendimento familiar disponível; aumento dos gastos em saúde; subutilização e redundância no sector da educação; primazia dos valores conservadores na política; desequilíbrios nas estruturas familiares; aumento da problemática de socialização intergeracional; fragilização das relações primárias de apoio; possível quebra do sistema de Segurança Social.
  Todos estes transtornos podem levar à desagregação das estruturas familiares, especialmente com a actual proliferação dos divórcios, uniões de fato, famílias monoparentais, casamentos tardios e sem filhos, uniões de pessoas do mesmo sexo, e uma diminuição da nupcialidade, levando a uma fragilização dos laços de apoio primários dentro da família. 
Uma das formas utilizadas para atenuar os problemas de baixa natalidade e envelhecimento demográfico noutros países europeus -, por exemplo, na Suécia - foi a criação de um Estado providente de grandes dimensões, de tal maneira que a exígua população activa fosse capaz de gerar riqueza suficiente para manter adequadamente a população idosa desproporcionadamente elevada. Esta política foi um fracasso, entre outras coisas, pela tremenda pressão fiscal sobre a população activa, de tal forma que se recorreram, finalmente, a políticas pró-natalistas que, contudo, não deram o resultado esperado.
A mais efectiva foi a famosa política do terceiro filho posta em marcha em França pelo governo de François Mitterrand, que aproximou as taxas de natalidade do nível de reposição da população (renovação de gerações).
Outra forma de atacar os problemas de baixa natalidade e de envelhecimento é através da abertura das fronteiras, talvez de forma selectiva, como a imigração a partir de outros continentes. Isto rejuvenesce a população e estimula a natalidade, mas também traz consigo problemas de assimilação, inserção ou integração, e poderá exacerbar o racismo ou xenofobia possivelmente latentes em alguns países europeus, e que – como claro sintoma de perigo - fazem despoletar sinais de alarme, como é o caso dos confrontos recentes na Grã-Bretanha - ou os movimentos políticos extremistas que se encontram actualmente em incubação, por exemplo, em França e na Grécia.