quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Comunicado da associação "Juntos pela Vida"


1. No longo cortejo de Crimes contra a Humanidade há um que se destaca:
a. Pela natureza, grau de inocência e vulnerabilidade da vítima;
b. Pela assustadora e desproporcional coligação de forças que se une para atacar o mais indefeso dos seres;
c. Pela completa corrupção das funções do Estado, do Direito e da Medicina;
d. Pela instrumentalização e destruição das mães, atiradas para a sarjeta surda de uma dor longa, que as consome em fogo lento;
2. O aborto é o mais abominável de todos os crimes.
3. Os Juntos pela Vida preveniram, na manipulada campanha do referendo ao aborto, que tal como ao dia se segue a noite, ao aborto se seguiria a eutanásia.
4. Disseram-nos que uma coisa não implicava a outra, apesar de Portugal ser o único país que na mesma legislatura legalizou o aborto e tentou legalizar a eutanásia;
5. Hoje o alerta vai mais longe – a partir de 28 de Setembro de 2009 Portugal vai conhecer o mais violento ataque à vida jamais lançado no mundo ocidental:
a. Já temos a lei do aborto mais liberal do Ocidente;
b. O BE proporá a eutanásia, a pedido do próprio, a partir dos 18 anos; e, a pedido dos familiares, para pessoas inconscientes ou inimputáveis. O PS chumbará a proposta aprovando a medida “mais moderada e não menos moderna” da eutanásia "só" para "doentes".
c. É “lógico”, pois quando faltam crianças há que assegurar a sustentabilidade das pensões eliminando os pensionistas.
d. O BE proporá o casamento gay com possibilidade de adopção. O PS chumbará e, mais “moderadamente”, aprovará primeiro “só” o casamento gay, e num “prudente depois” a adopção.
e. Será imposta nas escolas a propaganda gay através da educação sexual.
f. Irão chamar os promotores e industriais do aborto para serem os responsáveis pela educação sexual para a prevenção do aborto;
g. Irão assimilar o contrato de casamento e a união de facto – que passarão a ser situações equivalentemente precárias –, desprotegendo-se totalmente mulheres e crianças.
6. Por tudo isto a partir de 28 de Setembro de 2009 está decretada a caça à criança, ao idoso, ao doente e à mulher.
7. Com a mesma angústia de morte que sentiram as pessoas mais lúcidas perante os passos crescentemente errados que antecederam a Segunda Guerra Mundial, os Juntos pela Vida recordam hoje aquela frase atribuída a Balzac: “maldito o que não gritasse no deserto, pelo receio de não ser ouvido por ninguém”.
8. Neste momento como em outros da nossa história recente os Juntos pela Vida saberão assumir as suas responsabilidades, seja pela acção junto do parlamento hoje eleito, seja na promoção de todas as movimentações populares necessárias a impedir este imposição de uma Cultura de Morte.
Lisboa, 27 de Setembro de 2009
--

Falar em procriação

As declarações de Manuela Ferreira Leite ao associar a família e o casamento à procriação têm suscitado muitas reacções negativas, que vão da crítica impiedosa, como se fossem sinal do mais bolorento conservadorismo, até à chacota de mau gosto. Reacções tão negativas a declarações que muitos considerarão inspiradas pelo simples bom senso merecem alguma reflexão.

Falar em procriação parece escandaloso ou herético, como se a procriação fosse algo de fundamentalmente negativo, a evitar a todo o custo, um empecilho ao gozo e realização pessoais que a união sexual e o casamento podem proporcionar.

A doutrina católica não limita (não o faz hoje, nem o fez nunca) as finalidades do casamento e da família à procriação. A comunhão entre os cônjuges e a realização pessoal de cada um deles também são finalidades do casamento e da família. Mas a abertura à vida, que não se limita à geração biológica e se prolonga durante todo o percurso educativo das crianças e jovens, também o é. Não é algo de acidental ou secundário. A doação recíproca entre os cônjuges deixa de ser um "egoísmo a dois" quando se abre generosamente à geração e educação de novas vidas. Porque o amor é difusivo por natureza.

É, fundamentalmente, esta abertura que faz com que o casamento mereça um reconhecimento social particular, pois é ela que garante a renovação das gerações, cria o melhor ambiente para o acolhimento da geração seguinte e faz, assim, da família a célula básica da sociedade.

Como já foi salientado, retirar a heterossexualidade e a tendencial abertura à vida da definição de casamento descaracteriza-o como instituição que transcende os interesses individuais dos cônjuges e adquire um papel social da máxima relevância.

A mentalidade antiprocriativa que vemos, deste modo, tão difundida é o maior obstáculo à superação da crise demográfica, por muitos considerada o mais grave dos problemas sociais da Europa de hoje e para o qual, finalmente, os governos parecem despertar.

É, sobretudo, no plano cultural, da mentalidade, que se joga esse desafio. Não são, essencialmente, abonos de família ou subsídios (nem "contas-poupança") que permitirão vencê-lo. Nem mesmo os países com mais generosos apoios desse tipo conseguiram vencê-lo.

Só com outra valorização da vida e da procriação, vistas sempre como um dom e uma oportunidade, nunca como um limite ou um empecilho, é que a crise demográfica pode ser superada. Nisto deviam pensar os políticos que criticam a associação entre casamento, família e procriação.
Pedro Vaz Patto, Juiz

Público, 2009-09-30

Congresso Pró-Vida


IV. World-Prayer-Congress for Life in Wigratzbad, 8/10/ – 12/10/2009


Dir. Thomas Maria Rimmel (Germany) - Director of the "Gebetsstätte Wigratzbad"

P. Dr. Johannes Nebel FSO (Austria) - Contributor at "Radio Horeb", responsible for the development of the Leo Scheffczyk Center in Bregenz


Msgr. DDr. Rupert Gläser (Germany)former Director of the "Gebetsstätte Wigratzbad"


P. Leo Kuchar SSS (Austria)former Underground-Priest, Author of spiritual works; many talks in TV


Anne R. Lastmann (Australia) - Founder of "Victims of Abortion", longtime PAS-consultant.


Alexandra Maria Linder (Germany) - Author of the book "Business Abortion", Vice-Chairman of "Aktion Lebensrecht für Alle" ALfA, Germany.


P. Bernward Deneke FSSP (Switzerland) well known Retreat-Director and Preacher


Rev. Stanislaw Maslanka (Poland)Polish Priest, long-time service in the Family Apostolate Movement.


Dr. Antoni Zieba (Poland)President of th Polnish Association for Protection of Human Life; Chief Editor of „Service for Life“;


Fr. Tom Euteneuer (USA)President of Human Life International (HLI), Initiator of "Humanae Vitae Priests"


Inge Thürkauf (Switzerland)Author, Actress, Wife of the famous scienctist Max Thürkauf (died 1993)


Prof. Dr. Ingo Dollinger (Germany)Professor em. of Moral Theology.


Prof. Dr. Alma von Stockhausen (Germany)Foundress of the Gustav-Siewerth-Academy


Victoria Thorn (USA)Foundress of "Project Rachel", diocesan PAS-healing-service of the catholic church in the USA.See also "Hope After Abortion"


Dr. Angelika Pokropp-Hippen (Germany)Doctor / Trauma Therapist


DI Claudia Brandhuber (Austria)Leader of the Life-Center, Vienna


P. Bruno Meusburger COp (Austria)P. of "Maria vom Siege"/Vienna, Expert of the Healing- and Deliverance-Service, Retreat-Leader.

A pílula do dia seguinte desmistificada

La Pildora Del Dia Despues

Situação do aborto em Espanha

LAS cifras sobre abortos en adolescentes en España desmienten rotundamente la mayoría de los argumentos que utiliza el Gobierno para justificar la reforma legal que implantará el aborto libre e incondicional. Según el informe del Instituto de Política Familiar -elaborados con datos correspondientes a 2007 del Instituto Nacional de Estadística, Eurostat y el Ministerio de Sanidad-, el 53 por ciento de los embarazos en jóvenes menores de 20 años acaba en aborto, lo que supone 15.307 casos.
Esta cifra muestra la clara divergencia de España con el resto de Europa, donde el aborto entre las jóvenes de 15 a 20 años se sitúa en el 40 por ciento desde hace años. Además, las jóvenes españolas representaban en 2007 el 7,2 por ciento de las europeas que se quedaban embarazadas en ese tramo de edad, cuando en 1996 era el 4 por ciento.El conjunto de estas cifras y porcentajes no es coherente con el planteamiento del Gobierno sobre la necesidad de una ley que amplíe el aborto, y menos aún con el eslogan de que la reforma nos aproximará a Europa, cuando lo cierto es que nos alejamos progresiva y constantemente de ella.
La nueva ley que propone el Gobierno va a provocar un aumento de los abortos, porque lo instaura con carácter libre en las primeras catorce semanas y porque todo el sistema que prevé para aplicarla, incluyendo la información a la embarazada, es claramente inductor a ese eufemismo llamado interrupción voluntaria del embarazo.El aumento de los embarazos no deseados en las jóvenes españolas durante los últimos años demuestra que no todo depende de facilitar el aborto y la contracepción, ni de centrar la educación sexual sólo en métodos y técnicas de «sexo seguro». Nadie en su sano juicio puede afirmar que la juventud española no esté al tanto, a estas alturas, de los riesgos de embarazo y de transmisión de enfermedades sexuales. Lo que está fallando en la educación de los jóvenes es la inculcación de un elemental sentido de la responsabilidad individual, que haga ver que ciertos comportamientos tienen consecuencias muy importantes y que la sexualidad no es simplemente un rato de ocio en fin de semana, sino una proyección de la personalidad y la madurez.
Pero cualquier mensaje que reclame de los jóvenes pensárselo dos veces es tabú y queda condenado de antemano. Ahí están las consecuencias de no incorporar a la educación sexual un código de valores que redundaría en beneficio de los propios jóvenes, porque el aborto no hace borrón y cuenta nueva, sino que añade problemas a los problemas.
Por eso es una irresponsabilidad que el Gobierno enfoque la reforma del aborto como una supresión de restricciones. No hay restricción de clase alguna, ni las mujeres son perseguidas penalmente, ni faltan garantías legales. Según el Ministerio de Sanidad, en 2007, se produjeron en España más de 112.000 abortos, cifra que sería imposible si las mujeres no pudieran abortar libremente, gracias al coladero de la indicación sobre los riesgos psíquicos para la salud de la madre. Descartado que la reforma vaya a corregir excesos o evitar abortos, esta nueva ley del Gobierno socialista sólo busca, por un lado, el enfrentamiento social mediante la imposición de un modelo ideológico que divide a los españoles -justificando movilizaciones como la convocada en Madrid el 17 de octubre-, y por otro, la impunidad que tanto desea el lobby de clínicas abortistas. Indeseable liderazgo de España en Europa.
Provida Valencia

Associação de Emergência Nacional

O Ministério da Justiça e do Trabalho e da Solidariedade Social, através da Portaria nº 1111/2oo9, concede autorização para exercer actividade mediadora em matéria de adopção internacional à Associação Emergência Social.
A autorização refere-se aos seguintes países de origem de crianças:Angola;Brasil;Bulgária;Colômbia;Etiopía;Índia;Peru;Polónia.
Veja aqui o blogue da AES.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Não me apetece... outra vez

Aparentemente poderíamos ver esta reportagem como mais um artigo sobre sexo com o mero objectivo de aumentar as audiências do jornal. Porém, a questão é pertinente e vai muito para além da parte meramente sexual em si.
Há que não esquecer que precisamente os países onde há graves problemas demográficos são aqueles em que mais se trabalha e se promove uma concorrência e competição laboral, por vezes, selvagem.
Se a relação conjugal torna-se rara pelos vários motivos referidos no artigo, entre os quais, o stress, o cansaço, o trabalho e até mesmo devido aos filhos, certamente que será mais difícil a tarefa da procriação. Isto não quer dizer que só haja lugar às relações conjugais com o único objectivo da procriação já que estas têm também um fim unitivo entre o casal e não meramente procriativo.
Sem entrar na questão da contracepção uma coisa é certa ou o casal usa os métodos "naturais" de procriação ou usa os "artificiais". E este artigo não deixa de conter sinais alarmantes sobre a "crise" dos métodos naturais de procriação.
E o mais irónico é que vivemos numa sociedade que, embora esteja permanentemente a exultar o sexo e os instintos na publicidade e na cultura, depois, na prática, em muitos dos casais, vive uma um crise de ausência de relacionamento conjugal.
Uma tema interessante, ainda que complexo, para registar e reflectir.

Parabéns ao Javier Calderon e à Paula Pimentel

Parabéns ao Javier Calderon e à Paula Pimentel que, além da sua família numerosa e às suas actividades profissionais, ainda têm tempo para dedicar à associação "Emergência Social" por si fundada que, em Portugal, será a primeira a realizar mediação de adopções internacionais.
Ver notícia do Público

Parabéns e votos de um excelente trabalho !!!

domingo, 27 de setembro de 2009

Governo socialista espanhol prepara-se para aprovar selvajaria em Espanha


Selvajaria em Espanha com total liberalização do aborto até às 22 semanas para mulheres a partir dos 16 anos !


Falhas nos preservativos X

Na Suazilândia, em África, os preservativos são entregues, mas o seu uso e eficácia é um fracasso total !

"(...) Observadores estrangeiros não conseguem entender porque o número [de infecções pelo HIV] continua tão alto", disse Harriet Kunene, do Centro de Apoio à Sida de Manzini, cidade comercial do centro do país. "Há muitos factores que explicam porque o problema é um dilema que perdura e para o qual não existem soluções rápidas e fáceis."
"O desprezo do uso do preservativo foi bastante documentado: um relatório da ONU mostrou que 60 por cento dos Suazis recusam-se a usá-lo. Isto num país onde a prevalência em 2008, segundo a Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas contra o HIV/SIDA) era de 26,1 por cento e no qual uma pesquisa pré-natal realizada no ano passado constatou que 42 por cento das grávidas eram seropositivas. "Muitas mulheres nos dizem que mesmo que no começo do acto sexual elas usem o preservativo, no final ele acaba escorregando ou é retirado. E elas não tem poder algum para insistir", disse Pholile Dlamini, que dirige o escritório da Iniciativa de Aliança de Presidentes de Câmaras para Acção Comunitária sobre a SIDA a Nível Local (AMICAALL, em inglês)".

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Os partidos políticos interessam-se pela FAMÍLIA?


Comunicado

Legislativas e Política de Família


Resultado do inquérito aos partidos concorrentes No passado dia 1 de Julho, a APFN enviou, a todos os partidos concorrentes às próximas eleições legislativas, o inquérito que se anexa, a fim de saber qual a sua posição sobre 10 questões que preocupam as famílias numerosas portuguesas, pedindo resposta até ao passado dia 20 de Julho, conforme nosso comunicado desse dia (http://www.apfn.com.pt/news_detalhe.php?id=117).


Lamentavelmente, e apesar das várias insistências que foram feitas, só foram obtidas, até à data, respostas completas dos partidos CDS-PP (Centro Democrático Social - Partido Popular), MEP (Movimento Esperança Portugal), MMS (Movimento Mérito e Sociedade), MPT (Movimento Partido da Terra), PND (Partido Nova Democracia) e PPV (Portugal Pela Vida) (por ordem alfabética), que se anexam, assim como notas explicativas do CDS e MMS, que também se anexam.


O PCP enviou o seu programa eleitoral que, como todos os outros programas, pode ser consultado no seu site.


Relativamente ao CDS-PP, inclui-se, também, resposta do cabeça de lista da Madeira, uma vez que a autonomia dessa região lhe dá essa possibilidade.


A resposta do MMS é dada pelo candidato pelo Porto Nuno Cravino. À excepção da resposta deste candidato assim como do CDS-PP (Madeira), todas as outras respostas representam a visão do partido respectivo, comprometendo todos os candidatos. A APFN lamenta o desinteresse manifestado pelos restantes partidos, em particular por PS e PSD, partidos que se têm alternado no Governo e, como tal, responsáveis directos pela desastrosa política de família que tem vindo a ser seguida nos últimos 30 anos, razão pela qual Portugal tem vindo a mergulhar num cada vez mais profundo Inverno Demográfico.


Só na actual legislatura, em que foram registadas as quatro mais baixas taxas de natalidade de sempre, o défice de nascimentos foi superior a 240.000, com a agravante de que as mulheres portuguesas em idade fértil desejam, em média, ter mais de três filhos! Só num país com uma desastrosa Política de Família é que é possível tal resultado! Sendo a maioria das famílias numerosas simpatizantes ou militantes dos partidos que as ignoraram e as têm ignorado, a APFN apela aos simpatizantes e militantes desses partidos para que os pressionem a, até à próxima sexta-feira, responderem, em concreto, às questões que não quiseram responder. Apesar do alheamento a que grande parte dos partidos políticos tem mostrado relativamente às questões que, directamente, afectam as famílias com filhos, procurando, pelo contrário, entreter os portugueses com outros assuntos, causa do cada vez maior alheamento dos portugueses à vida partidária que se traduz numa crescente abstenção, a APFN apela a que todos votem no próximo domingo, para o que existe uma grande variedade de alternativas para quantos se encontram desencantados com "os do costume". Por favor, no próximo domingo, votem! A grave situação em que Portugal se encontra necessita da colaboração de todos, no mínimo votando naqueles que acha que melhor nos representarão.


23 de Setembro de 2009

Comunicado APFN.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

NOTÍCIA INTERESSANTE: Portugueses pais de 'baby-boom' em cidade inglesa


Pedro Amaral, um açoriano de 34 anos, tem quatro filhos e ainda admite ter mais. Carina, de 29, está grávida do primeiro e já planeia o segundo. São portugueses que pesam nas estatísticas de nascimentos no Reino Unido.


Em Boston, uma pequena cidade a norte de Londres e perto de Manchester, o número de nascimentos disparou nos últimos dois anos, contrariando a tendência do mundo ocidental. As autoridades locais falam de um novo baby-boom: cada mulher tem em média 2,8 filhos, o dobro da média do país. E quem mais contribui para esse fenómeno são os imigrantes, grande parte portugueses que foram trabalhar para as fábricas locais de armazenamento e exportação de fruta e vegetais, segundo explica o jornal inglês The Guardian.


"Tenho quatro filhos e ainda sou capaz de ter mais", disse ao DN, em tom de brincadeira, Pedro Amaral, de 34 anos, que vive naquela localidade inglesa. Nasceu nos Açores, mas das ilhas já pouco se recorda. "Vim para Boston muito novo e comecei a trabalhar no campo de árvores de fruta", contou. Foi na fábrica onde trabalha agora que conheceu a mulher, Filomena, de 33 anos. O baby-boom da sua terra não o espantou: "Estamos numa zona ainda bastante rural, onde as famílias numerosas são normais."


Já Carina Pacheco, outra portuguesa, de 29 anos, que decidiu emigrar para esta pequena cidade de Boston, está grávida do seu primeiro filho. E não está a viver esta nova experiência sozinha. Partilha-a com mais três amigas, também grávidas pela primeira vez, sendo uma delas portuguesa. "Não foi de propósito, aconteceu. Mas já era de esperar porque estão a haver muitos casamentos por aqui", explicou Carina ao DN. Natural do Porto, Carina mudou-se para Boston há cinco anos, casou há quatro também com um português, e já não tenciona regressar. "Aqui tenho a minha família e amigos e consigo ter uma vida melhor", garantiu a operária fabril.~


Grávida de sete meses e meio, já pensa no próximo filho. "Em minha casa éramos dois e gosto de famílias grandes."


Fonte oficial do Consulado Português em Manchester disse ao DN ter conhecimento do fenómeno, mas adianta não haver dados oficiais sobre os nascimentos.


Segundo estatísticas oficiais, residem naquela região le Inglaterra 200 mil portugueses. "Há 15 anos era só eu e o meu marido e mais um casal. Hoje somos mais de três mil portugueses a trabalhar aqui", contabilizou Julieta Figueira, de 60 anos. , que aqui criou os seus dois filhos.


"Ultimamente são os mais novos que vêm para cá, acabam por casar e ter filhos", referiu a imigrantes, revelando: " Quase todos os meses nascem crianças de pais portugueses." Foi o caso da sua filha Cláudia, que deu à luz há menos de um ano.


De acordo com o gabinete oficial de estatísticas de Inglaterra, esta pequena cidade inglesa, rodeada de céu e planícies, na província de Lincolnshire, apresenta a maior taxa de fertilidade do país. Ela, por si só, contribuiu para fazer subir a média nacional de todo o Pais do número de filhos por mulher: 1,63 filhos em 2001, para 1,96 em 2008. Mais: pela primeira vez na última década, a taxa de natalidade passou à frente da imigração, como a maior responsável pelo aumento da população no Reino Unido.


Mas é precisamente entre as comunidades de imigrantes (do Leste europeu e de Portugal ) que mais têm nascido crianças: no total de nascimentos, cerca de 24% de partos referem-se a mulheres de outra nacionalidade, o que representa um aumento de 6,5% desde o ano passado.


Notícia daqui.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

FAMÍLIA – CÉLULA DA SOCIEDADE

Comunicado da Federação Portuguesa Pela Vida

ELEIÇÕES

FAMÍLIA – CÉLULA DA SOCIEDADE

Neste tempo eleitoral, em face dos programas partidários, constata-se que há diferentes abordagens políticas da Família, como célula base da sociedade geradora de estabilidade, segurança, progresso e felicidade.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem (art. 16.3) diz que “A Família é o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito à protecção da sociedade e do Estado”. Efectivamente, a Família, comunidade estável fundada nos vínculos de sangue e no casamento entre um homem e uma mulher, assiste mutuamente os cônjuges e os filhos, transmite a vida e promove o desenvolvimento pessoal e a integração na comunidade social. Proteger a Família é contribuir para a felicidade das pessoas.

Porém, ultimamente a Família tem vindo a ser atacada por leis, opções programáticas e intervenções públicas que a fragilizam e criam novas formas de pobreza.

Alguns programas nem falam da família, ou só se referem às «novas formas de família», para significar as uniões entre pessoas do mesmo sexo e as formas de desunião familiar.

Ora, o espaço familiar estável, baseado na relação conjugal entre homem e mulher, não será sempre perfeito, mas é claramente do melhor que a humanidade construiu por entre as civilizações, culturas e credos e corresponde hoje ao desejo do coração do homem, por gerar verdadeira felicidade e progresso.

A F.P.V. apela aos eleitores para que estejam atentos no seu voto. A Família é um pilar fundamental da sociedade, que deve ser protegido e promovido sob pena de se condicionar e hipotecar a prosperidade de Portugal e das futuras gerações.

A Família monogâmica, ecológica, e criadora de novas liberdades, é um factor de crescimento económico, de coesão social e de criatividade cultural. A Família não é um problema. É uma solução.

A responsabilidade para com o Futuro é hoje.


A Federação Portuguesa pela Vida


Contactos para a Imprensa:
Jaime Bilbao: tlm 91 266 11 26
Isilda Pegado: tlm 917 227 560

Comunicado que a Federação Portuguesa pela Vida enviou à comunicação social no dia 21 de Setembro sobre: "ELEIÇÕES - FAMÍLIA - CÉLULA DA SOCIEDADE". (Recebido via correio electrónico.)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Esperança está onde menos se espera


Lourenço tem 15 anos e é feliz: é o melhor aluno de um dos mais exclusivos colégios particulares de Cascais/Sintra, tem uma banda e é popular entre as raparigas. O pai, Francisco Figueiredo, é um treinador de futebol que começa a construir uma carreira de sucesso e, apesar de treinar uma equipa modesta, qualificou-se para a final da Taça de Portugal. Mas Francisco é um homem de princípios e não quer ganhar a qualquer custo, o que lhe vai sair caro. É despedido do clube e nenhuma outra equipa o contrata. Todos lhe fecham as portas. E mês após mês, o dinheiro vai-se esgotando. Lourenço tem de deixar o Colégio e passa a frequentar uma Escola Secundária oficial cujos alunos são predominantemente da Cova da Moura. Lourenço, ao mesmo tempo que luta para se integrar numa nova e dura realidade, vai também ajudar o Pai a recuperar a dignidade perdida.
------------------------------------------------------------------------------------

Depois da trilogia debruçada sobre os dramas da Guerra Colonial e da série “Até Amanhã, Camaradas”, adaptação da obra que Álvaro Cunhal escreveu sob o pseudónimo de Manuel Tiago, o realizador português Joaquim Leitão regressa, quatro anos passados, às salas de cinema do país.

Num salto do passado à actualidade, “A Esperança Está onde menos se Espera” reflecte uma outra viragem no registo habitual de Joaquim Leitão: com argumento de Manuel Arouca, o mais prolífico argumentista das séries de ficção nacionais aqui em co-autoria com Tino Navarro, o filme une dois contextos sociais e económicos aparentemente opostos estabelecendo os valores como as pontes entre ambos.

Assim, temos a história de Lourenço, um adolescente que vive a vida luxuosa e confortável que o pai - treinador de futebol do momento- , lhe concede, até ao dia em que este, por desalinhar numa manobra menos idónea a que o dono do clube o quer obrigar, se vê desempregado e irremediavelmente “fora de jogo”.

Com a família desagregada, os amigos a leste e as contas, feitas dívidas, a crescer à volta, Lourenço passa do melhor colégio de Sintra para uma escola pública num bairro periférico e mal afamado. Uma mudança que de início rejeita e o faz rejeitar a atitude do pai, mas que aos poucos o desafia a ver a realidade com novos olhos, a testar os seus valores, a aceitar as boas oportunidades que lhe surgem pela frente e, finalmente, a descobrir nos outros, quer os até aqui incógnitos ou negativamente rotulados, como os amigos que vai fazendo, quer o pai que julgava conhecer, qualidades jamais imaginadas.

Decididamente actual, o filme congrega, numa mensagem simples e em simultâneo, a intensidade do drama da crise que muitas famílias vivem no momento e a frescura do optimismo que revela como as tragédias, bem aproveitadas, encerram em si excelentes oportunidades de mudança... para melhor!

Margarida Ataíde





Daqui e daqui.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

"Sem Desculpas - a Verdade a Respeito da Vida, do Amor e do Sexo"


Parceria entre a COMACEP e a "Focus on the Family". Trata-se de um currículo de Educação Sexual, baseado no princípio da abstinência até ao casamento, fundamentado em valores médicos, de saúde, psicológicos, emocionais, afectivos e espirituais, promovendo um compromisso do adolescente e do jovem consigo mesmo, com o seu futuro conjuge, com a sua família e com Deus.
Consta de um DVD com histórias de vida e depoimentos de técnicos, bem como de um manual de apoio. Neste momento está a ser usado em 67 Escolas Públicas e por 21 líderes de Igrejas. Alguns estabelecimentos de ensino adoptaram o curso para toda a comunidade educativa interessada, envolvendo a decisão dos encarregados de educação.

Informação daqui.

O feto não é uma "coisa"

Discriminar positivamente a família

sábado, 19 de setembro de 2009

O Velho




Parado e atento à raiva do silêncio
de um relógio partido e gasto pelo tempo
estava um velho sentado no banco de um jardim
a recordar fragmentos do passado

na telefonia tocava uma velha canção
e um jovem cantor falava da solidão
que sabes tu do canto de estar só assim
só e abandonado como o velho do jardim?

o olhar triste e cansado procurando alguém
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
a imagem da solidão que irão viver
quando forem como tu
um velho sentado num jardim

passam os dias e sentes que és um perdedor
já não consegues saber o que tem ou não valor
o teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
pra dares lugar a outro no teu banco do jardim

o olhar triste e cansado procurando alguém
e a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
sabes eu acho que todos fogem de ti pra não ver
a imagem da solidão que irão viver
quando forem como tu
um resto de tudo o que existiu
quando forem como tu
um velho sentado num jardim

O "tipo de família" não interessa?


Ontem, o candidato José Sócrates afirmou que "o PS apoia todos as famílias, sem perguntar a que tipo pertencem, que tipo de papel é que têm ou não têm - se tem filhos a cargo, independentemnte do tipo, apoia-as; se tem idosos a cargo, independentemente do tipo, apoia-as!"


Ora, é isto, precisamente, o que a APFN tem vindo a clamar, até já tendo apresentado uma petição com dezenas de milhares de assinaturas e apresentado queixa ao Provedor de Justiça, que deu razão!


Pelo contrário, nesta legislatura, a discriminação contra os pais casados aumentou, razão pela qual há cada vez mais pais casados que se separam para deixarem de ser prejudicados no abono de família e IRS!


Por esse motivo, a APFN: recomenda que o candidato José Sócrates interceda junto do Primeiro-Ministro José Sócrates para que, nas próximas semanas, no tempo que ainda resta da actual legislatura, legisle no sentido de se acabar com toda e qualquer discriminação contra os pais casados; apela a todos os restantes partidos que, no caso de o actual Primeiro-Ministro não seguir as recomendações do candidato José Sócrates, o façam logo no início da próxima legislatura.


Comunicado APFN de 17 de Setembro de 2009

Desta não passa em Portugal...









quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Chocante! Médicos deixam morrer bébé prematuro...

Se é possível ajudar, porque não fazê-lo?
Porque deixaram estes médicos, em Inglaterra, morrer este bébé
prematuro, ignorando mesmo o apelo da mãe para o salvar?!....
Porque ainda não atingira o tempo mínimo de gestação considerado: 22 semanas de gestação...
CHOCANTE! Que mentalidade é esta?... Pessoas ou números?


Amillia Taylor, que nasceu na Flórida, com 21 semanas e seis dias de gestação teve mais sorte. Os médicos julgavam que o seu tempo de gestação era superior e salvaram-na. Esta menina, que irá completar os 3 anos de idade, é o bébé mais prematuro a ter sobrevivido...

Transcrevo abaixo o artigo (em espanhol).

Luís Lopes
-----------------------------------------

Médicos dejan morir a bebé prematuro que nació dos días antes de "merecer" asistencia.
Una madre inglesa vio a su hijo prematuro extremo morir en sus brazos sin asistencia médica alguna debido a que nació con 21 semanas y 5 días de gestación, dos días menos que el mínimo contemplado en los lineamientos sanitarios de Inglaterra.
Los médicos del James Paget Hospital de Norfolk ignoraron las súplicas de Sarah Capewell, quien en octubre del año pasado dio a luz a su hijo Jayden con unos cinco meses de gestación. Los médicos se negaron a asistir al bebé porque le faltaban dos días para cumplir con el requisito establecido en los lineamientos nacionales de la Asociación Británica de Medicina Perinatal, según los cuales debe ofrecerse asistencia solo a los niños que nazcan después de las 22 semanas de gestación.
Capewell declaró al Daily Mail que los médicos que la atendieron en el parto se negaron incluso a mirar al niño, que vivió por casi dos horas sin asistencia médica. El bebé respiraba sin ayuda, tenía fuertes latidos, movía brazos y piernas. Sin embargo, se negaron a trasladarlo a una unidad de cuidados especiales y le dijeron que habrían tratado de salvarlo si nacía dos días después.
"Cuando nació, sacó sus brazos y se impulsó con sus piernas", recordó Capewell y narró que una obstetriz lo describió como un "pequeño luchador".
"Yo llamaba a los doctores pero la obstetriz me dijo que no vendrían a ayudarme y tratara de disfrutar del tiempo con mi hijo", agregó.
Ella arropó a su bebé y le tomó fotos. El niño murió en sus brazos menos de dos horas después de nacer.
Durante el trabajo de parto no le suministraron inyecciones para contener el nacimiento o reforzar los pulmones del bebé, siempre por la misma razón: no tenía 22 semanas de gestación.
Los médicos le pidieron a Capewell, que ya había tenido cinco abortos espontáneos, que tratara este parto como una pérdida y no como un nacimiento. Tras la muerte de su hijo, Capewell sostuvo una fuerte discusión con el hospital por su derecho de recibir certificados de nacimiento y defunción de su hijo, para poder celebrar su funeral.
Dos años antes del nacimiento de Jayden, Amillia Taylor nació en Florida con 21 semanas y seis días de gestación. La niña recibió asistencia médica porque los doctores pensaron que tenía una semana más de edad. La pequeña está por cumplir tres años y se convirtió en la bebé más prematura en sobrevivir.

Apadrinhamento civil.


Foi aprovado um novo regime jurídico que poderá contribuir para a diminuição das mais de 11 mil crianças e jovens a cargo de instituições e que aguardam por uma nova família. Tata-se do "apadrinhamento civil".
Um total de 11 362 crianças e jovens encontram-se institucionalizados em Portugal. O tempo de permanência nas instituições que os acolhem é em média de quatro anos para cerca de metade. No total, 43% das crianças e jovens nestas circunstâncias não têm contacto com a família biológica.
Os dados constam do Relatório de Caracterização das Crianças e Jovens em Situação de Acolhimento de 2007. Mas em breve estes números poderão ser minimizados por um modelo mais dinâmico de colocação de crianças e jovens em famílias.
O "apadrinhamento civil" é uma nova figura jurídica no direito português e pretende promover a desinstitucionalização de crianças e jovens que não vão ser encaminhados para adopção, mas que também não podem regressar à família biológica.
Ver mais aqui

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A ONU vai de mal a pior

A semana passada saíu um documento onde se diz que os jovens devem ter acesso ao aborto livre como forma de diminuir a mortalidade, agora um novo documento que diz que as crianças devem ser ensinadas a se masturbar a partir dos 5 anos de idade !

Está tudo doido !

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Blood Money: O negócio das clínicas de aborto


Documentário sobre o negócio das clínicas de aborto nos EUA.
«Our goal was three to five abortions from every girl from the ages 13 to 18.»
- Carol Everett, antiga proprietária de quatro clínicas de aborto em Dallas, no Texas, E.U.A.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Pensando o futuro


O especialista britânico em cuidados paliativos Ben Zylics defendeu, ontem, em Lisboa, que 80% dos doentes que pedem para morrer fazem-no "por medo".


Falando no simpósio sobre cuidados paliativos que decorreu no Hospital da Luz, Zylics avisou médicos e enfermeiros que "vão aumentar os pedidos de eutanásia no futuro". E os governos serão chamados a tomar decisões éticas sobre o acompanhamento dos doentes em final de vida.


Zylics sublinhou que o medo, o sentimento de abandono e o sofrimento existencial são determinantes para a eutanásia. "As equipas devem apresentar alternativas e clarificar os limites", disse.


O médico, que liderou equipas de cuidados paliativos no Reino Unido e na Holanda - país onde há mais tempo vigora a eutanásia -, apresentou "10 razões pragmáticas" para as equipas médicas se oporem. Segundo disse, o "prognóstico incerto" é uma delas.


"As pessoas podem viver mais do que originalmente esperado", argumentou. Por outro lado, "as pessoas mudam muitas vezes de ideias", acrescentou.


Outra das razões dizem respeito à definição de "sofrimento incontrolável". De acordo com o especialista, "não é possível definir com objectividade ". A manipulação é outro dos obstáculos levantados. "Os pacientes podem manipular - recusar os sedativos e analgésicos - para forçar a eutanásia". O médico considerou ainda que a eutanásia "amputa o processo de aprendizagem" dos médicos e "pode aumentar a pressão da família para que o doente requeira a morte".


O debate sobre a eutanásia está a fazer-se em Portugal. O BE inclui no programa eleitoral a sua legalização e, em Fevereiro, deste ano o socialista Almeida Santos defendeu a realização de um referendo nacional sobre o tema. O assunto não é pacífico nos dois maiores partidos de governo - PS e PSD - fracturando as posições de reserva à legalização. Só o CDS é frontalmente contra, tendo incluído nas listas de deputados a directora de cuidados paliativos do Hospital da Luz, Isabel Galriça Neto.


Notícia daqui.
Ver mais aqui.
Imagem daqui.

Regime do apadrinhamento civil aprovado

Aqui

O aborto clandestino continua

Um dos grandes argumentos que foi utilizado durante o último referendo (para além da "criminalização" das mulheres que depois se veio a saber nunca chegaram sequer a ser presas), foi o acabar o aborto clandestino.
Dizia-se, com a vitória do "sim" termina o aborto clandestino.
Ou seja, três conclusões retiram-se daqui:
- O aborto clandestino mantém-se porque as mulheres querem romper e contornar os procedimentos impostos pela lei, isto é, querem ir sempre mais além do que a lei permite.
- As clínicas que promovem abortos clandestinos já não são "as parteiras de vão de escada" que provocam lesões irreversíveis à mulher. Supostamente, agora, já servem para fazer abortos ilegais em condições de segurança. Aliás, a este propósito, o Correio da Manhã, em 2007 tinha já feito uma reportagem onde referia que a maioria dos agentes que realizavam abortos clandestinos já usavam as técnicas e o equipamento adequado.
- Resta saber se tem existido uma efectiva fiscalização às clínicas privadas (mesmo as que estão habilitadas) para saber até que ponto é que, às vezes, não realizam abortos para além das 10 semanas

Entretanto, os abortos continuam a subir...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dia 9 de Setembro, dia da natalidade

O direito à felicidade e a revisão da ivg


Sócrates e Lousã, no início do debate de ontem, congratularam-se mutuamente pela conquista do aborto livre. Por outras palavras, regozijaram-se com os cerca de 30.000 seres humanos que foram eliminados desde 2007 até hoje.
Sobre esta assunto nunca mais se falou. O Tribunal Constitucional “estranhamente” leva 2 anos para responder a uma fiscalização sucessiva e prepara-se para, invocar a caducidade do pedido, invocando, como desculpa, o fim da legislatura.
Enquanto isso, os restos humanos que jazem na lixeira de uma qualquer traseira de um hospital público estão em silêncio. Seriam futuros professores, polícias, mendigos, toxicodependentes, investigadores, jogadores de futebol, deputados ou até mesmo futuros primeiros-ministros. Para eles, porém, não há direito à liberdade, nem tão pouco à felicidade que Lousã tanto apregoa e enaltece.
Se o PSD for governo, em termos políticos, o resultado do referendo de 2007 não poderá deixar de ser levado em consideração, independentemente daquela que venha a ser (ou não) a decisão do TC sobre o pedido de fiscalização pendente. Mas o resultado do referendo não implica necessariamente um direito ilimitado ao aborto livre, nem um esvaziamento total do direito constitucional à vida.
Torna-se, pois, imperioso rever o actual quadro legislativo que regulamenta a prática da ivg por mera opção levando em consideração a experiência e a denúncia que vários especialistas têm vindo a fazer relativamente a vários abusos que estão diariamente a ser cometidos. Entre estes conta-se a utilização do aborto de forma trivial ou como método contraceptivo, a fuga das mulheres às consultas de planeamento familiar pós-aborto e a não apresentação das alternativas (por ex: adopção, apoio psicológico ou financeiro). Em muitos casos, aliás, as mulheres limitam-se a declarar que foram informadas das alternativas, sem que, na realidade, o tenham sido.
Por outro lado, não se compreende a isenção de taxas moderadoras (facto contestado pelo próprio Vital Moreira); nem muito menos a atribuição de subsídios de “maternidade” pela prática de abortos.
Urge corrigir estes abusos e urge alcançar uma solução de compromisso que torne o aborto livre até às 10 semanas efectivamente, apenas, uma solução rara e de último recurso.
Como alguém dizia “when extra guest arrive for dinner, we don't shoot them, we simply cook more rice”


Original publicado aqui.

O casamento entre homossexuais

Os homossexuais podem casar exactamente nas mesmas condições de todas as pessoas: todos podem unir-se a pessoas do sexo oposto, ninguém pode casar com pessoas do mesmo sexo. A lei é aplicada geralmente, de forma igualitária, sem distinção. Invocar discriminação é puro disparate. Existem é verdade muitos casos de discriminação contra os homossexuais, alguns graves que devem ser combatidos. A lei matrimonial não é um deles.
O que está verdadeiramente em causa é diferente: opiniões sobre a definição de casamento. Todas as culturas em todos os tempos, mesmo se apreciavam a homossexualidade, sempre acharam que casar é a união entre homem e mulher. O PS desde 29 de Julho pensa que não. Estas opiniões, ambas respeitáveis, nada têm a ver com discriminação. O Partido devia ter omitido do seu programa o insulto implícito a todos os que não pensam como ele (incluindo ele próprio que, pelos vistos, foi discriminador desde a fundação).
Quem acha que casamento é entre sexos diferentes (por acaso a esmagadora maioria da humanidade) não comete nenhuma discriminação. Tal como só os membros da Ordem dos Médicos podem exercer medicina ou apenas os aprovados no 12º ano seguem para a universidade, e isso sem desigualdades. As regras são claras, justas e aplicadas a todos sem distinção. Será que, na nova e original definição de casamento que o PS decidiu apresentar, os casais incestuosos ou poligâmicos se podem queixar de discriminação? Essa acusação seria tão tonta como a que se encontra no programa eleitoral.
João César das Neves
Fonte: DN

Vida Intra-uterina

Estas imagens são de uma "coisa" humana ou de um "ser" humano ?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de Setembro)


Ver mais informações aqui (OMS).
Imagem aqui.

Família e casamento na América

A vida familiar em muitos países vem sofrendo mudanças radicais nas últimas décadas. A situação na América é, no entanto, substancialmente pior se comparada com outros países, afirma Andrew J. Cherlin em um livro publicado no início do ano. De acordo com as análises de "The Marriage-Go Round: The State of Marriage and the Family in America Today" (Alfred A. Knopf) os norte-americanos têm adotado modelos contraditórios da vida pessoal e familiar. Ao tempo em que valorizam o compromisso de vida conjunto, enfatizam o crescimento e o desenvolvimento individual.

Cherlin é professor de Sociologia e Políticas Públicas na Universidade Johns Hopkins e passou as últimas três décadas analisando a vida familiar.

O casamento como um ideal cultural tem grande força na América, ele ressalta. De fato, existem programas governamentais de promoção do matrimônio. O feroz debate em torno de propostas para introduzir o casamento homossexual evidencia como o casamento é fortemente defendido por muitos.

No entanto, Cherlin observa que em nenhum outro país ocidental há um período tão curto para o divórcio. Um estudo que aponta que as crianças que vivem com dois pais casados nos Estados Unidos têm um maior risco de sofrer uma ruptura familiar do que as crianças com dois pais solteiros na Suécia.

Cherlin recordou a experiência de alguns anos atrás de Estados que introduziram a opção do Covenant Marriage nas uniões civis, na tentativa de fortalecer a união matrimonial. Em tais casamentos, ambos esposos aceitam mais restrições e dificuldades legais para se divorciar.

Sem pacto

Na época, lembrou Cherlin, ele pensou que talvez até um terço dos casais iria escolher esta opção. A experiência mostra que não. Anos depois, menos de 2% optaram por este tipo de pacto matrimonial em Louisiana e Arkansas.

Mesmo com esta opção de casamento introduzida em Arkansas em 2001, em 2004 o Estado registrou o segundo maior número de divórcios por habitante que qualquer outro Estado -vem apenas atrás de Nevada, um notório destino de divórcio para pessoas de outros Estados.

Ao mesmo tempo, em 2004, Arkansas também teve o terceiro maior número de casamentos por habitante. Arkansas é parte do "Bible Belt", grupo de Estados com membros da Igreja acima da média. De fato, seis dos dez Estados com as maiores taxas de divórcio estão no sul do país -os outros quatro estão no oeste- e todos eles tendem a ser socialmente conservadores.

Assim, enquanto o casamento é visto como algo de grande prestígio na América, Cherlin salienta que a tendência cultural pós-moderna de auto-expressão e crescimento pessoal também é muito influente.

Há sociedades com valores matrimoniais fortes, onde poucas crianças nascem fora do casamento e há baixos níveis de coabitação. A Itália é um caso assim, diz Cherlin. Depois, há países com uma cultura que coloca um alto valor no individualismo, como a Suécia. Somente nos Estados Unidos, no entanto, estas duas tendências culturais coexistem.

Como resultado, os norte-americanos valorizam a estabilidade e a segurança do casamento, mas eles também acreditam que os indivíduos que estão insatisfeitos com seus casamentos devem ser autorizados a encerrá-los.

Estatísticas

Isso se reflete nas estatísticas sobre o casamento nos Estados Unidos, Cherlin salienta. A porcentagem de pessoas que desejam o casamento está próxima de 90%, superior a outros países. No entanto, a América tem a maior taxa de divórcio do mundo ocidental, ainda maior que países como a Suécia.

Metade de todos os primeiros casamentos ocorre pela idade dos 25 anos nos Estados Unidos, comparados aos 29 anos de idade na Itália, 30 na França e 31 na Suécia. A coabitação também começa mais cedo para os americanos do que em muitos países europeus.

Os casamentos nos EUA também se desfazem em taxa superior. Quase metade dos casamentos termina em divórcio no país. De fato, depois de apenas 5 anos, mais de um quinto dos norte-americanos que se casaram já estão separados ou divorciados. Entre aqueles que começaram coabitando, mais da metade tinha quebrado o vínculo no tempo de 5 anos, números muito mais elevados que em outros países.

Nos Estados Unidos, 40% das crianças nascidas de pais casados ou que coabitam vivenciam a experiência da separação até os 15 anos. Na Suécia, a taxa é de 30%. Em outros países, está ao redor de 20%.

Após as dissoluções, os norte-americanos também são mais propensos a buscar um novo parceiro. Quase metade das crianças que viveram o rompimento vê a entrada de um outro parceiro em casa no prazo de três anos, uma proporção muito maior que em outros países.

Casamentos frequentes, divórcios frequentes, coabitação de curto prazo, isso é o que cria grande turbulência na vida familiar norte-americana, de acordo com Cherlin. O que ele chama de ‘turnos de divertimento' das famílias americanas é mais que uma peculiaridade estatística, ele mesmo destaca.

O impacto sobre as crianças é particularmente preocupante. Algumas crianças experimentam grandes dificuldades de adaptação às mudanças de parceiro. As crianças cujos pais voltam a casar não têm os mesmos níveis de bem-estar que as crianças em famílias estáveis.

Padrastos interrompem as relações existentes entre pais e filhos; e mudanças repetidas de pais ou parceiros afetam o desenvolvimento emocional das crianças.

Mudanças dramáticas

Observando os últimos 50 anos, Cherlin abordou as mudanças dramáticas na família e no casamento. Na década de 50, ter filhos fora do casamento era uma experiência vergonhosa, enquanto hoje é comum. Morar junto antes do casamento era algo muito raro, mas hoje não viver junto antes do casamento é a exceção.

O casamento ainda é considerado algo importante, Cherlin admite, mas agora é visto como uma opção. Além disso, observamos um declínio sem precedentes à consideração do casamento como a única união aceitável para ter relação sexual e educar os filhos.

Cherlin destaca que ele não está defendendo um retorno a um modelo idealizado de vida familiar de 50 anos, nem seja contra a tendência ao individualismo. O que ele conclui é que os norte-americanos precisam ter cautela e dedicar mais tempo a considerar suas decisões sobre casamento e vida familiar.

Ao mesmo tempo, ele não tem esperança em qualquer grande mudança imediata. Cherlin salienta que, ainda que os Estados Unidos sejam um país fortemente religioso, o divórcio tem sido há tempos parte da cultura, tendo sido legalizado muito antes do que na Europa.

O desafio, ele afirma, é encontrar uma maneira de minimizar os efeitos indesejados do individualismo. O modo de fazer isso não é óbvio, ele admite. Mas reconhece que famílias estáveis proporcionam um melhor ambiente para as crianças do que outras modalidades.

O problema é que muitas pessoas hoje vêem o casamento de um ponto de vista diferente, encarando-o como uma relação privada centrada nas necessidades dos adultos para o amor e o companheirismo. "Esta visão pós-moderna de relacionamento está muito difundida", Cherlin admite.

Como resultado, é duvidoso que a promoção governamental do casamento ou as alterações nos programas de bem-estar serão capazes de produzir um impacto substancial sobre as estruturas das famílias.

Sem dúvida o apelo de Cherlin para que as pessoas tenham mais cautela e dediquem mais tempo ao fazer suas escolhas quando se trata de casamento é um bom conselho. Pode-se apenas imaginar, no entanto, qual diferença irá fazer. A verdadeira solução é mudar as expectativas culturais e sociais e os valores que orientam as prioridades das pessoas. Conseguir esse tipo de transformação da sociedade é de fato um desafio.
Texto daqui.
Imagem daqui.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

OCDE diz que Portugal investe pouco nas crianças

Portugal não aparece bem posicionado no relatório da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) sobre crianças, mas tem desenvolvido «políticas públicas que vão de encontro a todas as recomendações» feitas agora pela organização, defendeu hoje fonte governamental.

As conclusões do relatório Doing Better for Children, divulgado terça-feira pela OCDE, coloca Portugal entre os países desenvolvidos que menos investem nas crianças: surge em 19º lugar numa lista de 26 países.

No entanto, os resultados agora apresentados são baseados no cruzamento de um conjunto alargado de indicadores já desactualizados, sublinhou a secretária de Estado da Reabilitação, em declarações à agência Lusa.

Idália Moniz frisou que «o impacto das políticas e todo o trabalho que tem sido desenvolvido» pelo actual Governo «não está ainda reflectido no documento, uma vez que este se baseia em dados que vão desde 2003 a 2007».

No estudo pode ler-se que, em 2003, os países da OCDE gastavam, em média, cerca de 88.667 euros por cada criança com menos de 18 anos. Portugal, que investiu cerca de 61.786 euros, surge ao lado de Espanha, Nova Zelândia, Hungria e Japão.
Ao analisar o relatório, Idália Moniz entende que a atenção deve focar-se essencialmente no conjunto de recomendações feitas pela OCDE. E, nesse campo, defende, «Portugal está a desenvolver políticas públicas que vão ao encontro de todas as recomendações».

«Investir nos primeiros anos de vida» é a primeira medida sugerida e a secretária de Estado recorda a criação de mais de 200 creches que vão criar 13 mil novos lugares para os mais pequenos.

O aumento do abono de família e a criação dos subsídios pré-natal e social de maternidade são outras das medidas do actual Executivo cujos resultados ainda não estão reflectidos no documento divulgado esta terça-feira, lembra.
«Não se reflecte aqui o incremento na melhoria da educação com as actividades extracurriculares, como o inglês, a música, a educação física ou o estudo acompanhado», acrescenta ainda Idália Moniz, lembrando também as isenções fiscais para quem tem filhos dependentes e a aposta na formação parental.

Fonte: DD

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"A eutanásia não é a resposta", de David Cundiff


A Eutanásia Não é a Resposta de David Cundiff - Instituto Piaget

A eutanásia é mesmo uma opção razoável? As dores e o sofrimento de um paciente têm de ser prolongados a fim de preservar a vida, sem olhar a qualidade dessa vida? Para David Cundiff, nenhuma dessas situações é necessária. Os pacientes podem viver os seus últimos dias com um relativo conforto, com o amor e o apoio da família, dos amigos e dos profissionais de saúde.
A Eutanásia não é a Resposta mostra como os doentes terminais, em especial os que sofrem de cancro ou SIDA, podem viver com conforto e dignidade até à morte. Demonstra como o uso adequado dos modernos medicamentos para a dor pode aliviá-la e impedir o desespero que solicita a eutanásia. E como o serviço dedicado prestado pelos hospitais de retaguarda pode possibilitar que aqueles doentes levem uma vida com significado até ao fim.
Uma obra escrita com inteligência e profunda compreensão baseada na experiência pioneira do autor em termos de cuidados de hospital de retaguarda. Mas, sobretudo, redigida com sensibilidade e respeito. Utiliza casos reais e uma convincente análise médica e socioeconómica.
Livro fundamental que acrescenta uma nova dimensão à preocupação que a sociedade denota pela dor e sofrimento dos moribundos, esclarecendo as questões-chave associadas à eutanásia e aos hospitais de retaguarda, apresentando-os numa nova perspectiva, mostrando que a abordagem de pacientes terminais deve passar, necessariamente, pela prestação de apoio carinhoso e no alívio da dor, em contraponto a uma medicina «heróica» baseada em tecnologia de ponta.


Críticas de imprensa

«Como alternativa ao crescente movimento a favor da legalização da eutanásia e suicídio assistido dos doentes terminais... o oncologista Cundiff defende acerrimamente o programa dos hospitais de retaguarda... defende que a maioria dos doentes terminais receia mais a dor do que a morte e cita casos em que o sofrimento não mitigado em hospitais de tecnologia de ponta, frequentemente agravado por exames de diagnóstico, tentativas fúteis e dolorosas de ressuscitação e sistemas de manutenção das funções vitais, leva os pacientes a solicitarem a eutanásia... Cundiff propõe eloquentemente mudanças de base no nosso sistema de cuidados de saúde que encorajariam a criação de programas de hospital de retaguarda, em que a morte é considerada uma fase normal da vida a ser atravessada com um mínimo de sofrimento, acompanhada pelo apoio psicológico na busca de um crescimento espiritual. Cundiff também defende que a criação de mais hospitais de retaguarda reduziria o levado custo dos tratamentos dos doentes terminais.» (Publishers Weekly)
Informação daqui.

Simpósio Cuidados Paliativos: Perspectivas Éticas e Clínicas


Localização: Auditório do Hospital da Luz
Data: 10 de Setembro de 2009


O Hospital da Luz promove, dia 10 de Setembro de 2009, no seu Auditório, o Simpósio Cuidados Paliativos, subordinado ao tema “Perspectivas Éticas e Clínicas”.


O evento, é dirigido a todos os profissionais de saúde interessados neste tema e a inscrição é gratuita.


Este Simpósio tem como objectivo contribuir para o esclarecimento sobre os Cuidados Paliativos e alertar para a necessidade de adoptar atitudes facilitadoras da resolução dos problemas dos doentes em fim de vida e dos seus familiares.


Serão abordados os seguintes temas:

- Os Fundamentos dos Cuidados Paliativos;
- Controlo Sintomático;
- Questões éticas em final de vida: eutanásia, sedação paliativa e futilidades terapêuticas;
- Painel Interface dos Cuidados Paliativos com outras especialidades no Hospital da Luz: discussão de casos clínicos.



Mais informações: aqui.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Natalidade: Pais desistem dos filhos que planearam

Sempre que foi mãe, Marta tirou licenças sem vencimento até os filhos terem três anos, para conhecê-los melhor. Em contrapartida, por falta de dinheiro e de condições de trabalho, muitos casais desistem das crianças que inicialmente planeavam ter.

Segundo um relatório divulgado este mês pelo Eurostat, o instituto de estatísticas da União Europeia (UE), em 2008 a população portuguesa registou um saldo positivo de apenas 310 pessoas: nasceram 104 590 bebés e morreram 104 280 pessoas.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) assinala, por seu lado, que 13 em cada 100 destes bebés tinham pelo menos um pai estrangeiro, o que revela que os imigrantes estão a ter um papel importante no aumento da natalidade no país: nasceram 13 808 bebés com pelo menos um pai estrangeiro e 90 786 crianças com pai e mãe portugueses.

Apesar de medidas recentes do governo no apoio à natalidade, o índice de filhos por mulher em 2008 foi apenas de 1,37 em Portugal, quando em França, o país da Europa onde se tem mais filhos, cada mulher teve, em média, 2,2 bebés, revela o Eurostat.
Acima desta média, Marta foi mãe há 14, 13 e oito anos e optou por ficar em casa, com uma licença sem vencimento para apoio à família, até cada um dos filhos completar os três anos.

«Quando eles nasceram eu não os conhecia bem e queria conhecê-los melhor: queria ser eu a ensiná-los a falar, a comer e a serem autónomos», explicou esta jornalista.

Na altura, as pessoas estranharam muito esta decisão, porque «pelos vistos ninguém nunca tinha feito este pedido e a lei, de 1994, era praticamente desconhecida, até na própria Segurança Social».

Deixou de entrar um salário em casa, mas, feitas as contas, «não pagava infantários, nem transportes, nem comida fora de casa» e estava a ensinar os filhos a serem autónomos.

«Quando regressei ao trabalho, nunca ninguém me disse nada, mas olhavam para mim como se eu tivesse parado nas fraldas, principalmente os colegas masculinos», considerou.

Hoje, os gastos com três filhos «são comportáveis, apesar de exigirem muitas opções».


Um estudo da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, apresentado em Maio, diz que mais de cinquenta por cento das portuguesas gostariam de ter mais filhos do que aqueles que têm.


O mesmo estudo realça que os inquiridos «têm 'vincada a percepção de que os filhos são caros» e consideram como muito significativo ter um trabalho que permita acompanhar os filhos.


Rui, assistente administrativo, tem três filhas, a mais nova apenas há um mês, e gostaria de ter «mais um ou dois filhos, mas é inviável».


As crianças de Rui vão partilhar o mesmo colégio de uma instituição de Solidariedade Social, comparticipado pelo Estado, onde há descontos de cinco por cento na mensalidade ao segundo filho e de dez por cento ao terceiro.

«Temos ordenados médios, o orçamento tem de ser muito bem gerido e actualmente há coisas de que temos de prescindir. É inviável ter mais filhos», afirmou, salientando que os incentivos do governo à natalidade são «demasiado pontuais» e talvez sirvam «às pessoas de baixos recursos, mas não ajudam a classe média, que continua num impasse».

Foi o trabalho que fez com que Patrícia ficasse apenas com uma filha, actualmente com nove anos.

«Inicialmente, sempre idealizei a minha vida com vários filhos e quando a minha filha fez cinco anos voltei a ter vontade de ser mãe, mas o meu marido disse-me que não, devido aos nossos horários loucos de trabalho», contou.

O seu emprego como lojista em centros comerciais e o do marido numa fábrica têxtil ocupam parte dos fins-de-semana e cortam o tempo para a família.

«Neste momento nem me passa pela cabeça ser mãe novamente. Não é a questão económica: temos falta de tempo», explicou.

Notícia daqui.

Imagem daqui.

Portugal tem menos bebés

Ler aqui.