domingo, 13 de fevereiro de 2011

O efeito das imagens


A recente e brutal fotografia de uma mulher afegã mutilada no seu nariz e nas suas orelhas pelo seu marido ganhou recentemente um prémio internacional. Entenderam os especialistas que este tipo de fotos ajudam a denunciar os horrores que estão por detrás dessa imagem.
Porém, já quando se trata do aborto, há uma quase unanimidade em considerar que a exibição de fetos desfeitos pela sua prática não deve ser feito pelo horror que isso poderá causar junto da opinião pública e, em particular, das crianças. A própria plataforma “Não Obrigado” que fez campanha contra o aborto no último referendo de 2007, recusou-se a exibir essas imagens.
Ainda há poucas semanas atrás, foi instaurado um processo de averiguações contra o Partido Portugal Pró-Vida por ter ousado exibir fotos de abortos no seu tempo de antena televisivo.
Não deixa, porém, de ser curiosa esta dualidade de critérios, uma mulher desfigurada pode ser exibida e até ganha um prémio, já um feto desfigurado não pode ser exibido.

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