domingo, 22 de novembro de 2009

Imprima e assine a petição para o referendo acerca do casamento homossexual

Petição Plataforma Cidadania e Casamento

4 comentários:

Unknown disse...

Sou totalmente contra o referendo. O facto de duas pessoas do mesmo sexo se casarem em nada interfere nem com a minha liberdade nem com a liberdade de terceiros. Acho que a abertura do casamento civil a pessoas do mesmo sexo é um passo natural, embora muito tardio, enquanto evolução civilizacional da nossa sociedade. Trata-se de uma questão de liberdade de acesso a um estado civil, por parte de pessoas que devido à sua orientação sexual nunca o poderiam aceder, com todos os prejuízos daí decorrentes para essas mesmas pessoas em detrimento de outras.
Para mim a questão é tão óbvia que julgo que não haverá direito a discussão.

Anónimo disse...

o que me parece, José, é que está a confundir as coisas: evidentemente que pode aceder ao estado civil de casado e não há ninguém em Portugal que o impeça de o fazer (se tiver a idade mínima prescrita, &c.). e nisso não é diferente de todos e cada um dos outros portugueses. é tão discriminado como eu ou qualquer pessoa: ou seja, não é discriminado.

o que a lei não prevê, é que ao relacionamento, qualquer, de uma pessoa, qualquer, com outra do mesmo sexo, qualquer, com uma ou mais que uma (e agora, coloquemos aqui um discreto e prudente "&c."), ou com idade inferior à estipulada pela lei (mesmo que queira muito e ache que está senhora de todas as capacidades) seja equiparado ao casamento. nem sequer se forem irmãos/irmãs: o José concordaria também com a intenção de um suposto "lobby dos irmãos e das irmãs que querem casar entre si" a reinvindicarem esse "direito"?.

e isto não é discriminatório: aplica-se ao José e à minha pessoa e a qualquer outro cidadão. não discrimina ninguém, porque é assim para toda a gente sem distinção.

o seu raciocínio penso que se poderia ajustar a outra situação totalmente diferente: referendar a homosexualidade. ora não é isso o que se está a tratar nesta questão: aqui está-se a tratar do maior atentado à família e à sua expressão pública, o casamento.

cumprimentos, lourenço

Anónimo disse...

Caros membros da Plataforma Algarve Pela Vida, agradeço o envio do e.mail, para subscrever a petição, mas sinceramente julgo lamentável existirem cidadãos como os senhores, pelo que sei bem formados, mas que se dão ao trabalho de requerer um referendo destinado a decidir pelos outros.
Adoraria mesmo participar num debate acerca desta matéria.
Está um cavalo de batalha armado, em torno do casamento gay, o qual para mim não tem maldito jeito.
Então agora eu teria de ir votar num referendo, expondo a minha opinião sobre se pessoas do mesmo sexo podem ou não casar? Eu não tenho nada que ver com a vida de terceiros, assim como também ninguém vai referendar se os heterossexuais podem juntar-se, casar ou ter mais que um parceiro/a parceira.
Meus senhores o que cada um quer para si, desde que maior de idade para tal, só a esse indivíduo diz respeito, eu é que não tenho que votar se os homossexuais podem ou não oficializar uma relação, até porque sou completamente a favor do casamento gay, como heterossexual que sou.
Não há discussão possível para tal assunto. A adopção que surge por arrastamento, a seu tempo se tratará, não inventem para aqui questões que neste momento, não estão em “cima da mesa”, neste momento trata-se de deixar a comunidade gay e lésbica poderem decidir o que querem para si, como qualquer outro casal normal.
Neste momento estes casais não têm quaisquer direitos se um falece ou fica doente. A questão do “ser gay está na moda”, é típico, dos falsos moralistas e hipócritas, que não sabem sequer o que os filhos andam por aí a fazer. Se o casamento gay entrar em vigor, deixará de ser noticia e já agora, atitudes provocatórias e que ofendam a sensibilidade dos outros existem em todos os grupos, sejam, gays, lésbicas, heterossexuais, transexuais ou o que mais quisermos encontrar por aí.
Cumprimentos
Sofia Minhalma

MRC disse...

Sofia,

Como compreende, nós temos uma posição diferente. Não temos uma visão individualista e fragmentada da sociedada em que cada um faz o que quer. Entendemos que há situações que, pela sua natureza e importância, ultrapassam a própria esfera individual. A questão do casamento e da adopção por pessoas do mesmo sexo tem implicações do ponto de vista jurídico, familiar, educativo e do ponto de vista das crianças e em particular ao nível da adopção que devem ser objecto de estudo e reflexão. E daí a nossa proposta de referendo.
Em particular, pretende-se discutir a possibilidade de alargamento do direito de adopção aos futuros casais do mesmo sexo, o que aconteceria, como consequência jurídica automática, em face do disposto no actual artigo 1979º, nº1 do Código Civil.
Portanto, como vê, esta questão não tem só a ver com o umbigo de cada um; tem também muito a ver com aquilo que queremos fazer em termos de família, educação e protecção das crianças.
Quanto às formas de discriminação que muitos gays e lésbicas hoje possam ser alvo, penso que não será pela adulteração da definição do conceito de "casamento", deturpando o seu conteúdo de forma a englobar a união, por natureza, estéril entre pessoas do mesmo sexo que se encontra a solução. Os direitos de visita em hospitais ou os direitos sociais em caso de doença, etc pode ser igualmente obtido sem a necessidade de sacrificar um conceito comunitário a favor dos interesses de uma minoria.
Cumprimentos,
Miguel Reis Cunha