quarta-feira, 18 de novembro de 2009

De que precisam as crianças para serem felizes?


Aproxima-se mais um Dia Mundial da Criança (20 de Novembro)!


Em toda a parte se falará do seu direito à felicidade.

Por cá também, e ainda bem!


Mas sejamos simples e descomplicados,

E sem corrermos atrás de modas e chavões,

perguntemo-nos apenas:

Mas de que precisam afinal, as nossas crianças, para serem felizes

e crescerem saudáveis?


De uma Playstation? De um Nintendo?

De um plasma gigante no meio da sala,

de um televisor no quarto,

de um telemóvel no bolso e de um hipod na mão?

De um “Magalhães” que as torne mais iguais a todos os meninos da escola?

De uma conta bancária que cresça com elas?

De uma Linha telefónica para pedir socorro, quando os pais lhes baterem?

De mais e redobrada protecção contra todos os vírus à solta?

De novas aulas de Educação Sexual, muito precoces, muito explícitas, muito práticas,

muito “bem orientadas”, em salas de aula, último grito em equipamento, luz e cor?

De escolas grandes, renovadas, espaçosas, cheias de janelas basculantes,

confortáveis auditórios climatizados e modernos ginásios?

Sejamos simples e descomplicados,

Que em tempos de crise – como os nossos –

convém resumir as necessidades supérfluas

e focarmo-nos no essencial…


Sejamos simples e descomplicados…


Convenhamos que tudo isto pode fascinar, atrair e “encher o olho”…

Até dar votos e pôr as crianças a rir durante algum tempo…


Mas aquilo de que cada criança, verdadeiramente, necessita para ser feliz é de…

Ter um pai e uma mãe que procurem amar-se e entender-se,

Não a prazo, mas para sempre,

Pais com trabalho, sim, mas também com tempo para ser família,

Pais que se esforcem por estar de acordo sobretudo quanto à sua educação…

Que lhe dêem carinho, atenção e segurança,

Que a motivem e apoiem com o seu aplauso e louvor,

Que a corrijam com ternura e firmeza,

Que - se possível - a acompanhem nos seus estudos, dificuldades e progressos,

Que sempre confiem nela,

E que ela possa sempre confiar neles,

Que a preparem para enfrentar perigos e desafios,

Mas não a superprotejam, nem a abafem,

Que lhe ensinem a conquista gradual da liberdade,

mas sempre assente na responsabilidade,

Que a encaminhem para a vida em sociedade,

Facilitando-lhe laços fortes de solidariedade,

Se possível, com irmãos, avós, tios, primos e amigos.

Enfim, que lhe ofereçam diariamente – qualquer que seja a sua idade –

Bons exemplos, valores, convicções e uns braços sempre abertos

Para a acolher e abraçar,

Quando houver dores e tormentas, ou simples alegrias a partilhar!


Mensagem APFN - Associação Portuguesa de Famílias Numerosas

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