sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Número de abortos está a aumentar


"Os dados oficiais relativos ao primeiro semestre deste ano vão ser apresentados amanhã, em Lisboa, no II Encontro de Reflexão sobre a IVG, e permitirão perceber em detalhe a evolução desta realidade no país. Os últimos números divulgados pela Clínica dos Arcos (referentes aos primeiros oito meses deste ano) apontam para um total de 4183 IVG, mais 678 do que no mesmo período de 2008.

É para esta clínica privada que são encaminhados os pedidos dos hospitais onde quase todos os médicos são objectores de consciência, como é o caso do Amadora-Sintra e do Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa.

No Amadora-Sintra, o acréscimo de mulheres que aparecem na consulta de Ginecologia com pedidos para abortar tem sido significativo. Nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve mais 212 IVG. Os maiores acréscimos verificaram-se em Pêro Pinheiro, Reboleira, Venda Nova e Rio de Mouro.

"É expectável que o número de IVG continue a aumentar por várias razões", explica Maria José Alves, da Maternidade de Alfredo da Costa, que defende que os dados oficiais não podem ser olhados "a seco". "É preciso ver como e onde isto está acontecer", frisa, notando que os registos dos serviços melhoraram e que é natural que mulheres que antes abortavam clandestinamente se dirijam cada vez mais aos hospitais para o fazer porque sabem que serão bem atendidas. Manuel Hermida, director do Serviço de Obstetrícia do Hospital de Garcia de Orta, acredita também que o aumento decorre em parte da percepção de que a legalização "permite fazer as coisas de outro modo", tal como Paulo Sarmento, administrador da Maternidade de Júlio Dinis (...)"


Fonte: Público


Nota:

TUDO AQUILO QUE OS OPOSITORES DO "NÃO" INVOCARAM A PROPÓSITO DO REFERENDO QUE LIBERALIZOU O ABORTO ESTÁ A ACONTECER:


- O NÚMERO DE ABORTOS PROGRESSIVAMENTE A AUMENTAR,

- O RECURSO AO ABORTO COMO MEIO CONTRACEPTIVO,

- A AUSÊNCIA OU POUCA DILIGÊNCIA NA ADOPÇÃO DE MEDIDAS QUE PREVINAM AS GRAVIDEZES INDESEJÁVEIS

- A NÃO PROMOÇÃO JUNTO DAS GRÁVIDAS DE MEDIDAS DE APOIO ECONÓMICO OU DE INCENTIVO À ADOPÇÃO


Miguel Reis Cunha

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