domingo, 26 de maio de 2013

O apoio do pai na sala de partos

 A necessidade da presença do acompanhante durante o trabalho de parto é amplamente reconhecida, porém a sua aceitação como a prática ainda vem sendo discutida. Conscientes da importância que a vivência do parto representa no ciclo vital da mulher e família, todos os técnicos que desempenham funções na sala de partos devem consciencializar-se desse facto ajudando. A presença do pai e o seu apoio, transmitem à mulher uma segurança afectiva que funcionará, durante o trabalho de parto como um tranquilizador.
O presente trabalho encontra-se dividido em duas partes.
Na primeira parte, foram abordados aspectos teóricos, que de certo modo, servem como suporte ao desenvolvimento da pesquisa.
A segunda parte é o desenvolvimento da pesquisa. Incluem-se os fundamentos e procedimentos metodológicos de acordo com a natureza da investigação. A amostra é composta por participantes do sexo feminino (163) que se encontram no período pós-parto, (24, a 48h) e cuja média de idades situa-se no grupo etário dos 25-30 anos, às quais foi solicitado o preenchimento de um questionário de caracterização sócio-demográfico, questionário de saúde Geral (Goldberg 1978), Escala de avaliação da ansiedade, depressão e stress, EADS de Lovinbond, e o Questionário de bem estar na vivência de parto. Este último instrumento construído por nós, e validado neste estudo.
Por fim e também construído por nós um questionário de envolvimento do pai nos cuidados ao recém-nascido.
Participaram também neste estudo os pais (80) presentes na sala de parto.
Alertamos para a importância de alguns resultados encontrados, tendo em conta as variáveis principais, nomeadamente, o apoio do pai na sala de partos diminui os níveis de stress da mulher em trabalho de parto, promove o bem-estar no processo de vivência de parto, assim como promove o envolvimento nos cuidados ao recém-nascido, nas primeiras duas semanas a seguir ao nascimento. O mesmo apoio do pai na sala de partos não interfere com os níveis de ansiedade e depressão, e percepção de saúde geral. Relativamente às variáveis secundárias, destacamos que são as mulheres primíparas que mais usufruem do apoio do pai na sala de partos e que (90,8%) dos pais acompanharam a mulher nas consultas.
 
Maria José Brito
Tese de mestrado UALG

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