domingo, 26 de setembro de 2010

Textos rádio Costa D'Oiro



Dia 27 (2ª feira)
Uma recente sentença do Supremo Tribunal espanhol surpreendeu ao considerar que por uns pais ficarem prejudicados, por os médicos não terem aconselhado o aborto e se considerar provado que os pais teriam querido abortar o filho caso fossem avisados de que este poderia sofrer um síndrome de Down. Por isso, cada um dos pais vai receber 75.000 euros de indemnização por o filho ter nascido e estar vivo, mais uma pensão vitalícia de 1.500 por mês enquanto a criança não morrer.O mais curioso, e mais terrível, como notaram vários comentadores é que em Espanha nenhuma família com um filho afectado pela síndrome de Down recebe 1.500 euros mensais para o cuidar (a título de despesas com o logopeda, o colégio especial, o psicólogo...). Para apoiar a vida o Estado não ajuda absolutamente nada! Mas a decisão do Supremo não altera isso. Não pretende impor à sociedade nenhuma obrigação de ajudar as famílias, apenas decide que os médicos devem matar os deficientes e, caso o controlo de qualidade dos bebés não funcione, precisam de indemnizar os pais, por o filho nascer vivo. Segundo o tribunal espanhol, a tristeza dos pais vale 150.000 euros. E a perturbação ocasionada por o filho sobreviver é de mais 1.500 euros por cada mês, enquanto a situação se mantiver.Não haverá qualquer coisa de decadente nesta cultura da morte?


Dia 28 (3ª feira)
Com a crise que se vive, urge encontrar formas de poupar e fazer-lhe frente sem desesperar!
Se for ao site da RTP pode ver ou rever um programa na RTP2 com o tema “Famílias: manual de sobrevivência à crise”. Aí encontrará sugestões para: actividades gratuitas,facilidades, reciclagem, tarifa familiar da água para consumo doméstico, truques de poupança (água, alimentação e supermercado, crédito à habitação, electricidade, energia, seguro do carro, telemóvel, ensino).
Com esta ajuda pode evitar gastos supérfluos e assim viver feliz gerindo da melhor maneira o que tem!


Dia 29 (4ª feira)
Nas palavras de Octávio Morgadinho “Peregrinar, metáfora da condição humana, é prática que atravessa tempos, culturas e religiões.
Os lugares sagrados são símbolo do destino humano, antecipação da meta definitiva dos crentes em vivências de interioridade, reconciliação e purificação.
Peregrinar é caminhar em direcção ao absoluto norteado pelos seus valores. A peregrinação tem destino marcado, caminhos sujeitos à incerteza da itinerância.
Caminhando, se faz caminho. Peregrinar é relação e encontro. Relação entre pessoas, partilhando a identidade de crenças e objectivos, diferentes no carácter, atitudes e expressão de valores.
Cada um, no seu dia-a-dia, por vezes tão atribulado e sem sentido, devia procurar tempo para “peregrinar” no silêncio e revitalizar o seu ser.


Dia 30 (5ª feira)
Temos apenas dois braços e dois pés, dois olhos, dois ouvidos e uma boca. Temos uma só cabeça. Isso deveria ser suficiente para percebermos que não precisamos mais do que o necessário para a nossa dimensão. O excesso é resultado de uma desestruturação da pessoa e da sociedade.(…) A publicidade e o marketing têm uma influência esmagadora nas pessoas, e tornam-se cada vez mais sofisticados, lançando mão de técnicas que alienam e manipulam os segmentos de mercado, desde a mais tenra infância. São gastos anualmente milhões de euros em pequenos spots que geram na mente, no coração e na vontade do público uma necessidade pelo produto que se quer vender. As marcas controlam as decisões e as escolhas. Das crianças, aos adolescentes e jovens, até aos adultos e idosos, as classes sociais afirmam-se pela exibição das marcas das roupas que vestem, dos meios tecnológicos que usam, dos carros que conduzem. A pressão exercida nas famílias pelos filhos, ou até mesmo por um ou por ambos os cônjuges tornam-se insuportáveis, criam conflitos, originam clivagens, levam muitas vezes à acumulação de dívidas, de compras a crédito, e finalmente até ao colapso financeiro, ao divórcio, à frustração. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser, mais a aparência do que a essência, mais os sinais exteriores de riqueza do que a generosidade. Arq. Samuel R. Pinheiro


Dia 1 (6ª feira)
Uma oportunidade para apreciar a Ria de Alvor em família!
Esta zona de elevado interesse ecológico e natural vai ser palco de mais uma iniciativa da Câmara Municipal de Portimão nos dias 3 e 5 de Outubro com a observação de algumas aves que escolhem a Ria de Alvor como habitat. Um passeio a não perder, um local a descobrir... em Portimão! As inscrições devem fazer-se hoje para: Câmara Municipal de Portimão Dept. Ambiente Tel.: 282 480 412.Esta actividade inicia ás 7h30 com a Sessão de Anilhagem de Aves na Associação “ A Rocha”, seguida do passeio para observar avesonde o ponto de encontro é o Parque de estacionamento da Quinta da Rocha pela 9H30.Aconselha-se o uso de vestuário e calçado confortáveis, protecção solar, binóculos e água.


Dia 4 (2ª feira)
Vai-se tornando bastante comum ouvir este tipo de pergunta feita por pais. No entanto, este não é um tema novo. Sempre foi difícil atravessar as mudanças da adolescência lado a lado com os cuidados e restrições das gerações mais idosas. No âmbito do aconselhamento, não interessa ver quem é que mais precisa de mudar. O que realmente importa, é ver quem está disposto a fazê-lo. Quando há grandes dificuldades num relacionamento, é com aqueles que estão dispostos a aprender e tentar um modo diferente de lidar com os problemas, que podemos trabalhar. Uma armadilha em que os pais podem cair é desistir; achar que já não vale a pena; que aquele filho é de tal maneira rebelde que não há nada a fazer. Isto tem a ver não só com as próprias atitudes do filho mas também, e até de maneira mais forte, com o cansaço e sensação de impotência dos pais. Alguns já tentaram muitas coisas, que vulgarmente envolvem súplicas, choro, suborno, chantagem ou ameaças. E é fácil encontrarem-se numa situação em que não sabem por onde, nem como, começar algo de diferente. Mas, por favor, nunca desistam das vossas crianças ou dos vossos jovens, seja qual for a situação!

Aqui, é importante esclarecer que não desistir de o ajudar, não significa fazer-lhe todas as vontades. Na realidade, fazer ou permitir tudo o que ele quer não é ajuda; muitas vezes isso é parte do problema.

Sem comentários: