quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Chinesas vão aos EUA dar à luz segundo filho

Cerca de cinco mil mulheres chinesas vão anualmente dar à luz nos Estados Unidos, devido à política de controlo da natalidade em vigor na China, que proíbe os casais urbanos de ter mais do que um filho.

A viagem aos EUA é organizada por agências implantadas nos dois países, que cobram entre 90 mil yuan (10.500 euros) e 120 mil yuan (14 mil euros) pelos seus serviços, indicou o jornal “Global Times”, uma publicação do grupo Diário do Povo, órgão central do Partido Comunista Chinês.


"Essas mães são todas de famílias ricas, a maioria das quais de Pequim, Xangai e Cantão", disse um funcionário de uma agência chamada US-Newborn, com três anos de actividade.


Trata-se de "um negócio lucrativo nos EUA" e é "gerido sobretudo por sino-americanos".


As futuras mães viajam com um visto de turista, que lhes permite permanecer em território norte-americano durante seis meses, e depois as agências tratam do resto, incluindo a estada em centros de assistência pós-parto.


"Quando o meu filho crescer, ele poderá ir para as melhores universidades dos EUA por um preço muito mais baixo", disse uma mãe que em Junho teve um filho numa maternidade da Califórnia.


O “Global Times” descreveu a referida mãe como "gerente de uma empresa farmacêutica em Pequim".


"Depois de ter dado à luz, voltou para casa com o seu bebé, um cidadão americano", escreveu o jornal.


A política de um casal um filho foi imposta no final da década de 70, quando a população da China estava a atingir os mil milhões.


Em Pequim, um casal que opte por ter um segundo filho incorre numa multa até 10 vezes o rendimento anual médio individual, o que ultrapassa 250 mil yuan (29 mil euros).


Os EUA são um dos 30 países que garantem automaticamente a nacionalidade aos bebés nascidos no seu território, qualquer que seja a nacionalidade dos respectivos pais, referiu o mês passado o “China Daily” a propósito das viagens para ter o segundo filho.


Segundo o mesmo jornal, todos os anos nascem nos EUA "pelo menos 400 mil bebés cujos pais não são cidadãos americanos ou nem sequer têm o estatuto legal de imigrantes.
Daqui.

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