sábado, 28 de junho de 2008
A Câmara de Cinfães vai pagar a vacina "Prevenar" a todas as crianças residentes no concelho. Uma forma de amenizar o elevado custo das doses, a rondar os 70 euros, insuportável para muitas famílias.
A "Prevenar" – que não faz parte do Plano Nacional de Vacinação – é uma vacina pneumocócica e, de acordo com o Infarmed, indicada para a imunização activa de lactentes e crianças contra a doença invasiva causada pelo "streptococcus pneumoniae", incluindo bacteriémia, sepsis, meningite e pneumonia bacteriémica.
Cada uma das quatro doses necessárias da "Prevenar" (uma série primária de três doses e a quarta, de reforço, no segundo ano de vida) custa 71 euros, e muitos pais não a podem comprar. "Só metade da população nessas idades é que é vacinada no concelho de Cinfães, porque a vacina tem bastantes custos. Por isso, vamos fazer um protocolo com o centro de saúde, que apenas a terá de prescrever, e nós pagamos a totalidade", explicou o presidente da Câmara de Cinfães, Pereira Pinto.
A autarquia optou por não limitar esta medida apenas aos filhos de pais que comprovassem ter dificuldades financeiras, para bem de todas as crianças. Pereira Pinto estima que a autarquia gastará com esta medida, por ano, cerca de 50 mil euros. "Em 2007 nasceram 180. O número de crianças a nascer tem vindo a diminuir. Quem sabe se futuramente não andaremos mais perto das 200 crianças?", adiantou o autarca que acredita que esta medida poderá ser um incentivo ao nascimento de mais crianças no concelho.
Atendendo à importância que os pediatras atribuem a esta vacina, nomeadamente na prevenção da meningite, Pereira Pinto considera que o custo não é incomportável para a autarquia. "Se tivermos que cortar, cortamos noutra rubrica", garantiu Pereira Pinto. Recentemente, dois casos de meningite ocorridos no concelho, ainda que não tenham sido de gravidade, reforçaram a sua ideia de que a autarquia devia garantir que a vacina fosse administrada a todas as crianças. "Antes que um dia destes acontecesse algum caso grave e chegássemos à conclusão de que foi por os pais terem dificuldades financeiras que não vacinaram os filhos", sublinhou o autarca.
Notícia daqui.
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