quinta-feira, 6 de setembro de 2012
REDUZIR
A DESPESA POUPANDO VIDAS E FAMÍLIAS
Foi
noticiado pelo Correio da Manhã que as “Finanças estudam novos cortes nos
benefícios fiscais com filhos e ascendentes”, como forma de obter uma poupança
de 154 milhões de Euros no orçamento do próximo
ano.
Não
ignorando a grave crise em que nos encontramos, oferece-nos as maiores dúvidas
que as necessárias poupanças a que todos, Estado e sociedade, estão convocados,
devam ser realizadas à custa da mais esforçada das instituições sociais, a da
família, em particular daquelas que desempenham um papel social mais relevante,
tendo e criando os seus filhos (contribuindo assim para a riqueza do país,
actual e futura, e o desenvolvimento da actividade económica a contraciclo da
presente recessão) e cuidando dos mais frágeis da nossa
sociedade.
Acresce
ainda que, perversamente, essa medida pode contribuir para uma ainda maior
quebra da natalidade, onde recorde-se quase todos os anos atingimos mínimos
históricos e cujo impacto para a sustentabilidade do sistema de segurança social
e, em última análise, de Portugal têm sido já muito
referidos.
Reconhecendo,
no entanto, que existe de facto um esforço financeiro que deve ser feito e que
todos estamos moralmente obrigados a colaborar com o Governo nesta missão
patriótica de diminuir a dívida, saldar o défice e pôr as contas públicas em
ordem, vem a Federação Portuguesa pela Vida, chamar a atenção para as poupanças
na despesa do Estado que poderiam representar as seguintes medidas que,
juntamente com outras que a FPV e as suas associadas têm vindo a apresentar e
estão disponíveis para discutir, poderão atingir os 154 milhões que se procura
esportular todos os anos às famílias portuguesas com maiores
encargos.
Essas
medidas são:
1.
O fim do financiamento público da prática
do aborto legal, na medida em que da resposta que os portugueses deram à
pergunta do referendo de 2007 não decorre que o aborto a pedido da mãe, deva ser
pago pelo Estado.
2.
O fim de todas as benesses sociais,
laborais e financeiras, ligadas à prática do aborto legal, nas que se incluem,
entre outras, o transporte e alojamento pago às mães e seus acompanhantes que
realizam abortos fora da sua área de residência, ou as licenças “de maternidade”
e os subsídios relacionados - superiores aos de uma baixa médica
-.
3.
O fim das condições privilegiadas - únicas
- de pagamento às instituições privadas em que se realiza o aborto
legal.
Procedendo
como acima recomendado o governo português não só reduzirá a despesa pública
como assumirá o seu compromisso com o aumento da natalidade e desse modo para a
existência de outras pessoas que no decorrer da sua vida contribuirão para a
criação de emprego (professores, educadoras de infância, médicos pediatras e
obstetras, etc.), para o desenvolvimento da actividade económica e para a
sustentabilidade do Estado Social (recordamos que em 2030 as contribuições
anuais para a segurança social que o Estado português “aceitou” perder por via
das pessoas que não nasceram como resultado do aborto “por opção da mulher”
montam já a um valor próximo dos 250 milhões de euros a preços
actuais).
Lisboa,
3 de Setembro de 2012
Website
da Federação: www.federacao-vida.com.pt
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