A educação do carácter e da vontade dependem do contexto
“O carácter não é algo que possa simplesmente ser ‘ensinado’ a partir de uma estratégia de fornecimento de regras e de (bons) exemplos”, afirma DeSteno numa entrevista que concedeu à revista Scientific American. E acrescenta que não basta dizer a alguém que deve ser bom, que não deve roubar e assumir que essa pessoa seja capaz de fazer o bem apenas confiando na sua força de vontade.
Para o investigador, a educação moral tem de ter como base um conjunto de competências, e os pais deverão dizer aos seus filhos “não só qual é o objectivo, mas também como lá chegar, ou seja, que ‘partidas’ poderão as suas mentes lhes pregar e que estratégias devem estes utilizar para ‘convencer’ o seu carácter a mover-se na direcção adequada”. É que aqui a questão não é “você é uma boa pessoa no geral?”, mas sim “você é uma boa pessoa neste momento em particular?”.
É este contexto situacional que os autores defendem como uma das suas grandes “certezas”, ou seja, que o nosso comportamento moral é moldado pelo contexto em que nos encontramos em determinado momento.
P.S.- Mais uma prova, acrescento eu, em como a educação sexual não pode ser só a disponibilização de informação, sem mais !!!
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