quinta-feira, 15 de maio de 2014
Umas primeiras breves da Federação Portuguesa pela Vida sobre os números recentemente apresentados sobre a prática de abortos em Portugal durante o ano de 2013:
1. Em números absolutos em 2012 houve 18.615 abortos a pedido da mãe (modalidade introduzida pelo referendo de 2007) e em 2013 (números provisórios) houve 17.414, isto é, menos 1.201 abortos, menos 6,45% que no ano anterior
2. Em 2012 houve cerca de 89.841 nascimentos e em 2013 estes foram 82.787, isto é, menos 7.054, menos 8% (fonte: http://www.pordata.pt/Portugal/Nados+vivos+de+maes+residentes+em+Portugal+total+e+fora+do+casamento-14)
3. A incidência do aborto legal (abortos/nascimentos) aumentou de 21,3% (em 2012), para 21,7% (em 2013, números provisórios)
4. Em termos práticos isto significa que praticamente uma em cada cinco gravidezes termina em aborto.
5. A reincidência do aborto (isto é, quem abortou no ano, já o tinha feito no próprio ano e/ou em anos anteriores) aumentou de 26% para 27,8% (números provisórios de 2013). Isto é, aproximamo-nos de uma fasquia de um em cada três abortos, ser uma repetição (=utilização do aborto como método contraceptivo)
6. O aborto continua gratuito (não paga taxa moderadora), dá direito a uma licença de 15 a 30 dias, paga a 100%, e as grávidas dos Açores que vem abortar a Lisboa tem direito a deslocações todas pagas para si e um acompanhante.
Os números hoje divulgados vem confirmar a pertinência da Moção “Aborto: Respeitar o Referendo, Rever a Regulamentação” que foi aprovada em Fevereiro deste ano no XXXV Congresso do nosso partido. Retomaremos a esse propósito e em breve contacto no sentido de assegurarmo-nos que, como sufragado no Congresso, nesta legislatura ainda, seja iniciado e levado a bom termo o processo político e legislativo de revisão da regulamentação da lei do aborto.
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