É nas unidades do Serviço Nacional de Saúde que continuam a ser feitas a maior parte das interrupções de gravidez (69%), apesar de se ter verificado uma diminuição ligeira (um ponto percentual) face ao ano anterior. A diferença, no ano passado, é que a Maternidade Júlio Dinis (Porto) foi a que fez mais interrupções de gravidez no SNS, mais ainda do que a Maternidade Alfredo da Costa (Lisboa). Nas unidades privadas, a Clínica dos Arcos, na capital, continuou a ser de longe a que mais abortos fez.
O perfil das mulheres que abortam não tem diferido substancialmente de ano para ano. Em 2013, 40% não tinham filhos e mais de metade (52,1%) tinham um ou mais filhos. Por idades, continuam a ser as mulheres entre os 20 e os 24 anos que mais abortos fazem, seguidas das mulheres entre os 25 e os 29 anos e entre os 30 e os 34 anos . No ano passado, destaca o relatório, manteve-se a tendência decrescente em mulheres com menos de 20 anos (11,2% do total).
Quase três quartos das mulheres (72,2%) nunca tinham abortado, 21,5% tinham feito um aborto e 4,9%, dois, enquanto 1,4% admitiam ter feito três ou mais.
O documento revela ainda que, em 2013, 301 mulheres (1,7%) já tinham feito um aborto nesse ano.
Um reflexo da crise é o facto de quase um quarto das mulheres que interromperam a gravidez em 2013 (23,6%) estarem desempregadas. Um novo aumento face a 2012 e 2011, anos em que já se tinha verificado um acréscimo neste grupo, que passou desse essa altura a ser o predominante. A seguir, surgem as trabalhadoras não qualificadas e as estudantes.
Fonte:
Público
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