Em 11 de
Fevereiro de 2007, um quarto dos eleitores portugueses pronunciou-se a favor da
despenalização do aborto a pedido da mãe até às 10 semanas de gestação.
Como era
inevitável e a campanha do Não o havia predito. Nada disso aconteceu e o aborto,
que sempre era um gravíssimo atentado á dignidade humana e ao mais elementar dos
direitos que dela decorrem, o direito à vida, tornou-se também e em Portugal uma
chaga social e um gravíssimo problema de saúde pública. Comprovam-no declarações
de destacados protagonistas do Sim e também a realidade que se vai conhecendo
através das estatísticas e relatórios oficiais (da Direcção Geral da Saúde e da
Inspecção Geral de Actividades em Saúde).
Na
realidade, após o referendo, o Estado não só despenalizou o aborto nesses casos
tornou-se promotor dessa mesma prática, desrespeitando algumas das regras que o
próprio estabeleceu (consultas de aconselhamento prévias, consentimento
informado, etc.) e estabelecendo um sistema de incentivos financeiros à sua
prática, como a sua gratuitidade total (independentemente dos rendimentos de
quem aborta), licenças de parentalidade e remuneração das mesmas a 100%, além de
transporte e alojamentos suportados no caso das grávidas dos Açores. Um
escândalo!
Contra
essa prática de incentivo ao aborto legal, vem-se manifestando uma parte
considerável da opinião pública e publicada (bem resumida no artigo de João
Miguel Tavares no Público de 13-02-2014 “A vergonha do aborto gratuito”) e até
no Congresso do PSD de há poucos dias foi aprovada uma deliberação de rever a
regulamentação da lei do aborto e pôr fim à sua gratuitidade. E aqui ao lado, em
Espanha, o Governo avançou com uma lei de protecção da maternidade que reforma
profundamente o regime do aborto legal.
Considerando a falta de sintonia
entre o resultado do referendo de 2007 e a actuação do Estado na sequência do
mesmo, os inevitáveis e dramáticos resultados da aplicação da lei do aborto, o
consenso no reconhecimento do escândalo das políticas incentivadoras da sua
prática, a Federação Portuguesa pela Vida, apela aos partidos com representação
parlamentar para que esta sexta-feira, 7 de Março, em plenário da Assembleia da
República, aquando do debate da petição “Acabar com o Aborto gratuito”, que
saudamos, e aplaudimos
,
tomem
uma posição decidida no sentido de pôr fim a este escândalo do incentivo do
Estado ao aborto.
Lisboa, 4
de Março de 2014
Contacto
para a Comunicação Social:
Isilda
Pegado (917227560) e Pedro Monteiro (968574575)
Para informação
sobre os números do aborto legal em Portugal: Francisco Vilhena da Cunha
(918687701) ou no website da Federação: www.federacao-vida.com.pt (separador
estudos)
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Federação Portuguesa pela
Vida
Rua da Artilharia Um, 48, 3º Dir
1070-013 Lisboa
Tel: 216 072 072 * 910 871 873
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