quinta-feira, 22 de novembro de 2007

«Mudar uma norma ética é uma atitude fascista»


O presidente do Conselho Distrital da Madeira da Ordem dos Médicos está inteiramente de acordo com o bastonário, quanto ao facto de este não alterar o código deontológico.Em declarações ao JORNAL da MADEIRA, França Gomes afirma que a ética «é uma coisa que ultrapassa qualquer tipo de política do Governo» e sublinha que «mudar uma norma ética é fascismo».


Visivelmente revoltado com a posição tomada pelo ministro da Saúde, o nosso interlocutor refere que «uma coisa é nós cumprirmos a lei e outra coisa são os princípios básicos de uma profissão», sendo que «mudar os princípios básicos de uma profissão é fascismo».


Este responsável sustenta que «os princípios éticos são invioláveis», mas frisa que «para isso é preciso que não haja fascismo e que não se queira dominar e condicionar a maneira de pensar das pessoas».


Além disso, afirma que «a função do médico em termos de exercício profissional é lutar pela vida», incluindo os médicos de medicina legal. Neste ponto, não deixa mesmo de fazer referência ao site da “World Medical Association (WMA) — http://www.wma.net/e/policy/c8.htm — no que toca ao Código de Ética, que indica que o médico tem como dever e obrigação o respeito e a defesa pela vida humana. Para rebater a atitude do Governo que, considera «idiota», França Gomes recorda que o Código foi adoptado em 1949, na 3.ª Assembleia Geral da WMA, em Londres e que só foi emendado nas Assembleias Gerais ocorridas em 1968, em Sydney, em 1983 na Itália e o ano passado, na África do Sul.


Notícia daqui.

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