sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Pequeno poema


Quando eu nasci,

Ficou tudo como estava.


Nem homens cortaram veias,

Nem o Sol escureceu,

Nem houve Estrelas a mais...

Somente,

Esquecida das dores,

A minha Mãe sorriu e agradeceu.


Quando eu nasci,

Não houve nada de novo

Senão eu.


As nuvens não se espantaram,

Não enlouqueceu ninguém...


P'ra que o dia fosse enorme,

Bastava toda a ternura que olhava

Nos olhos de minha Mãe...


Sebastião da Gama, Serra-Mãe

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