quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A oferta da vida



 Na atualidade, numa mentalidade marcada pelo triunfalismo e pela ambição do poder, tem mais força ser servido do que propriamente servir.

Os interesses pessoais e egoístas são muito mais evidentes.
Sabemos que não é fácil ser servos uns dos outros.
Ser servo é ser solidário, principalmente nas dificuldades.
Esta prática acontece muito entre as pessoas simples, que têm o coração e os bolsos muito mais sensíveis, com muito mais capacidade de partilha. É mais saudável, na prática da vida, dar do que receber, mesmo que isto curte sacrifício, dentro do contexto da fraternidade.
A oferta da vida é uma consequência da justiça, que contrapõe aos planos dos dominadores. Quem assim age não faz o jogo da pressão capitalista-consumista, mas se detém naquilo que diminui as dores de quem passa necessidade.
É como ofertar a vida para resgatar a justiça.
O importante é ser vitorioso diante das maldades do mundo.
O egoísmo impede que a vida seja para todos, e mata.
O acúmulo, sem função social, é sempre insaciável. “Quanto mais a pessoa tem, mais quer ter”. Quem age assim, não tem dificuldade de passar por cima dos princípios éticos e realiza, silenciosamente, a exploração.
O egoísmo causa disputa de poder, competições, ciúmes, inveja e quer tirar proveito das situações. Esta é a ideologia dominante, com critérios do reino do mundo, que dificulta a primazia das relações sociais, da justiça, da paz e da fraternidade.
Parece até que não conseguimos descartar a busca de honras e privilégios.

Paulo Peixoto

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