sábado, 1 de janeiro de 2011

Defendendo as crianças da cultura adulta erotizada

Em 2007 a American Psychological Association emitiu um relatório acerca da sexualização de meninas, fazendo notar que esta forma de se auto-objectificarem está relacionada com "três dos problemas mais comuns de saúde mental de raparigas e mulheres: desordens alimentares, baixa auto-estima e depressão ou humor deprimido".

Logo depois, um comité do Senado Australiano promoveu um inquérito e reportou em 2008 que "a inapropriada sexualização das crianças na Austrália é de preocupação crescente" e representa um "desafio cultural significativo".

No início deste ano um relatório levado a cabo pelo British Home Office confirmou que a sexualização dos mais novos (e não só raparigas) é um assunto grave.

Contudo, a sexualização de crianças diz mais acerca das nossas atitudes face ao sexo do que das nossas atitudes face às crianças.

A questão do problema é que as crianças - pessoas que são culturalmente, fisicamente e mentalmente demasiado novas para se iniciarem sexualmente como adultos - estão a ser moldadas e modeladas para corresponder a uma cultura adulta erotizada.
Se a sexualização das crianças é uma extensão lógica da nossa actual cultura sexual, então a defesa do princípio que é inocência da infância é na verdade um verdadeiro movimento contra-cultural. Como campanha de base, promete destacar tanto o fenómeno chamado "pedofilia corporativa" como a hiper-sexualização da cultura circundante.

Esta vaga de opinião pública pode não resolver os problemas culturais implícitos, mas oferece aos pais a oportunidade, e - esperemos - a coragem de levar para a frente a cultura em defesa das suas crianças.

Zac Alstin trabalha no Southern Cross Bioethics Institute em Adelaide, South Australia.

O original do artigo está em www.mercatornet.com

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