quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Frutos do Congresso Internacional em Defesa da Vida de Aparecida

Entrevista com o Prof. Hermes Rodrigues Nery, coordenador-geral do evento

Realizou-se no Santuário de Aparecida (168 km de São Paulo), entre os dias 6 e 10 de fevereiro, o I Congresso Internacional em Defesa da Vida.

Para falar sobre o evento e seus frutos, Zenit entrevistou o Prof. Hermes Rodrigues Nery, coordenador-geral do Congresso, coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté (São Paulo).

–Que balanço o senhor faz do I Congresso Internacional em Defesa da Vida?

–Prof. Hermes Rodrigues Nery: O encontro reuniu expressivos especialistas de bioética e lideranças nacionais e internacionais pró-vida, num evento inédito no Brasil, que certamente contribuiu para enriquecer o debate já proposto inicialmente pelo texto-base da Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como tema: “Fraternidade e Defesa da Vida”, e o lema: “Escolhe, pois, a Vida”. Vieram personalidades de vários estados do Brasil e de outros países, que aceitaram o convite de estar unidas nesses dias, no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, imbuídas do propósito de buscar compreender a problemática e apresentar propostas de ação, especialmente referente aos inúmeros desafios que hoje temos diante de nós, o primeiro deles o da defesa da família, primeira e principal das instituições humanas, sem a qual não se é possível o pleno desenvolvimento da pessoa humana.

–Quais os resultados desse encontro?

–Prof. Hermes Rodrigues Nery: Ficou claro nas exposições feitas no Congresso, de que graves ameaças pairam sobre a família, através, por exemplo, de inúmeros projetos de lei que tramitam nas diversas esferas legislativas, que contrariam a lei natural, tirando de nós o lastro necessário para uma vida digna, em todos os aspectos. Nesse sentido, dentre as muitas propostas apresentadas pela Declaração de Aparecida em Defesa da Vida, aprovada por aclamação pelos mais de trezentos participantes do Congresso, no auditório do Santuário, foi destacada a urgente necessidade de constituirmos um grupo de trabalho permanente no Congresso Nacional brasileiro, para acompanhar a tramitação desses projetos de lei, e viabilizar também formações constantes com as lideranças, além de mobilizações que visam ampliar a sensibilização e a conscientização da urgência em afirmarmos a cultura da vida em nosso meio.

–Como funcionará esse grupo de trabalho?

–Prof. Hermes Rodrigues Nery: Esse grupo de trabalho se faz necessário para coordenar uma grande rede da solidariedade, inclusive pelos meios de comunicação, para que possamos ter uma grande frente em favor da família e da vida humana. Esse grupo deverá fazer um mapeamento preciso da situação, apresentando relatórios periódicos e intensificando a mobilização da sociedade, para escolhas que favoreçam a família e a dignidade da pessoa humana, em todos os âmbitos e condições.

–O que se espera, daqui para frente, como continuidade do que foi iniciado em Aparecida?

–Prof. Hermes Rodrigues Nery: Esperamos que esse Congresso tenha muitos frutos, suscite novas iniciativas e motive os homens e as mulheres de boa vontade a assumir o “bom combate” em favor da vida, dando assim o bom testemunho. Esperamos ainda que muitos de nós que participaram desse encontro histórico, possam tornar-se “embaixadores de Cristo” e dizer convictamente: sabemos o que defendemos e a quem defendemos. A Declaração de Aparecida deixou bem evidente a opção decisiva pela vida humana, pela dignidade da pessoa humana, pela sacralidade da vida, pela vocação principal de todos nós à felicidade e santidade, querida por Deus para todos.
Entrevista daqui.

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