sábado, 28 de dezembro de 2013

O Natal e a Família

 
 
O Natal não é sentimental mas dramático: é o início de um novo ordenamento de todas as coisas. Não uma festa de bons sentimentos, mas o juízo sobre o mundo, a conversão da história. A grande roda do mundo tinha sempre girado num único sentido: de baixo para o alto, do pequeno para o grande, do frágil para o forte.
Quando Jesus nasce, ou melhor, quando o Filho de Deus é dado à luz por uma mulher, o movimento da história bloqueia-se por um instante, e depois começa a fluir no sentido oposto: o omnipotente faz-se frágil, o eterno faz-se mortal, o infinito está no fragmento.
A sorte do mundo decide-se no interior de uma família: um pai, uma mãe, um filho, o nó da vida, o eixo do futuro.
O que é decisivo – hoje como então – acontece dentro das relações, coração a coração, na coragem quotidiana de uma, de muitas, de infinitas criaturas enamoradas e generosas que sabem tomar consigo a vida de outros. 
P. Ermes Ronchi
 

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