domingo, 14 de agosto de 2011

Fatalidade ou Oportunidade ?

Há duas formas de encarar os acontecimentos que se passam na nossa vida pessoal, familiar e profissional

Uma, é vê-los como uma fatalidade, algo que nos pesa, que nos fatiga, que nos desespera, angustia e oprime. É o caminho da falta de esperança, do conformismo, do permissivismo, da anomia, do agravamento dos danos, do desânimo e finalmente da morte.

A outra forma, passa por ver esses mesmos acontecimentos bons, maus ou simplesmente monótonos ou rotineiros como uma oportunidade, algo que está à nossa espera e da qual poderemos extrair um fruto que será (se quisermos) necessariamente positivo.
Há uns anos atrás, no funeral da minha mãe, o sacerdote que presidia dizia que tudo pode ter um sentido e exemplificava com as flores que rodeavam o caixão e que não valem por si, mas pelo amor que manifestam e que lhes está subjacente.

Por regra, e se nada fizermos, a tendência natural e inata de cada um será ver tudo como uma fatalidade. Este é o sentido da corrente que habitualmente nos leva.

Para passar a ver os acontecimentos do nosso dia a dia como uma oportunidade e não como uma fatalidade, necessitamos de uma reconversão interna que passa por momentos de silêncio e introspecção que sirvam de alimento, tal como os combatentes necessitavam do discurso do seu comandante para, logo de seguida, se lançarem à luta; também nós precisamos de motivação para viver.

Sem essa reconversão diária, seremos e agiremos como zombies, corpos sem alma que se arrastam pela vida e a deixam incolor.

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