quarta-feira, 6 de julho de 2011

Maria José ("Zézinha") Nogueira Pinto



Não se considera uma mulher de causas perdidas? O CDS centrista acabou, a descriminalização do aborto vingou, o plano da Baixa-Chiado ficou pelo caminho. E na próxima legislatura, se o PS vencer, os casamentos homossexuais e a regionalização vão voltar à agenda...



Maria José Nogueira Pinto:
Nada. A única coisa importante aí é podermos responder à pergunta: 'Onde é que tu estavas quando isso aconteceu?'. O que é preciso é cada um estar do seu lado da barricada.
Via 31 da Armada

Estou profundamente chocado e triste pelo desaparecimento da Dra Maria José Nogueira Pinto ou, como de forma carinhosa, muitos a chamavam da "Zézinha" Nogueira Pinto.

Um mulher de grande categoria e de forte personalidade, que não tinha qualquer problema em defender as suas convicções sem quaisquer "papas na língua".

Lembro-me, em particular, da forma convicta, dinâmica e entusiamada como defendeu o "não" no último referendo que liberalizou o aborto em 2007.

Nessa altura, deu a cara pelo "não" ao aborto e desdobrou-se em actividades e entrevistas do norte ao sul do país.

Também escreveu muitos textos, em particular, os do Diário de Notícias, cuja colectânea poderão encontrar aqui

O cancro entrou de forma subreptícia, na sua expressão mais letal, e atingiu-a de forma fulminante.

Num dos seus últimos textos, a propósito da Páscoa, escreveu "A correspondência da actualidade da Paixão de Cristo é uma realidade que se nos impõe no nosso quotidiano e vivê-la nessa perspectiva pode bem valer a pena".

Estou certo que, na linha da sua natural coerência, terá vivido a fase final da vida unida à Paixão daquelE que sempre seguiu.

Para todos os militantes pró-vida, é certamente uma referência, um modelo, uma inspiração.

Agora do Céu, contemos com a sua intercessão e o seu exemplo.

P.S.- Vale a pena ler este e este texto.

Fonte foto: Caras

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