domingo, 3 de abril de 2011
Espanta-me que este procedimento seja gratuito, que este procedimento permita que mulheres utilizem a interrupção da gravidez como se de um método contraceptivo se tratasse, decidam repetidamente efectuar um acto que obviamente possui, por detrás, problemas graves que vão muito além do “eu quero ou não”.
Alguém acreditará que se engravida várias vezes e se destina a mesma sentença a essa gravidez 10 vezes, sem que haja um problema associado grave? Eu não. Continuo perplexa com o pormenor da baixa médica nestes casos em concreto, quando observamos na Perda Gestacional Involuntária uma luta desleal por fazer perceber a necessidade de uma terapia e apoio efectivo.
É grave, extremamente grave, quando constatamos que mães que perdem os seus filhos são remetidas para o quarto de suas casas à espera que a natureza execute a sua função. Expulsam bebés em casas de banho sozinhas; sem qualquer pudor sofrem a agonia de estar sozinhas num parto silencioso.
Será que ninguém vê isto? Este sistema, em contrapartida, recebe quem decide não dar à luz esse bebé em quartos hospitalares com apoio psicológico, automaticamente são encaminhadas para baixa médica e não pagam taxas hospitalares.
Alguma coisa falha redondamente neste sistema de saúde. Já não se trata de estar a favor ou contra, trata-se de estar pela igualdade de direitos e pela humanização das intervenções.
Manuela Pontes
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