sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O aborto clandestino continua

Um dos grandes argumentos que foi utilizado durante o último referendo (para além da "criminalização" das mulheres que depois se veio a saber nunca chegaram sequer a ser presas), foi o acabar o aborto clandestino.
Dizia-se, com a vitória do "sim" termina o aborto clandestino.
Ou seja, três conclusões retiram-se daqui:
- O aborto clandestino mantém-se porque as mulheres querem romper e contornar os procedimentos impostos pela lei, isto é, querem ir sempre mais além do que a lei permite.
- As clínicas que promovem abortos clandestinos já não são "as parteiras de vão de escada" que provocam lesões irreversíveis à mulher. Supostamente, agora, já servem para fazer abortos ilegais em condições de segurança. Aliás, a este propósito, o Correio da Manhã, em 2007 tinha já feito uma reportagem onde referia que a maioria dos agentes que realizavam abortos clandestinos já usavam as técnicas e o equipamento adequado.
- Resta saber se tem existido uma efectiva fiscalização às clínicas privadas (mesmo as que estão habilitadas) para saber até que ponto é que, às vezes, não realizam abortos para além das 10 semanas

Entretanto, os abortos continuam a subir...

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