quarta-feira, 14 de março de 2007

PROIBIDO TER MAIS FILHOS ?


PROIBIDO TER MAIS FILHOS ?

Ontem aconteceu pela 2ª vez no espaço de poucas semanas. Mais uma pessoa cruzou-se connosco e, a propósito do nascimento do nosso 2º filho, comentou que gostaria também muito de ter um 2º filho, mas não pode. Disse ainda que a sua filha tinha até pedido ao Pai Natal "um mano para brincar".
O problema, dizem, está no elevado preço dos infantários e nas despesas com fraldas e farmácia. Dizia essa pessoa que têm casa e carro para pagar e ela e o marido ganham ambos o salário mínimo nacional.
Penso que há situações que com um pouco de sacrifício e criatividade na busca de alternativas se resolvem. Mas a questão da falta de infantários é incontornável, a menos que haja para aí uns avós com tempo para ficarem com os netos.
Na realidade, muitos concelhos não têm infantários nem creches públicas onde os pais mais carenciados possam pagar valores mais bonificados. Por outro lado, agora, até as Misericórdias estão a cobrar valores mais altos de mensalidade, mesmo para casais menos favorecidos.
Por sua vez, o valor dos abonos de família é patético.
Vivemos num Estado em que os casais que querem ter mais filhos, não os têm por motivos económicos.
É triste e faz lembrar a República Popular da China há uns tempos atrás.
Para quando um Estado (Governo e autarquias locais incluídas) que apoie verdadeiramente a natalidade?

Miguel Reis Cunha

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo com o Miguel,

também tenho 2 filhos e posso dizer que foi muito difícil encontrar creche para ambos.

O estado português, que tanto afirma preocupar-se coma a educação (desde o berço à universidade), não tem dinheiro para construir creches e infantários.

Mas para financiar uma cultura de morte e desresponsabilização, só porque dá jeito e parece estar na moda, surgem como que por milagre verbas para apoiar campanhas a favor do assassínio in utero, bem como, para pagar os custos dos "actos médicos" acima referidos.

P.S.: até agora pensava que numa sociedade desenvolvida e que se afirma intelectual, um acto médico consistia em aplicar o conhecimento humano, para salvar uma ou mais vidas, mas vejo como sou ingénuo, e que para muitos, um acto médico pode também ser uma forma de acabar precocemente uma ou mais vidas humanas.