sábado, 26 de setembro de 2015
La pornographie est une sorte de tsunami mondial, qui touche l’humanité dans son ensemble, tous âges, sexes et pays confondus. Pour le plus grand profit de ses concepteurs et promoteurs, elle engloutit sous son passage les valeurs traditionnelles, haïes puisque contraire au « libre épanouissement » de chacun, comme par exemple la maîtrise de ses instincts, le respect du corps de l’autre, l’amour véritable entre deux personnes qui se donnent librement et durablement l’une à l’autre, la fidélité qui exclut le vagabondage voyeuriste des pornophiles, etc.
Le « marché pornographique » connaît une croissance continue, et semble promis à un avenir radieux : les pornocrates et autres pornosophes peuvent être satisfaits.
Ces derniers, pourtant, devraient être poursuivis de façon impitoyable, puisque le nouveau code de procédure pénale, au travers de son article 227-24, réprime avec une grande sévérité ceux qui fabriquent, diffusent ou promeuvent les matériaux pornographiques.
Ils jouissent pourtant d’une impunité quasi-totale : les journaux, publicités, livres, télévisions, radios à caractère pornographique connaissent une folle expansion. Cerise sur le gâteau, l’Internet fournit la possibilité, par écrans, smartphones et autres tablettes, d’assouvir toute passion pornographique, en tous temps et en tous lieux.
Quelques pays ont tenté, timidement, de prendre des mesures de restriction. Ainsi, David Cameron a réussi à organiser un blocage partiel des sites pornographiques, déclenchant la fureur des porno-libertaires, alors même que les mesures prises restent fort peu contraignantes.
La Russie de Vladimir Poutine, de son côté, semble plus volontaire : il y a quelques jours, un tribunal a ordonné la fermeture, sur tout le territoire russe, du site mondial pornographique Porn Hub. À ceux qui critiquent cette décision, le service de surveillance des médias russes répond qu’il vaut mieux se faire de vrais amis, plutôt que de naviguer dans du mensonge virtuel…
La France, quant à elle, s’est réveillée il y a quelques mois, par la grâce d’un député communiste, Jean-Jacques Candelier, qui souhaitait que le fléau que représente la pornographie pour la jeunesse soit amoindri par la mise en place d’un système à l’anglaise. La réponse vient d’être donnée, par la bouche du secrétaire d’État à la famille, Laurence Rossignol : il n’est pas question de bloquer quoi que ce soit, et le modèle anglais n’est pas à suivre. Quant au modèle russe, le ministre n’en parle pas : on ne va quand même pas parler de cette Russie et de ce Poutine, le dictateur le mieux élu des dirigeants européens, si populaire dans son pays et pornophobe déclaré…
Quels sont donc les arguments du secrétaire d’État ?
- S’il faut protéger les enfants, il faut aussi protéger les libertés individuelles : toute décision ne peut donc être prise que par la justice. Ce que ne dit pas Mme Rossignol, c’est que la justice, depuis des décennies, fait preuve d’un laxisme absolu en la matière, et ignore délibérément les articles du code pénal qu’elle est censée appliquer.
- Les sites pornographiques, à ses dires, sont difficilement blocables. En pratique, la Russie démontre le contraire : ce n’est qu’une affaire de volonté.
- Le choix des sites à interdire pose problème, ajoute-t-elle. En réalité, ce choix ne pose aucun problème : le site pornographique se « caractérise », hélas, avec une grande facilité. Nul besoin d’avoir fait l’ENA ou Polytechnique pour faire ce choix, du moins faut-il l’espérer.
- Autre argument majeur : des mesures de préventions font plus, notamment « les actions de déconstruction des stéréotypes ». Il fallait y penser.
Cela dit, le secrétaire d’État indique qu’il faut appliquer le code pénal, et donc réprimer : l’intention est louable, mais sa réalisation illusoire, compte-tenu de ce qu’il déclare concomitamment à cette noble formulation.
Nous finalisons actuellement notre Manifeste pour les élections de 2017. La quinzième mesure exige une lutte vigoureuse contre ce fléau dramatique que représente la pornographie pour tous. Les pornophobes ne baisseront pas la garde.
François Billot de Lochner
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Tribunal consagra direito de objecção de consciência a médicos ginecologistas
Uruguai: ginecologistas poderão opor-se a realizar abortos
O Tribunal Administrativo decidiu a favor do direito legítimo dos médicos à objecção de consciência
Por Redação
Roma, 27 de Agosto de 2015 (ZENIT.org)
O Tribunal Contencioso Administrativo do Uruguai (TCA) decidiu a favor de um grupo de ginecologistas que apresentaram recurso para impugnar 11 dos 42 artigos da lei que regulamenta a “interrupção da gravidez” no país. Na sentença 586/2015 de 11 de Agosto, os membros do TCA cancelam sete dos onze artigos que os médicos rejeitaram.
Os ginecologistas argumentavam que o Decreto Regulamentar n.º 375/012 da Lei 18.987 restringia “ilegitimamente o exercício do direito à objeção de consciência do pessoal sanitário”.
A partir de agora, qualquer médico poderá exercer o seu legítimo direito à objeção de consciência e abster-se de participar em qualquer etapa do procedimento para realizar um aborto.
No decreto original, os médicos objetores de consciência só podiam manifestar-se contrários a praticar um aborto no momento de realizar a curetagem ou prescrever a droga para abortar. Além do mais eram obrigados a participar na primeira consulta da mulher com uma equipe interdisciplinar e assinar o "formulário de interrupção voluntária da gravidez”.
O TCA afirma que "a pessoa que assina este formulário está participando ativa e diretamente no processo do aborto, ao qual não se permite objetar, mas se obriga a intervir”.
Para Gianni Gutierrez e Agustín Amonte, advogados dos médicos, “a sentença do TCA é contundente na defesa da liberdade e do exercício da profissão médica” porque permite que a objeção seja praticada “na sua máxima expressão”.
As mulheres uruguaias estão autorizadas a abortar em um prazo de doze semanas, até 14, quando foram vítimas de um estupro, e sem prazo quando existe risco para a saúde da mãe ou o feto é inviável. Para ter acesso à “interrupção voluntária da gravidez”, as mulheres devem passar antes pela consulta de um ginecologista, um psicólogo e um assistente social e, em seguida, deve cumprir um prazo de cinco dias de reflexão.
Em 2014, no Uruguay, foram realizados 8.599 abortos. Esta prática foi descriminalizada pelo governo de José Mujica no final de 2012.
Os ginecologistas argumentavam que o Decreto Regulamentar n.º 375/012 da Lei 18.987 restringia “ilegitimamente o exercício do direito à objeção de consciência do pessoal sanitário”.
A partir de agora, qualquer médico poderá exercer o seu legítimo direito à objeção de consciência e abster-se de participar em qualquer etapa do procedimento para realizar um aborto.
No decreto original, os médicos objetores de consciência só podiam manifestar-se contrários a praticar um aborto no momento de realizar a curetagem ou prescrever a droga para abortar. Além do mais eram obrigados a participar na primeira consulta da mulher com uma equipe interdisciplinar e assinar o "formulário de interrupção voluntária da gravidez”.
O TCA afirma que "a pessoa que assina este formulário está participando ativa e diretamente no processo do aborto, ao qual não se permite objetar, mas se obriga a intervir”.
Para Gianni Gutierrez e Agustín Amonte, advogados dos médicos, “a sentença do TCA é contundente na defesa da liberdade e do exercício da profissão médica” porque permite que a objeção seja praticada “na sua máxima expressão”.
As mulheres uruguaias estão autorizadas a abortar em um prazo de doze semanas, até 14, quando foram vítimas de um estupro, e sem prazo quando existe risco para a saúde da mãe ou o feto é inviável. Para ter acesso à “interrupção voluntária da gravidez”, as mulheres devem passar antes pela consulta de um ginecologista, um psicólogo e um assistente social e, em seguida, deve cumprir um prazo de cinco dias de reflexão.
Em 2014, no Uruguay, foram realizados 8.599 abortos. Esta prática foi descriminalizada pelo governo de José Mujica no final de 2012.
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sábado, 12 de setembro de 2015
Guia para redução de IMI em famílias numerosas
Redução do IMI das famílias com filhos
Com a alteração ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, os municípios podem agora efetuar uma redução do IMI, em função do número de filhos, caso a decisão seja validada em Assembleia Municipal.
O que é o IMI?
O IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis – é um imposto que incide sobre o valor patrimonial tributário dos prédios (rústicos, urbanos ou mistos) situados em Portugal. É um imposto municipal, cuja receita reverte para os respectivos municípios.
Qual a percentagem de redução do IMI em causa?
A redução da taxa processa-se em função do número de dependentes a cargo e consoante determinação de cada Assembleia Municipal:
- Um dependente – redução até 10%
- Dois dependentes – redução até 15%
- Três dependentes – redução até 20%
A que imóveis poderá ser aplicada esta redução?
Aos imóveis destinados a habitação própria e permanente coincidente com o domicilio fiscal do proprietário, atendendo ao número de dependentes que compõe o agregado familiar nos termos da declaração modelo 3 do IRS cuja obrigação de entrega ocorre no ano a que respeita o IMI.
Como posso pedir que o IMI seja reduzido no meu município?
Hipótese 1. O seu município já aprovou a medida em assembleia municipal ou o assunto está agendado:
Nesse caso, de acordo com o determinado pela Circular 9/2015 da Autoridade Tributária, caso se encontre dentro das condições definidas, deverá aceder à medida de forma automática. Ainda assim, deve informar-se junto da sua câmara municipal sobre alguma disposição específica ou procedimentos que possam ter sido criados.
Caso a medida esteja agendada, aconselhamos que compareçam na assembleia municipal na qual o assunto vai ser debatico e, se possível, intervenham no sentido da explicação da sua pertinência em termos de um tratamento de equidade e justiça.
Hipótese 2. O assunto ainda não consta da agenda da assembleia municipal :
Uma vez que qualquer cidadão do município pode também levar o tema à assembleia municipal sugerimos que o façam podendo para o efeito usar o modelo disponível aqui:
Nesse caso deverão:
- Preencher a petição com os vossos dados;
- Contatar o município da vossa residência para averiguar, no caso em concreto, quais são as regras para apresentação deste tipo de petições – cada município tem o seu modelo próprio previsto;
- Entregar a petição e participar na Assembleia Municipal em que o assunto vai ser debatido de preferência reunindo um grupo de apoiantes.
Apelamos à colaboração de TODAS as famílias com filhos (não apenas as numerosas) para que esta iniciativa seja proposta em todos os municípios.
Posso, desde já, efetuar o pedido de redução do IMI?
Desde que a medida seja aprovada em Assembleia Municipal do seu município ela tem aplicação automática nas famílias que reunam as condições de acesso nos termos acima indicados e de acordo com o definido pela Circular 9/2015 da Autoridade Tributária: "A Autordade Tributária promove de forma automática e com base nos elementos de que dispõe, a execução da deliberação da assembleia municipal comunicada no prazo legal, tendo em conta o número de dependentes que integram o agregado familiar na declaração modelo 3 de IRS, cuja obrigação de entrega ocorre no ano a que respeita o IMI." Ainda assim, deve informar-se junto da sua câmara municipal sobre alguma disposição específica ou procedimentos que possam ter sido criados.
Quais os prazos a ter em conta?
Todas as Câmaras Municipais têm obrigatoriamente de comunicar à Autoridade Tributária, até ao dia 30 de Novembro, a decisão sobre quais as reduções de taxa a aplicar em função do número de filhos. Assim sendo, sugerimos que entreguem a petição junto da Assembleia Municipal até ao próximo dia 15 de setembro.
Onde posso consultar a documentação relevante sobre o tema?
-Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (art 112º) – consulte aqui
-Circular nº 9/2015 - consulte aqui.
FONTE: APFN
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Labels: Apoio à vida, Justiça e Vida
Ginecologista apoia grávidas em dificuldade
Criado em 02-09-2015
Ao Presente Leiria-Fátima, Élia Santiago falou da realidade das mulheres que recorrem à IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) e da necessidade de concretizar estratégias para que “cada vez menos senhoras tenham de passar pelo desgosto de fazer uma IVG, em consequência de não terem recursos económicos para assumirem os seus filhos”. Objetora de consciência desde 1986, esta especialista fala da necessidade de um ” maior apoio e acolhimento social e económico por parte de todos os setores da sociedade à gravidez, às senhoras e às suas famílias a quem a IVG se apresenta como única solução”.
Entrevista a Élia Santiago, ginecologisca obstetra
Sempre foi uma pessoa envolvida com a questão do aborto.
Desde sempre quis ser médica porque sempre achei que o Ser Humano era uma obra maravilhosa. Quando conheci melhor a medicina e o Ser Humano nas suas vertentes psíquica e afetiva, achei que o meu lugar era mesmo na ginecologia obstetrícia, porque julgo que percebo as mulheres e o que é ser mãe.
No começo da minha vida profissional a mortalidade infantil era muito alta (anos 80) . Muitas senhoras chegavam à maternidade com os fetos mortos in utero. Percebi que a vida era realmente um mistério e que nós não tínhamos resposta para muitas patologias, e continuamos a não ter. E quanto mais evolui o conhecimento científico,, mais nos apercebemos da transcendência que envolve o nascer,o ter vida saudável e ou morrer. Para nós, médicos, a morte é uma realidade difícil. Certificar um óbito é pior que fazer uma cirurgia de várias horas, porque é o reconhecimento da nossa impotência e da nossa ignorância.
Esta defesa intransigente da vida resulta disso mesmo: quem dá a vida é que tem o poder de a tirar. O mundo científico não domina ainda todos os fenómenos que estão na origem de nascer um bebé saudável, vivo e vivedouro: Cada vez mais me fui maravilhando porque a vida tem um valor inestimável a todos os níveis.
Esteve envolvida, de forma concreta, na sensibilização da população a favor do NÃO, nos dois referendos ao aborto.
Nós, a Associação de Apoio e Defesa da Vida (ADAV), fizemos sessões de esclarecimento e debates, onde tentámos explicar à população que o direito que a mulher tem sobre o seu corpo é uma realidade que não inclui o direito sobre quem não se pode expressar, o embrião: a outra pessoa da gravidez. O grande problema foi sempre perceber porque é que as senhoras tinham ou teriam necessidade de interromper as suas gravidezes ,contrapondo ao paradigma de quem defenda a IVG como meio de liberdade da mulher e até como método contracetivo, uma vez que nestas campanhas não havia preocupação com a acessibilidade concreta e real ao planeamento familiar.
A atual lei que despenaliza a IVG até às 12 semanas não veio resolver o problema das mulheres que têm problemas quando engravidam, veio modificá-lo. A legislação vigente não respeita a mulher, porque não permite que as senhoras tenham aquilo que precisam: condições, abonos e garantias que lhes deem uma verdadeira opção,sobre a aceitação ou não das suas gravidezes.
Porquê a decisão de ser objetora de consciência?
Porque sou médica para tratar da vida e não é para a tirar ou para fazer qualquer procedimento que impeça que as pessoas vivam. Para mim, a vida é sublime e danificá-la nunca estará na minha mão. Ser objetora de consciência é o reconhecimento do valor incalculável da vida humana,da humildade a que a ciência nos obriga e, ao mesmo tempo, ser una com a natureza.
Na forma como vivencia a sua profissão e no modo como a desempenha, também intervém a sua perspetiva de crente?
Sim. Por exemplo, hoje em dia, já tenho 50 anos e mantenho-me a fazer urgências porque é um trabalho que reconheço que precisa de ser feito. A urgência é um lugar onde estamos a atender quem precisa, num espírito de apoiar e colaborar nesta dinâmica da vida. A maneira como observamos os utentes faz toda a diferença: se somos apenas um técnico, que observa, ou se somos uma pessoa que escolhe também dar um sorriso enquanto observa. Há uma mistura de atitudes técnica e humana e isso faz toda a diferença.
Nesse trabalho que desenvolve nas urgências, concretamente no Hospital de Santo André (HSA), tem uma noção próxima da realidade da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). Como caracteriza a mulher que recorre à IVG?
Eu pedia-lhe que lhe chamasse senhoras... Porque elas são mesmo umas senhoras, em todos os aspetos, porque a maior parte delas tem tudo o que nós gostaríamos de ter, menos recursos económicos. Estas senhoras encontram-se grávidas, muitas vezes porque se esqueceram de tomar a pílula ou porque tomaram um medicamento que cortou o seu efeito ou por um sem número de razões… Depois, a sua conjuntura económica, social e familiar não lhes permite ter um outro filho. Então, vão à urgência para verem se estão realmente grávidas e datarem a gravidez. Depois, dizem-nos frequentemente amarguradas: “não posso deixar nascer este bebé”. Marcam a consulta para fazer a IVG, que funciona no espaço físico ao lado. É claro que nós observamo-las, datamos a gravidez com a ecografia… Muitas vezes, as senhoras não querem ver o embrião na ecografia e saem sempre tristes com a perspetiva de que estão mesmo grávidas e que a sua decisão será a de abortar.
Quais são as principais razões apontadas por quem recorre à IVG?
Muitas senhoras dizem que não podem ter o bebé, porque não têm recursos.
Dizem que no seu trabalho não lhes será permitido avançar com a gravidez porque são despedidas, e/ ou que não têm condições para pagar um terceiro bebé no infantário… Se lhes damos espaço, contam-nos os seus porquês. Estas senhoras têm sempre uma vida familiar preenchidíssima, como qualquer mãe de família, mas com poucos recursos. Para elas, uma nova gravidez mostra-se mesmo impossível. Estas senhoras não optam como se fosse uma escolha livre. Na vida e na cabeça delas não há recursos para mais um bebé. Elas não dizem “escolho abortar, mas “não posso ter este filho”.
São famílias que, à partida, não teriam dificuldades, porque tinham uma vida mais ou menos orientada, mas que a conjuntura lhes tirou meios. Ao mesmo tempo, a dificuldade que tiveram em recorrer a um planeamento familiar eficaz, atempadamente, também resulta, muitas vezes, de falta de formação adequada. Referem que se atrasam a ir buscar as pílulas à farmácia, pois nem todos os centros de saúde têm pílulas para entregar, - o direito ao planeamento familiar gratuito consignado na Constituição, lembro -, não dispõem de tempo para as suas consultas porque nem sempre são dispensadas dos seus locais de trabalho e,outras pensam que a sua fertilidade diminui por se estarem a aproximar dos 40 anos.
E no caso das jovens, quais são as razões invocadas?
Algumas das raparigas mais jovens, mesmo aquelas que têm uma escolaridade adequada à sua idade estão convencidas de que o preservativo faz contraceção eficaz e/ou que tomar a pílula engorda. Há uma subinformação e muita informação incompleta e errada,verificamos também a existência de mitos . A dificuldade de acesso às consultas de planeamento familiar faz com que, muitas vezes, os métodos de contraceção que utilizam não sejam adequados a cada estilo de vida, biótipo e idade.
Como decorre o processo da IVG?
Estando confirmada a gravidez e a idade gestacional dentro do prazo legal, a senhora vai marcar a sua consulta de saúde reprodutiva, onde é observada por dois médicos: um determina a idade gestacional outro faz a consulta e prescreve a medicação que faz a interrupção da vida do embrião, seguido de um medicamento para fazer o esvaziamento uterino.
Perante a realidade de que fala, reconhece algum tipo de estratégia que possa reduzir o número de IVGs?
O que me preocupa não é reduzir o número de IVGs. Aquilo que gostaria é que as famílias e as senhoras que se vêm obrigadas a fazer a IVG, porque não têm recursos para deixar nascer os seus bebés, tivessem o apoio que a sociedade lhes deve. As senhoras que vão interromper a gravidez porque simplesmente não querem ter mais um filho é um paradigma que não tem a ver com a realidade de muitas senhoras que fazem a IVG por falta de recursos económicos e porque não conhecem ninguém que as apoie: a arranjar lugar numa cresce e a protegê-las juridicamente do despedimento ou da não renovação do contrato de trabalho que as espera se prosseguirem com a gravidez.
As senhoras que estão grávidas e não querem abortar, e que não têm recursos para prosseguir com a gravidez e educar os seus filhos, sendo que o único apoio que a sociedade civil lhes dá é um número de telefone para marcar a consulta de Interrupção de Gravidez.
O que acha que pode ser feito?
Pergunto se nós, como Igreja, não podemos oferecer um apoio real a estas senhoras que vão abortar porque não têm meios, usando os recursos que já temos no terreno, em cada paróquia, creches e infantários.
O que está aqui em causa é apoiar as famílias que não têm opção de escolha relativamente a ter ou não outro filho devido aos parcos recursos que têm. Podemos apresentar-lhes a possibilidade, para elas verificarem se, com a possibilidade de terem creche, infantário e/ou apoio jurídico ao seu alcance,poderiam ter esse filho.
Estas famílias e estas senhoras poderiam assim ter opção de escolha,e não como até agora serem empurradas para a decisão que não quereriam tomar – a Interrupção Voluntária da Gravidez.
Temos de proteger as grávidas. Gravidez não é doença, mas precisa de proteção.
Por outro lado, gostava que pudéssemos fazer uma formação relativamente à nossa juventude e que os agentes pastorais (Clero, colégios católicos, catequistas, professores de Educação Moral e Religiosa,…) tomassem o seu papel de veiculadores de informação concreta e realista. Não é vergonha nenhuma admitir que precisamos de formação em áreas técnicas.
Qual é o estado de espirito de quem recorre a uma IVG?
É um desgosto e um sofrimento difícil de ultrapassar para as senhoras e para as famílias. Elas não recorrem a nenhum destes procedimentos de ânimo leve, mas porque sentem que não têm outra alternativa. Não se trata de uma escolha livre e despreocupada.
Entre 2010 e 2014, registou-se um decréscimo em cerca de 20% do número de IVG no HSA. Como interpreta esta diminuição?
Não sei se realmente se trata de um verdadeiro decréscimo. A crise fez com que as senhoras tivessem mais cuidado com a sua contraceção,o que foi acompanhado pela diminuição do número de partos até 2014. Nós verificamos também que as senhoras, muitas vezes, preferem fazer a IVG fora dos locais onde residem recorrendo ao nosso Serviço se há algum problema.
O aborto clandestino continua a existir?
Eu não consigo chamar aborto clandestino, mas trata-se de aborto acima das 12 semanas e as clínicas que o fazem, fazem-no descaradamente, levam o dinheiro que querem e são isentas de impostos. Basta ir à internet.
E a cada cristão, que papel lhes cabe nesta conjuntura?
O principal papel é o do acolhimento. Temos que acolher as pessoas. Este acolher é muito mais do que dar um pacote de fraldas, deve ser um acolhimento real. Devemos acolher a grávida com a sua gravidez e as limitações que esta lhe acarreta.Muito frequentemente as grávidas se queixam que no ambiente que as envolve não há colaboração para a sua situação.
Não acolhemos quando fazemos comentários como : “coitada, vai ter o terceiro filho” ou “coitada, grávida aos 40 anos vai ser um neto, não um filho, coitado”. Isto não é acolher. Muitas vezes, colocamos a nossa grelha de valores em cima das pessoas como se tivéssemos algum direito de o fazer. Esta falta de acolhimento faz com que as senhoras tenham vergonha de estar grávidas com uma certa idade e que não peçam colaboração porque sabem, à partida, que não vão ser acolhidas, mas julgadas.
Diogo Carvalho Alves | Presente Leiria-Fátima
Fonte: Notícias Leiria-Fátima
Posted by PLATAFORMA ALGARVE PELA VIDA at 15:55 0 comments
Labels: Apoio à mulher, Apoio à vida, Testemunho de Vida
O factor 30 ajuda na decisão da gravidez ?
A ESCOLHA DE TER UM FILHO MAIS TARDE
Rita Simões conta que, entre as pessoas que a rodeiam, com idades próximas da sua, a sensação que fica é que o facto de ainda não terem tido filhos resulta antes de uma escolha e não tanto da falta de condições. Por um lado, explica, os jovens saem mais tarde da faculdade, “para quem fica a fazer mestrados, por exemplo”. “Há uma maior dedicação à vida académica, que eu até acho bem. E acho que as pessoas procuram um momento ideal na relação para terem filhos. Até podem estar num bom momento profissional, mas podem não estar nesse bom momento da relação.”
Quanto a idades, na visão de Rita e olhando para as grávidas com quem se cruzou no curso de preparação para o parto, “a média está nos 30 anos”. “Vejo mães mais velhas – sempre a partir dos 29 ou 30. No meu curso pré-parto, havia uma grávida com 35 anos e outra com 22.” O que defende é que, tendo as condições necessárias para ter filhos, chega um momento em que se faz uma pergunta: “Devemos esperar ou não?”. Em causa, diz, está o “fator 30”.
“A certa altura, acho que percebemos que já chegámos aos 30 anos”. E essa sensação coincide com o que o INE aponta como a idade média das mulheres em Portugal quando têm o primeiro filho: 30 anos em 2014 – a idade mais avançada desde que existem dados para este indicador (1960). A idade média mais baixa foram os 23,6 anos no final da década de 1970.
A IMPORTÂNCIA DO APOIO NO LOCAL DE TRABALHO
Rita destaca a importância do apoio que ambos receberam dos locais de trabalho em relação ao nascimento do Miguel. E nessa sensação de apoio está, sobretudo, o facto de não ter havido qualquer imposição ou limitação no tempo que lhes foi dado. “Deram-me os meses de licença de maternidade e autorizaram que eu juntasse mais uns dias de férias. Conseguir esse tempo dá uma sensação de descanso e segurança, enquanto mãe ou pai. Acho que também é psicológico, mas dá a ideia de que não há qualquer entrave a ficar com um filho depois de nascer.”
Rita está agora de licença de maternidade e ficará com o Miguel até ao final de setembro. O pai dividirá um mês de licença em dois momentos diferentes. Logo a 1 de outubro, ainda antes de fazer seis meses, o Miguel irá para a creche. “Tem de ir porque todos os avós ainda trabalham.”
Quanto à experiência da gravidez, Rita diz que o acompanhamento que teve no Serviço Nacional de Saúde “funcionou muito bem”. “Num próximo filho também escolho um hospital público. Fui acompanhada no centro de saúde e no hospital.” E quando hoje fala com outras mães de bebés nascidos nos primeiros meses deste ano, Rita diz que há uma sensação em comum. “Acho que se conclui que não vale a pena estar a adiar ter um filho porque para o ano pode estar igual. Se calhar, 2016 é igual a 2015.”
FONTE: Expresso
Posted by PLATAFORMA ALGARVE PELA VIDA at 15:46 0 comments
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Apoiar a Ajuda de Mãe !
Ajuda de Mãe, instituição a apoiar, pioneira em Portugal no apoio à mulher grávida em dificuldade
Posted by PLATAFORMA ALGARVE PELA VIDA at 15:41 0 comments
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Qual o Estatuto Jurídico do Embrião Humano na Europa ?
Posted by PLATAFORMA ALGARVE PELA VIDA at 15:32 0 comments
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